segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quem nos ensinará a colocar a atenção?


“Como poderia um homem inteligente, hoje em dia, não se sentir apressado? Levante-se, senhor, pois tem grandes coisas a fazer! Mas é necessário levantarmo-nos cada dia um pouco mais cedo. Acelerai os vossos aparelhos de ver, ouvir, pensar, recordar, imaginar. O nosso melhor leitor, para nós o mais precioso, devorar-nos-á em duas ou três horas. Conheço alguns homens que lêem com o máximo proveito cem páginas de matemática, filosofia, história ou arqueologia em vinte minutos. Os atores aprendem a colocar a voz. Quem nos ensinará a colocar a atenção? Há uma altura a partir da qual tudo muda de velocidade. Eu não sou neste trabalho, um desses escritores que desejam conservar o leitor a seu lado o mais tempo possível, entretendo-o.
Nada para o sono, tudo para o despertar. Despachem-se, escolham e partam! Lá fora há uma ocupação. Se for preciso, saltem capítulos, comecem por onde lhes apetecer, leiam em diagonal: isto é um instrumento com múltiplas aplicações, como a faca dos campistas. Por exemplo, se receiam chegar tarde demais ao âmago do assunto que lhes interessa, saltem estas primeiras páginas.
Saibam apenas que elas dão a conhecer a forma como o século XIX fechou as portas à realidade fantástica do homem, do mundo, do Universo; a maneira como o século XX as reabre, e como as nossas leis morais, as nossas filosofias e a nossa sociologia, que deviam ser contemporâneas do futuro, não o são, continuando acorrentadas a esse caduco século XIX. Não foi lançada a ponte entre a época das espingardas e a dos foguetões, mas pensa-se nisso. É para que se pense ainda mais que nós escrevemos. Apressados como estamos, não é sobre o passado que choramos, é sobre o presente, e com impaciência. Pronto. Já sabem o bastante para poderem folhear rapidamente este início se for necessário, e ler mais adiante.”
Louis Pauwels e Jacques Bergier
 
 
Mário Rui
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Aljubarrota - a mãe de todas as batalhas



14 de Agosto de 1385 – 630 anos da Batalha de Aljubarrota
 
Mário Rui
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O mais longo e quiçá saboroso beijo da história dura há 70 anos. É obra!


O mais longo e quiçá saboroso beijo da história dura há 70 anos. É obra!
 
A 14 de Agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt, com a sua “Leica” captou, na Times Square, em Nova Iorque, o arrebatado beijo de um marinheiro a uma enfermeira.
 
Há beijos que são eternos! Este é um dos poucos que figura nessa galeria de afectos por nós tão sublimados, e bem! A rendição japonesa tinha-se consumado e nada melhor do que um ‘kiss’ avantajado para dizer ao mundo que afinal há gozos que se realizam não esperando desse mundo conturbado senão um voluptuoso rumor de harmonia. E porquê um beijo? Se calhar porque só ele entende pensamentos decisivos e fortes o suficiente que mudem a estupidez que perpetuamente raciocina a estupidez. Ademais, beijo também pode significar adorno inicial para o serviço social. O resto é com cada um. Beijem-se, se puderem, senão não digam a ninguém.
 
 
 
 
Mário Rui
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