terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Grillo.




Daquilo que li, vi e ouvi sobre as eleições italianas, parece-me que não levaram este rapaz muito a sério. Presentearam-no com uns mimos, apelidaram-no de tonto e, contas feitas, o seu Movimento 5 Estrelas está a pôr muita gente fora do estrelato. Acabou por ser o partido mais votado na Câmara dos Deputados (“dos” porque por lá não há “de” nem “da”), com 25,5%, o que desde logo impediu a obtenção de qualquer maioria. De resto, o jornal Corriere della Sera já titulou que “sem Grillo será impossível governar”. É a prova provada que um qualquer grilo pode grilar muita gente. Mais que querer perceber quem é este novo líder, para além do humorista profissional, importa salientar a reviravolta que um qualquer desconhecido pode provocar na futura governação de um país. O discurso de Beppe Grillo, do partido anti-sistema M5S, que deterá 64 senadores, já traçou metas. Promete “mandar os políticos para casa”, pôr “a honestidade na moda” e mudar o país com uma “revolução cultural”. Não sei se tudo isto vai fazer, ou não, validade num país cujo número de senadores necessário para ter a maioria é de 158, resultado que nenhuma bancada conseguiu alcançar e que leva a Itália para um período de incertezas políticas. O que sei é que por cá, com perto de 40 anos de governos igualmente humoristas, para não dizer anedóticos na maior parte dos casos, alcançámos o Estado a que hoje estamos subjugados. Se para outra coisa não servir o resultado destas eleições em Itália, pelo menos que seja útil à reflexão colectiva, e a muita em particular, já que se trata de um lição. É que a realidade portuguesa não anda muito longe do que disse Grillo e, especialmente, está carecida de “mandar – alguns -  políticos para casa”, pôr “a honestidade na moda” e mudar o país com uma “revolução cultural”. Se assim não acontecer e de maneira democrática, então bem podemos assistir a breve trecho à chegada de um qualquer ‘tiririca’, ou de mais um estroina, ou pior que tudo isso, ao desembarque de um auto-intitulado líder das massas que governe monocracia cujo único propósito pode ir muito para além das  3 promessas de Grillo. Eu não gostaria de tal aparição, embora haja quem diga que às vezes há males que vêm por bem! Parece contradição? Talvez sim, talvez não.

Mário Rui

domingo, 24 de fevereiro de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Avanços civilizacionais importantes. Da Alemanha.


















Aproveito esta mui digna opinião do senhor ministro alemão  (ver aqui)  para lembrar que, para quem costumava gastar sete quilos de Zyklon para matar duas mil pessoas em 15 a 20 minutos, aproveitar produtos à base de cavalo, retirados do mercado por terem rótulo falso, para dar aos pobres, é por si só um avanço civilizacional importante. Este senhor até merecia uma condecoração! 

Mário Rui

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Só incompreensível ...















 


SE ISTO NÃO É CHAMAR-ME DE MENTECAPTO, ENTÃO EU SOU A RAINHA DE INGLATERRA. FRANCAMENTE, QUE ABOMINÁVEL MODO DE BRINCAR COM PESSOAS. MAS SERÁ QUE PRECISAMOS MESMO DESTE PRESIDENTE?


CAVÁCUO SILVA descobre erro na lei de limitação de mandatos

Os serviços da Presidência da República descobriram que houve um erro na publicação da Lei de Limitação dos Mandatos Autárquicos com a troca de um "da" por um "de" (onde está escrito "de" devia estar "da") e desse erro deu já conhecimento à presidente da Assembleia da República. A descoberta deste erro, que obrigará à republicação da lei, termina com a querela jurídica sobre a questão de saber se um presidente da Câmara - e não de Câmara - poderia, ou não, recandidatar-se num outro município. Ou seja, a lei incide sobre o território e não sobre a função. Em carta enviada para os grupos parlamentares, Assunção Esteves, presidente da AR, diz que "Sua Exa o Presidente da República acaba de me informar que a Presidência encontrou um erro de publicação na Lei n. 46/2005, de 29 de Agosto, que estabelece limites à renovação sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das Autarquias Locais". "Na verdade, o Decreto que foi enviado do Parlamento para promulgação pelo Presidente da República, e assim promulgado, contém sempre nos seus artigos as expressões 'Presidente da Câmara Municipal' e 'Presidente da Junta de Freguesia', ao passo que a Lei publicada substitui estas expressões por 'Presidente de Câmara Municipal e 'Presidente de Junta de Freguesia'", explicita Assunção Esteves. A lei da limitação de mandatos autárquicos foi publicada em Diário da República a 29 de agosto de 2005, quando era Presidente da República Jorge Sampaio. Recorde-se que a lei que estabelece limites à renovação sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias tem levantado polémica. Recentemente, sete ações populares foram interpostas para impedir candidaturas de autarcas do PSD, entre as quais as de Luís Filipe Menezes, no Porto, de Fernando Seara, em Lisboa, Fernando Costa, em Loures, António Sebastião, em Beja, Francisco Amaral, em Castro Marim, Pedro Lancha, em Estremoz, e José Estevens em Tavira. Também o Bloco de Esquerda anunciou no inicio do mês que iria recorrer aos tribunais de comarca para pedir a impugnação das candidaturas de autarcas que atingiram o limite de mandatos e concorram a outros municípios.

in JN

Mário Rui

É possível acabar com este futuro?


















Confrontados com as últimas notícias sobre a Igreja Católica, instituição respeitável que ao longo de séculos sempre se esforçou por estar na defesa dos mais fracos e não tanto na dos que têm apetite a mais, somos hoje, nós mesmos, postos à prova face a tanta tontice a que vamos assistindo. Como que parece ser chegado o momento para testar, já não a fé que assiste aos crentes, mas antes a capacidade para a ter. De facto, são tantos os episódios que abalam os alicerces desta instituição, feitos da gula de muitos e da falsa ideia de que tudo deve mudar ao sabor dos tempos que, a blindagem que protegia valores éticos, referências de vida e moral, está cada vez mais votada à demolição. Lamentavelmente é este o quadro que se nos oferece quando começamos a unir as partes todas e, por muito que queiramos, não conseguimos montar as peças de modo a que formem um conjunto uno, indivisível e especialmente norteador de modo de vida. O princípio de que a Igreja deveria ser fiel companheira do andar dos tempos não estaria de todo errado se, entretanto, não tivessem aparecido uns novos Messias que entenderam que mudar era copiar o que de pior a nossa sociedade tinha. O facilitismo no alcançar da pequena benfeitoria pela qual não lutámos e porventura não merecemos, o prazer material pelas coisas que alcançado à custa do sacrifício dos fracos vai dando brilho aos usurpadores, as vergonhosas mordomias que afinal parecem ser iguais às dos homens que dizem tratar da coisa pública, e só se tratam a si próprios. Toda esta tela de cores se colou aos homens da fé, da igreja, mesmo que ainda sejam poucos os que nesta moldura se encaixam, são já em excesso. Em excesso porque, mesmo em diminuto número, são suficientes para lançarem por terra a moral antiga, a boa. Mais; se pensarmos maduramente nesta involução, então seremos forçados a concluir que os que prometem fazer felizes povos inteiros, acabam por ser justamente os que pretendem sê-lo à custa deles. Assim não pode ser! Se a religião, qualquer que seja, ensina a crer, povo sem lealdade do ensinador não alcança estabilidade. Há coisas que não se recuperam depois de perdidas: vergonha e fidelidade. Essa é a razão pela qual não auguro futuro risonho a quem prega a esperança e, muito pior que isso, não vislumbro alteza de pensamentos a quem tem por missão divina disseminá-la. E tenho muita tristeza em saber que, assim sendo, a minha previsão do futuro nos faz certamente muito infelizes. Não quero ser profeta da desgraça nem tão-pouco conspirador em relação ao etéreo. Afinal quem sou eu para o assumir? Até acho que Deus é o bem Universal, talvez até fonte e manancial eterno de todos os que acreditam no seu dom. Quantas vezes, quando nada esperamos dos homens, mas tudo Dele, preferimos o retiro e o afastamento? Muitas. Agora, o que não pode acontecer são os vícios de certos religiosos que convivendo muito de perto com os 'crimes' que ofuscam o divino, acabam por tratar com desprezo as coisas sagradas. É que a virtude até pode ser perseguida, mas nunca desprezada. O que eu não queria era homens destes a lidar com a confiança dos outros. Mesmo que doidejem muitos anos, dificilmente algum dia se arrependerão para chegarem a ter juízo!

Mário Rui

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Uma honra nova

























Quanto à política trapaceira dos últimos 30-40 anos, estamos já conversados. Agora, desgraçadamente, nem a fé nos dá itinerário definido. Só falta mesmo esperar que a filosofia também colapse. Pobre Portugal!! Quem te restituirá uma honra nova?

Mário Rui

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O bispo no ar
















há vários dias que estava preocupado, pois D.Januário não mais se decidia a opinar sobre o anúncio da resignação do Papa Bento XVI. Após aturada meditação, tenho a certeza que assim foi, eis que o bispo disse de sua justiça. Como sempre, e a propósito do tudo e sobretudo do nada, aqui vai o resultado de tão interior e profícuo pensamento, que de resto penetra até longe:

- Foi uma surpresa. Isto é um acto único na igreja, mas não é nada de anómalo.
- De certeza que o Papa não abdicou por acaso. Escolheu o tempo próprio;
- Na origem da resignação do Papa Bento XVI estará a idade (85 anos) e não uma razão "pesada do ponto de vista de saúde".
- O Papa foi apanhado de surpresa;
- Perdeu a confiança na Cúria Romana;
- O novo Papa deve estar aberto ao mundo e não representar interesses;
- Não deve pertencer a «lobis»;
- Deve rejeitar o centrismo.

Discurso meio laico feito este, traz-me um confusão que não vos conto. Ainda assim, vamos à tautologia usada: então o Papa perdeu a esperança que depositava na Cúria Romana? representaria assim tantos interesses? será que pertencia a obscuros 'lóbis'? e era tão chegado ao centrismo? Deve o Santo Papa, figura que muito respeito e aprecio, estar assaz feliz com estes encómios. E o Vaticano também. Só deste bispo... ...

Ah, mas de passagem e parece que até no mesmo dia, à margem de um colóquio na delegação do Porto do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, aproveitou o prelado, que falava aos jornalistas que ainda o ouvem, para dizer, do governo, pois então de quem deveria ser; "Eu não sou ninguém, mas devo ser porta-voz destes zés-ninguéns que o actual Governo está a fabricar". Se ainda fosse Bento XVI a falar assim, eu aplaudia! Agora o bispo da guerra? A alusão aos ‘zés-ninguéns’ deve-lhe ter vindo de Wilhem Reich. Mas convém lembrar ao bispo o que, a páginas tantas, se lê no ‘Escuta, Zé-Ninguém’ ; «... tu não és o povo, pobre juiz de província...»

Mário Rui

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A ferrugem nunca dorme!


















A ferrugem nunca dorme!

Mário Rui

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Da natureza das coisas




















Corria o ano de 1937, já quase no seu fim, quando foi promulgado o decreto para valer como lei que recebeu o n.º 28219. O dito estabelecia então uma licença anual obrigatória , pesadamente paga pelos portugueses que usassem “isqueiro” ou outros “acendedores”. Naquela altura, o Estado mostrava-se implacável com quem pretendia aproveitar-se dos avanços da tecnologia , e então fazia pagar por essa liberdade todos aqueles que se propunham empobrecer a protegida indústria fosforeira. Mais tarde passou por cá mais um avanço da tecnologia. O “rádio-transistor”. E, então, português que se prezasse, lá encostava o “transistor” ao ouvido para, alegremente umas vezes, tristemente outras, escutar o que o regime de antanho queria dizer ou fazer. Bom, quer no caso do “isqueiro”, outros “acendedores” ou “rádio-transistor, sendo que para este último também se pagava uma taxa, qualquer simples utilizador dos mesmos sempre andava escondido quer fosse para acender o cigarro ou ouvir rádio. De outro modo, corria o risco de ser fortemente penalizado por umas personagens aberrantes, fiscais das finanças ou mesmo da polícia, cujo único modo de vida era justamente andar à caça destes “malfeitores”. Já estávamos no século XX mas a verdade é que aqueles bacocos governantes não percebiam, ou não queriam perceber, que o mundo pulava e avançava em nosso redor, sendo que por cá havia um em especial que se dedicava a pensar por todos os portugueses. Tudo isto se passou, vejam bem, há 76 anos. De então para cá, fruto de 'notáveis avanços da ciência e do pensamento português, sobretudo do político', voltámos às origens. Já não se trata de gerar combustões ou cantarolar ao som do ‘transistor’, mas antes de guardar a factura mesmo que se trate de comprar ou vender o canário. Contribuinte que não se resguarde, é criminoso. Esta medida do Governo, decretada pelo senhor Gaspar, acaba por ser uma medida tão ‘pidesca’ quanto o foi a saída em 1937. Em tudo igual, até na violação dos mais elementares princípios de defesa da privacidade dos cidadãos. Julga este economista que extorquir dinheiro ao mais humilde e honesto português, é imperativo nacional. Nem a crise acumulada por culpas ao longo dos últimos 40 anos se resolve desta maneira, nem o tal incauto cidadão a deve pagar feito único contribuinte líquido do reino do saqueamento. Já alguém disse que, "quem só sabe de economia, nem de economia sabe", motivo pelo qual este governante já há muito que aborrece as pessoas que dizia mais admirar; os portugueses. Claro que se todos nós fossemos sinceros em dizer o que sentimos e pensamos uns dos outros, em declarar os fins e os motivos das nossas ações, seríamos certamente seres odiosos e não viveríamos em sociedade. Mas como já tenho tempo que chegue de experienciar esta gente e estes despautérios, e acresce a este estado uma tranquila consciência de espírito, só me apetece mesmo dizer que a barateza de quem põe em prática medidas desta natureza, só desacredita os que governam, e não honra os governados. Afinal, o absolutismo do rei, do ditador ou do tecnocrata, em pouco difere. No teatro deste mundo, todos os actores e bailes são mascarados.

Mário Rui

sábado, 16 de fevereiro de 2013

"Unforgetable, that's what you are..."



























"Unforgetable, that's what you are..."

Nat King Cole, um dos intérpretes mais expressivos do nosso tempo, fez sonhar milhões de pessoas, no mundo inteiro, com a sua voz suave, envolvente e ao mesmo tempo, apaixonada e vibrante.

Nat nasceu em 17 de Março de 1917, no bairro de Montgomery, Alabama e recebeu o nome de Nathaniel Adams Coles. Quando tinha quatro anos, mudou-se para Chicago porque o seu pai foi chamado à igreja Batista. Lá cresceu e, até os 12 anos, tocou órgão e cantou na igreja, onde recebeu forte influência do pianista Earl Hines.


A sua então revolucionária formação de piano, guitarra e baixo, ao tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz. São dele canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás". A sua voz calou-se para sempre a 15 de Fevereiro de 1965. Já lá vão 48 anos!

Mário Rui

O Malhadinhas



























"Subitamente a aeronave põe-se a vogar num meio branco, gelatinoso, granulado, flocos de penas, vapor, miolo de sabugueiro, bruma de cortar à faca. É branca e maciça, quase mármore. Destas brumas que incorporizam os lobos no assalto aos currais e os D. Sebastiões envergonhados para sempre da sua derrota inacreditável."


Aquilino Ribeiro - 'O Malhadinhas'


Foi assim, com toda esta "razão" e "paixão" que pareciam prevalecentes, que se fecharam a sete chaves e para todo o sempre, urgências hospitalares (também e sobretudo na minha amada terra), maternidades e outros bens que confortavam a nossa existência enquanto cidadãos de pleno direito. Disseram-nos que era para melhor. Uma saúde mais dirigida, de melhor desempenho, mais próxima e com evidentes ganhos para os utentes. Balelas! Há homens que se enganam miseravelmente quando julgam achar a felicidade dos outros mais na forma dos seus governos que nos direitos que a esses outros assistem. Direitos que afinal deveriam, isso sim, ser o espelho de inquestionáveis reformas de costumes. Mas isso não interessa nada. Em algumas democracias há um certo trono e habitualmente é a anarquia e a incompetência que o ocupa. Essa é a razão que leva muita gente a criticar o que vem depois e a nunca querer perceber o que ela própria pariu! Ainda pior, só a culpa que morre solteira e que parece conferir a tais remédios (leia-se decisores políticos) uma autoridade, que não têm, e que só agrava frequentes vezes os males e os tornam incuráveis. Realmente os que melhor discorrem sobre a virtude são os que mais vezes ficam calados!


Mário Rui

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dia Mundial da Rádio





















Celebra-se hoje, 13 de Fevereiro, o primeiro Dia Mundial da Rádio decretado pela UNESCO em Outubro de 2011.O primeiro Dia Mundial da Rádio reúne, amanhã, em Lisboa estudantes, radialistas e profissionais de vários grupos de media, num encontro em que se discutirá o passado, assim como as novas tendências deste meio de comunicação social. O programa que assinala este 1º Dia Mundial da Rádio, lançado no final do ano passado pela Unesco, inclui vários painéis em que reúne "todas as gerações", "dos estudantes e profissionais no activo àqueles que já saíram da profissão", começando com a exibição de um documentário sobre a comemoração no ano passado dos 20 anos da Rádio Energia, feito pelos alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), indicou à Lusa Luís Loureiro, um dos organizadores das comemorações em Portugal. O ponto alto do evento será uma tertúlia que juntará gestores, directores de programação, vários profissionais e professores e investigadores de Comunicação Social, que irão comparar a rádio do passado com a do presente e revelar que perspectivas têm sobre o que poderá ser o futuro deste meio. "Há pessoas que só consomem rádio pela Internet, outras que nos empregos acedem aos portais, mesmo em 'mute' [com o som desligado], porque é nas rádios que têm primeiro acesso à informação e querem aí acompanhá-la. São os novos tempos e a rádio tem que se adaptar aos novos tempos", ilustrou o investigador de Media e Comunicação ISCSP.  O fim do evento acabará em "guerra", numa "DJ Battle", protagonizada por radialistas que evoluíram parcial ou totalmente para uma relação diferente com a música e se transmutaram em DJs, revelou ainda o organizador. A ideia da criação de um dia mundial da rádio está "no ar" há mais de uma década, mas só ganhou forma na Unesco a partir de uma proposta formal apresentada por Espanha no final do ano passado.

In ‘Diário de Notícias’ – 13 Fevereiro 2013

Mário Rui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A comunicação do nosso tempo




















Há já tempo, demasiado tempo, que deixámos de lado as relações interpessoais . As que resultavam saudáveis e perceptíveis, quer para o emissor quer para o receptor. No mundo actual, tecnologicamente avançado, uma boa(?) conversa não vai além de uma mensagem via celular ou, então, de um curto e telegraficamente frio modo de comunicar, através das chamadas redes soci...ais. Não estou assim tão certo quanto à designação dada a tais redes mas, sendo a espuma dos dias que correm assim tão vertiginosa, quase nos fica a ideia de que somos obrigados a embarcar neste paradigma. Vou resistindo, tanto quanto posso, já que acho este meio de acenar ao próximo, redutor o suficiente para não ser digno do nome de verdadeiro elo comunicacional. Por outro lado, na maior parte dos casos e nas mais variadas actividades do dia-a-dia, estas redes pretensamente “ligadoras” de pessoas, mais não servem senão para afastarem troca de opiniões, diálogos frutuosos e real partilha de saberes. Mas o grande problema não estaria aí caso elas não servissem, igualmente, outro objectivo bem definido. O de permitir o laxismo na forma e modo de dizer, escrevendo, laxismo traduzido num conjunto de comportamentos pouco rigorosos e assentes em formas ultra-rápidas, impessoais e desresponsabilizantes. Aceito que é um excelente instrumento para os que, e cada vez são mais, apenas pretendem que a mensagem seja entregue, lida e, se possível, respondida de maneira sintética e sem muitos considerandos. Se reunir estes últimos predicados, já deixa de ser interessante uma vez que passa a revelar-se como teia que enleia o interlocutor e já não há paciência nem conjunto de regras de conduta que a suportem. Infelizmente. No fundo, é a ausência de pessoalizar atitudes, que deveriam ser plasmadas na obrigação de responder pelas acções próprias e adequadas, que melhor caracterizam este novo conceito de relacionamento entre pessoas. Rápido e no mais das vezes oco de conteúdo, como afinal parece ser o timbre da actual sociedade de consumo. Este estado da coisa leva a uma desafeição crescente de socialização entre indivíduos que, posta em evidência a era das massa que nos habita, nos leva ao emprego destes novos métodos de comunicação moderna, que não verdadeiramente amigáveis. Quase se torna imperativo dizer que, em lugar de comunicação, estamos, isso sim, a trocar apenas informação. Bem sei que na sua realidade concreta, esta informação é uma mercadoria que se vende. Que procura um público alvo e quanto mais alargado melhor. É assim que os grandes impulsionadores das novas tecnologias da comunicação/informação comercializam o produto. Talvez não venha grande mal ao mundo por assim ser. De todo o modo, os ganhos para quem usufrui, eu mesmo, destas condições, também não são os esperados. É que a era da pseudo felicidade das massas que acedem a estes novos tratados da ciência, acabam por celebrar a individualidade em detrimento do colectivo. O assunto deste modo entendido, salta à vista como sendo um paradoxo. Mas será mesmo? Estaremos todos enganados quanto às novas forma e fórmulas de entendimento pessoal? Não sei! O que sei é que o actual imperativo categórico das sociedades de informação/comunicação nos tem conduzido – pelo menos eu percepciono assim – a um outro imperativo. O narcísico. E este, seguramente, não é interactivo nem sequer festivo de bons sentimentos. Em suma, continuo a guardar em lugar de destaque a ética que faz figura e não o desejo imediato do novo em qualquer tempo e em qualquer lugar. Não abomino de modo algum a idade moderna em que vivemos, mas também não a sacralizo. Tudo o que quero dizer é que este mundo nascente das novas relações humanas não pode ser gerido apenas pela sabedoria, pela ciência, mas também o deve ser pelo contacto próximo entre seres da mesma espécie e, acima de tudo, baseado na mensagem que cada um de nós pode e deve transmitir ao outro. A procura de um justo equilíbrio entre idealismo e realismo há-se ser, sempre e só, um código deontológico. Então não é isto também a democracia? A proximidade entre gente que se entende falando e não apenas trocando recados. Falem pois muito. Cara a cara!

Mário Rui

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O ‘zapper’ deste tempo atmosférico
























A  triste figura de ‘zapper’ deste tempo atmosférico que vamos vivendo, não deixa lugar a escolha minimamente segura. Mudando com frequência de cara,  o que nos deixa com persistentes dúvidas quanto ao amanhã,  tudo o que nos oferece é a obrigação do fazer, construíndo, mas sem marcar rasto do certo. O dia seguinte tanto pode ser  estrutural como simplesmente desestruturante. Ainda assim há gente que, louvavelmente, continua a desenvolver qualidades de energia, de constância e auto-imposição que , mesmo quando derrotadas,  mais não representam senão uma vontade que se impõe como um objectivo. A esta prole, designo-a  eu a do ‘heroísmo do colectivo’. A que, muitas vezes e com mão invisível,  dá aos outros  muito do seu esforço desinteressado e se afirma como sendo fonte de alegria, direito natural das pessoas, onde multidões vão beber. Nem que seja por breves instantes, o bem-estar ou nada! Lamento as caretas do S.Pedro. Desta vez não foi amigo. Não deixou que acontecesse Carnaval. Espero que o escuro dia de hoje se possa retratar na próxima terça-feira. E só o pode fazer de uma maneira. Restituindo a Estarreja, e aos demais, este código genético, identitário, da nossa comunidade. Pode traduzir-se tão-só em raios de Sol. Quanto à prole do ‘heroísmo do colectivo’, apenas devo dirigir-lhe elogios pelo trabalho feito e dizer-lhe que a vida tem um valor sem par para os que a sabem gozar e apreciar.  Pode ser já além-de-amanhã. Parabéns a todos os que hoje não desfilaram.

Mário Rui

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O frio




As novas são as que mais se tapam. Estranho, não é?

Mário Rui

Gente com estudos




















Pois claro! Ora aí está uma opinião de homem com estudos. Se há gente que não entendo, é justamente a que reclama mais aulas, mais aprendizagem, para este personagem. Querem mais? Para quê? A quem assim fala, já o estudo conferiu ciência. Bom, também é evidente que para quem teve uma educação esmerada num colégio da Suiça, outra cousa não seria de esperar.
  Ah, então deve ser o Parlamento a esclarecer a lei de limitação dos mandatos. Bem visto, sim senhor. É como deixar a raposa a guardar as galinhas. O Miguelito, de tolo não tem nada. Realmente há pessoas que não podem elevar-se a lugares eminentes sem entontecer ou desatinar. Então, e aos tribunais respectivos o que fica para tratar? Os erros dos filósofos?
  Assim vista a barganha e a ignara, sou forçado a mudar de opinião. Ó Relvas, vai mas é estudar mais. Algo com utilidade para os outros.

Mário Rui

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pagode ou folganças?
















A bandeira de Portugal na entrada da sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, foi substituída antes da cimeira de líderes de hoje, depois de ter sido constatado que continha pagodes em vez dos tradicionais castelos.

Mário Rui

Migrações sazonais















«Há muitos anos a política em Portugal apresenta este singular estado:

Doze ou quinze homens sempre os mesmos, alternadamente, possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder... O poder não sai duns certos grupos, como uma péla que quatro crianças, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, numa explosão de risadas.

Eça de Queiroz – Junho de 1871

A lei diz que um autarca só pode candidatar-se a três mandatos consecutivos, mas Luís Filipe Menezes e Fernando Seara avançam pela quarta vez, mas mudam de cidade, garantindo que, assim, é perfeitamente legal.

Afinal de contas, que raio de sociedade se estabelece quando o discurso ético serve, aqui e ali, de motor de descrédito em relacção à acção pública? Mas para gente que se dispõe aos mais reles atropelos à lei nacional, a impunidade é segura quando a cumplicidade é geral! É por isso que alguns possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder...

São exactamente os mesmos que apontam o dedo acusatória à justiça, que mais vezes a maltratam. É esta a democracia à portuguesa, varonil quanto se queira, assim como uma espécie de tesoura de jardineiro, que corta para ‘igualar’; a mediocridade é o seu elemento.

Mário Rui

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A minha gata.

















Tenho em casa uma gata. Como é bom ter em casa uma gata. É um ser amigável, não contesta as minhas decisões, as acertadas, não discute o que não tem discussão, não se oferece retorquir às vergonhas que lhe aponto já que as subentende e, melhor e mais sublime que tudo isso, não mente. Como eu gosto da minha gata. Entende o que lhe digo e não me põe obstáculos no caminho. Não me faz nascer, assim muito devagarinho e progressivamente, nenhum sentimento de repulsa em relação àquilo que é. Um ser quase perfeito. Era assim que deviam ser alguns seres pensantes que, de tão parcos de inteligência e especialmente de bom senso, só merecem ser votados ao desprezo. Calados quanto baste, inteligentes quando não dão opiniões, espertos quando são cretinos, assim é que deviam permanecer. Na maior parte das vezes. Agora é o Franquelim que se lhes dá na gota. Um Franquelim que, ele mesmo, se tivesse dois dedos de juízo, jamais se meteria na alhada em que se meteu. Na do BPN e na do actual governo. Mas não, preferiu dar o flanco e ouve agora o que se calhar não quer. E deve ouvir bem, pois está na sua cara que não procedeu de modo elevado em ambas as situações. Embora Franquelim, parece nada ter a ver com o outro. O do pára-raios. Quem sabe se não lhe faria jeito nesta altura. O pára-raios que lhe evitasse a trovoada e o relâmpago que lhe bate na face. É bem-feito. Ninguém o mandou meter-se na enrascada do BPN. E é estúpido porque também ninguém o obrigou a dar tão baixa nota de ética política como a que por estes dias lhe vai percorrendo o corpo e, quem sabe, a alma. Depois vêm os moralistas.Os que acham que o mundo devia ser gerido por uma casta de homens que, sendo retratos fiés do Franquelim, ou piores, digo eu, esses sim, estão acima de qualquer suspeita, impolutos até o diabo dizer chega. Os que, não tendo uma atitude política já que os cargos assumidos desse cariz o não foram, deviam ter tratado a tempo e horas da nossa honradez, e não o fizeram. É tão ignóbil na sua aceitação para o cargo, o Franquelim, quanto o foi um tal de Constâncio na supervisão de um Banco, o de PORTUGAL. Ignóbil quando fechou os olhos ao desvario que campeava na banca portuguesa. Se um diz que não tomou conhecimento a tempo do que se passava, então o outro nem sequer quis tomar em mente o que estava a acontecer. Mas agora, jornalistas, fleumáticos do meu reino, pensadores da minha praça, estações televisivas inteirinhas, blocos, soviéticos, alguns centristas, socialistas, verdes avermelhados, sindicalistas das massas proletárias, todos, mas todos juntinhos, esqueceram-se do (in)Constâncio e o que conta é o outro. O Franquelim. Ambos farinha do mesmo saco. São iguais, gentes não minhas que vociferam ao sabor da cor arregimentada politicamente e que mais não conseguem senão aspirar a meninos de coro. Clamo aos deuses, sejam ou venham de onde vierem, que me expliquem o que leva tanta gente a atacar um charlatão e a defender um hipócrita. Afinal o mundo é tão pequeno para o nosso pensamento que não vislumbro motivo para que esta gente não se detenha por instantes na meditação calada mas assertiva e, só depois, se indigne. Mas com faca de um só gume. Quando a usam com dois gumes, metem-me nojo! Esta merda de democracia, feita pelos poderes de alguns escribas, opinadores e quejandos, pode e deve ser denominada a do engano! Do engano que querem colar ao nosso corpo. À nossa mente já não o conseguem. Mais pela maneira fingida como nos querem tratar que propriamente pela dialética de que lançam mão na tentativa vã de nos convencerem. Por mim, jamais hei-de ser escravo dos senhores deste tempo que a abstracção humana/política criou, reuniu e classificou em anos, meses, dias, horas e minutos de uma infeliz democracia dos que julgam ter uma significação para os outros. Cada vez gosto mais da minha gata. Prefiro ter a minha felicidade interior associada a um ser limitado, mesmo felino, que subjugada a ladrões de ideias e velhacos do tempo. Chamem-se eles Franquelins, Constâncios, apostadores de uns ou cegos, porque não querem ver, de outros. É que os felinos devem tudo à natureza. Os humanos de que vos falo devem tudo a um modo de estar na vida que transcende ordinariamente os limites do que poderia ser proveitoso a todos nós. E, assim sendo, se alguma utilidade ainda lhes restasse, então só a poderíamos lançar para a sarjeta. À utilidade e às vossas feias máscaras! É Carnaval. Que boa altura para o fazer.

Mário Rui

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O 'tiro' ao alvo




















"Tenho um profundo respeito pelas tradições de caça", disse Obama em entrevista, ao falar sobre o debate aberto no país a propósito da questão do controle da venda e da posse de armas.

A paixão pelo jogo é danada! Às vezes ensombra grandes homens, outras vezes não. Depende sempre da lotaria em que se metem.

Mário Rui

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Dos que mais vivem


















É feliz e ilustrada toda a velhice que chegou a conhecer e a avaliar os prestígios e as ilusões da vida. A descortinar as harmonias e as incertezas do Universo, e a admirar em pleníssima convicção, infinita bondade e sabedoria, o que por aí vai. É por isso que o saber dos que mais vivem, é interior e sereno. E que jeito nos dá a solidão destes sábios. Assim fossemos capazes de guardar os faróis de uma vida e, então, estariam explicados os fenómenos mais difíceis e complicados do relacionamento humano.

Mário Rui

Memórias


Antigo edifício da Escola Industrial de Estarreja


Antigo edifício da Escola Industrial de Estarreja


Cidade de Aveiro


Praça Francisco Barbosa - Estarreja


Paços do Concelho - Estarreja


Monumento aos Mortos da I Guerra Mundial - Estarreja


Escola Primária das Laceiras - Salreu, Estarreja


Antiga Estação de Caminhos de Ferro - Estarreja


Fachada do antigo Hotel Miranda - Estarreja


Descarga do sal. Esteiro de Estarreja


Cartaz do Carnaval de Estarreja - 1929


Automóvel FIAT - Anos 60


Antigo carro de bois


Padeiras de Pardilhó - Estarreja


Casario de Salreu


Salreu - Estarreja



















A "turbina" - Estarreja

« No meio de uma nação decadente, mas rica de tradições, o mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, uma espécie de sacerdócio; e os que podem e sabem devem exercê-lo, porque, não o fazer é um crime ».

Alexandre Herculano

Mário Rui

Outros tempos, outras marcas






















Mário Rui