terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Talvez a melhor definição


E dizia o poeta sobre o instante delicioso do amor a dois:
 “é aquele em que um, depois de mil picuinhas, rebeliões, caprichos, coquetices, subitamente vencido, amolecido, terno, se aproxima do outro para lhe permitir … o resto”.
 
Mário Rui
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Pouca vergonha catita



"Ex-presidente do INEM preso por suspeitas de corrupção na “máfia do sangue”
"Luís Cunha Ribeiro, que foi presidente do INEM, foi detido esta manhã pela PJ sob suspeita de corrupção no caso “máfia do sangue”. O caso está relacionado com o alegado favorecimento da Octapharma, empresa onde trabalhou José Sócrates. PGR já confirmou uma detenção."
Pouca vergonha catita  (LER AQUI)
Deixem lá. É só mais uma oração de agonia de um país condenado às múltiplas vergonhas, falcatruas, desperdícios, roubos, enfim, um país que mostra um foco de infecção social de tal ordem que jamais terá cura. Evolam-se miasmas de todas as desmoralizações e de todas as indisciplinas. Eu pergunto: num país com pouco mais de dez milhões de almas, como é possível tão infame dia-a-dia que traí a honra de uma nação? Desde o mais alto até ao mais somenos, claro que tudo gente de elevadas intenções patrióticas, todos eles pais da pátria, pois então, tudo rouba! E se não rouba, então ou são cúmplices, ou réus. Mas tudo continua bem no reino lusitano. É uma pouca vergonha catita. Que ninguém se preocupe; os barões assinalados deste tempo, já não apenas bancos, banqueiros, seguros, institutos, santas casas, sociedades secretas, fundações, ex-primeiros qualquer coisa e o mais que por aí há, com tanto hábito de enganar os outros, se calhar só querem é dizer-nos  que Portugal é um arraial onde é fácil comer à custa dos trouxas. Agora já só falta substituir o nome desta lusa terra. Mudem-se à entrada das fronteiras as placas e pinte-se AUDÁCIA em vez de PORTUGAL. Se mesmo assim não chegar de modo a que os de fora percebam o pântano em que nos tornaram, então pintem-nas assim; SENHOR VISITANTE, ESTÁ A ENTRAR NA TERRA QUE TEM O PATRIOTISMO POR MÁSCARA. Para o espectador besta, a quem deslumbra sempre a voz dos burlões, aplaudindo-os, a esse ofereçam-lhe depois a carcaça do que já fomos pois a do que somos já nem esqueleto é.
 
 
Mário Rui
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