domingo, 30 de junho de 2013

Paixões





Havia o lado mais turbulento, “roqueiro”, que nos distraía consentidamente o pensamento. Depois fazíamos chegar os instantes de reflexão, pelo menos convinha simulá-la, pois que a fase romântica a tanto apelava e aquele minuto, essa passagem Zen, não nos podia escapar. Afinal era a afirmação da nossa colorida e quantas vezes difícil conquista. Pelo meio não esquecíamos de pedir ao amigo dos discos “A whiter shade of pale”, depois “Samba pa ti”, ainda Cat Stevens e por aí fora, até que as horas de limbo se eternizassem e, nessa fase, já tudo estava perfeitamente arrebatado com o delírio do que verdadeiramente toca corações e almas sensíveis. Era tão fácil encarnar a felicidade dos verdes anos e das meladas tardes de sons e imagens diversas que, não raras vezes, nos interrogávamos; «mas há guerras e ódios no mundo?» Então mas não podia ser só um quadro de pequeninas maravilhas? Claro que podia! E acontecia tantas vezes que só nos restava o suave sabor dos delicados tons que nos impregnavam o ego. Foi, foi assim, e bem sei que apesar de tudo há que continuar a lutar pelos mesmos desígnios. Por mim, e por se me ter entranhado na escola das felizes relações a doçura de amigas e amigos, não tenho de me queixar de nenhuma ingratidão por parte deles. Dançámos, sentimos , vivemos e sorvemos as mesmas músicas, os mesmos copos, as mesmas tardes e noites. Como estes espaços tocaram profundamente todos os nossos corpos próximos, a nossa própria ambição abrangeu todas as nossas paixões. Quase a uma só voz e sentir. É por isso que recordo lá no canto mais escondido de mim as canções, os nomes chegados, mas de particular modo as amizades acasteladas e que jamais quero perder. E que nenhum século censure o outro século e que nenhuma idade condene a outra idade!

Mário Rui

Vergonha de a escrever - a minha ideia



Aí está mais um que provou não olhar a meios para atingir fins. Agora, vem a terreiro falar do perigo em que Portugal se encontra como se de político imaculado se tratasse. Até parece que não andou por cá todo este tempo e, portanto, deve ter concluído deste modo após 38 anos de actividade cívica em Marte! Mas, registe-se, sem culpas no cartório. Passou por cima de toda a sua história politica de direita, e por cima de valores ético-morais até desembarcar no seu feroz inimigo dos idos de 70/80. A julgar pela escassez que campeia lá para os lados do Rato, percebe-se a colagem a Sócrates. Dava jeito a um e a outro. Como entretanto sofria das costas, saíu mais cedo mas o “amor” à causa pública é tal que o “chamamento” interior o convoca pela enésima vez ao palco da política. Perante este cenário, o antigo candidato à Presidência da República em 1986, defende que o actual chefe de Estado não pode correr o risco de promover eleições antecipadas sem a garantia de uma solução melhor. E, ou me engano muito ou essa garantia de solução melhor, pois claro, há-de vir quando esta figura de retórica charla se voltar a candidatar ao Palácio de Belém . Lá para 2016 e, como ‘convictus’ socialista que sempre foi, levará o manto protector do PS. Interrogar-se-ão alguns; - como é possível compreender o processo actual de desaparecimento de convicções profundas que têm levado tanto pseudo-político à insurreição tenaz das suas próprias singularidades? Eu tenho uma ideia para explicar isto. Acontece que não a exponho por vergonha de a escrever!
Mário Rui

Verão quente - 2013




















Mário Rui

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Más narrativas




















No jornal Económico em 27 de Junho de 2013 (ver aqui);

"Falar em traição é excessivo. Aquilo que achava transmiti com toda a lealdade. O primeiro-ministro sabia o que eu pensava. Com certeza que me ouvia. Não quero ter a vaidade de ter sido eu a dar o empurrão ao primeiro-ministro [em relação ao pedido de ajuda]", afirmou Teixeira dos Santos, relembrando os últimos episódios antes do Governo solicitar ajuda externa.

A piada que encontro em toda esta ‘narrativa’ balofa prende-se apenas com o facto de Teixeira dos Santos se ter prestado a tão triste, quanto muda figura, em 3 de Maio de 2011 (/ver foto) para, agora, vir fazer dos outros (nós próprios) parvos. Será que levou dois anos a recuperar a fala? Igual, igualzinho a todos os restantes! Políticos de meia-tigela! Recuperada que está a fala, aproveita também para, agora sim, dar o tal empurrão ao ex-primeiro ministro. Percebo a razão!

Mário Rui

domingo, 23 de junho de 2013

Ponte da Arrábida























50.º aniversário da Ponte da Arrábida do Porto

A Ponte da Arrábida foi a primeira grande ponte sobre o rio Douro integralmente concebida, projetada e construída pela engenharia portuguesa e uma das razões apontadas para a classificação foi o seu processo construtivo, constituído por uma operação de engenho, nunca antes realizada, refere uma nota de imprensa da UP.

Mário Rui

Big Brother
















« Olho por olho e o mundo acabará cego » - Mahatma Gandhi
               
O Departamento de Segurança Interna (DSI) dos Estados Unidos monitoriza rotineiramente dezenas de sites populares, entre os quais Facebook, Twitter, Hulu, WikiLeaks e sites de notícias e ‘fofocas’ como o Huffington Post e o Drudge Report, de acordo com um documento do governo americano.

Uma "revisão de normas de privacidade" divulgada pelo DSI em Novembro passado informa que, pelo menos desde Junho de 2010, o seu centro de operações nacionais vem operando uma "capacidade de mídia/redes sociais", que envolve monitorização regular de "fóruns on-line abertos ao público, blogs, sites públicos e listas de discussão abertas".

O propósito desta monitorização, de acordo com o documento do governo, é "recolher informações usadas para formar um quadro de situação e estabelecer um panorama operacional comum".

Mário Rui

sábado, 22 de junho de 2013

Coimbra - Património Universal













Universidade de Coimbra eleita Património Mundial da Humanidade

A Universidade de Coimbra foi classificada, este sábado, Património Mundial da Humanidade, distinção atribuída pela UNESCO, na reunião que está a decorrer em Phnom Penh, no Camboja. É a terceira universidade mais antiga da Europa, foi fundada em 1290.

Há já muito tempo que tal distinção é, ela mesma, filha da Universidade e de Coimbra! Só não havia ainda sido atribuída esta “nobreza de porte mundial” já que, algum do mundo actual privilegiou o desenvolvimento na sua dimensão material, sacrificando muitas vezes, no altar do deus do progresso material - o tal que não requer muita inteligência – numerosos valores morais, culturais, de liberdade e modernidade. Parabéns pois à Universidade e à cidade que a acolhe e que a cultura que a envolve jamais perca a sua singularidade. A partir de agora há uma responsabilidade acrescida. Todos passam a ter um papel ainda mais importante a desempenhar na manutenção e na renovação da noção de humanismo , bem como no indelével estabelecimento de uma relação com os valores e com a tradição. Coimbra saberá fazê-lo!

Mário Rui

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Justiça



















Dizem que o perigo que hoje assola os mais desfavorecidos não é, conforme alguns afirmam, o choque de civilizações mas a ausência de valores compartilhados. No Brasil, há comunhão de interesses. Ainda bem! Aplaudo os que lutam por objectivos comuns em benefício dos que são votados a uma rede insocial que despreza os fracos em favor dos fortes e corruptos. Já só falta a réplica na mesma língua – em Portugal.

 
Mário Rui

Caras sem rosto

























“Não há símbolos do PSD (nem dos outros dois partidos) que apoiam o candidato a Oeiras. Aliás nem o rosto do candidato. "O meu nível de notoriedade é tal que não preciso de colocar a minha cara", diz o escritor, comentador televisivo e ex-inspector da Polícia Judiciária” (Jornal Sol)

Foi este o candidato que nos sugeriu que uma notoriedade intrínseca feita a dele o escusava de colar a sua própria cara ao cartaz de campanha. Enfim, são opiniões de gente que pelo vistos se acha acima dos tradicionais métodos de apresentação pública e, portanto, lança borda fora um meio que sempre me pareceu útil para melhor dar a conhecer um dos lados do político. A cara! Claro que atitude assim assumida pode sempre interpretar-se de modos vários. Um destes, e considerando os tempos conturbados que se vivem, acho que radica no facto de muitos dos candidatos às próximas eleições autárquicas, embora apoiados pelos respectivos partidos, não quererem mostar o outro lado da realidade. Já não apenas a metade restante da sua face, mas antes a das próprias forças políticas que lhes dão suporte, tal tem sido o desvario posto em prática pelas mesmas na governação do País. Envergonha qualquer um. De resto, como refere a notícia do Sol, nem sequer símbolo do partido aparece nesta campanha. Mas não se julgue que esta postura toca apenas os candidatos do PSD. Se olharmos para o PS, a coisa não muda assim tanto de figura. Dizem os estudos que, na matéria, são 19 os socialistas que optaram por não apostar o símbolo do partido e 12 social-democratas que fizeram o mesmo. Figurino destes é o oposto do que se via há um bom par de anos atrás o que, embora surpreendente, não deixa de traduzir um certo mal-estar, nomeadamente no seio dos dois maiores partidos nacionais, quanto a associações visíveis que começam a parecer ao eleitor e até ao próprio candidato, de mau tom. Evidentemente que opiniões diferentes sempre dirão que este modo de interpretar os actuais sinais não reflectem em nada a realidade existente. Pois bem, cada qual pensa e concluí à sua maneira e esta é a minha, dando no entanto abertura para que me convençam do contrário. Política nacional a raiar o grau zero só podia dar nisto. Sociedade sitiada apesar de ainda não entrincheirada, e se calhar já lá deveria estar, parece aconselhar prudência a candidato que se dispõe a ocupar lugar na política local. A proximidade é muita e se uns ainda permanecem longínquos ao eleitor, e por tal blindados dos “ataques” populares, outros há que por estarem perto podem vir a ser incomodados. Portanto, pelo sim e pelo não, considerando o paralelismo das atitudes, a similitude de condutas de governo do país nacional e local e a possibilidade de que se manifestem hostilidades inesperadas, manda o bom senso que se evite o confronto directo. Apaguem-se as caras, se possível os símbolos, utilizem-se as tácticas do toca-e-foge, na esperança de que a escassez de armamento dos eleitores e o esquecimento da simbologia possa, com alguma esperança, trazer uma conclusão conhecida à partida. Talvez eu esteja enganado, mas acho que o mundo torna-se presente para os nossos olhos como uma sucessão de imagens graváveis , e o que quer que não se adeque a ser gravado numa imagem não lhe pertence verdadeiramente. Daí, simultaneamente perceber e não perceber a ausência de rostos e símbolos na campanha em curso. Mesmo reiterando dúvidas, preferia olhar olhos nos olhos, em papel que fosse, todos os candidatos.

 
Mário Rui

terça-feira, 18 de junho de 2013

Política caprichosa e vingativa





















Inquérito às PPP. Relatório do PSD conclui que negociação das Scut lesou contribuintes

PPP: comissão foi uma encenação para disfarçar desastre da governação, diz PS

PPP. Relator rejeita acusações do PS e garante que documento é factual

PPP. PCP diz que relatório retrata visão do PSD sobre os acontecimentos

Como eu abomino toda esta escória política que se pôs, põe, e se nada mais formos capazes de fazer para o evitar, se porá continuadamente a (des)governar o país. Pior que o desvairado adepto de futebol que só vê uma cor, muito pior que esse, só tal gente para o suplantar. Em qualidade e infelizmente em quantidade. Portugal uno e lar de milhões de pessoas que aspiram a uma vida melhor, não conta para nada. Não interessa esclarecer, importa confundir. Uns concluem do malgastar de outros, depois aportam os seguintes e dizem-nos que se trata de peça para iludir. Desembarcam os próximos e negam o desfecho dos anteriores e, finalmente, saem do vagão descontrolado os que se seguem para repercutir ainda e uma vez mais a velha e relha história da culpa de todos os demais e nunca dos próprios. Inópia política nacional, que envolve insulto dirigido a um povo demasiado ordeiro e que afinal mais não é senão processo intentado contra a boa índole dos portugueses. Perante esta ameaça que objectivamente não se resume a alguns partidos políticos, mas inclui uma gama muito variada de acções violentas e raras vezes agregadoras do bem nacional, tudo o que nos sobeja é a ideia de que estamos entregues a difusas, manipuladoras e matreiras maneiras de tratar a coisa pública. Depois peçam-nos que lutemos pela manutenção de um estar moralizador que vos confira um real reconhecimento social. Enquanto durar esta evolução de escórias anacrónicas que vejo actualmente à minha frente, onde as singularidades partidárias se sobrepõem às verdadeiras necessidades colectivas, Portugal de nome único, não estarei disponível para dar cobertura à legitimação das vossas amorais condutas. Enquanto pressentir o diferencialismo caprichoso e vingativo, fundado na vossa falta de identidade nacional, não vos regalarei com votos. Assim a tanto vos ajude a vossa pouca sabedoria para uma transição do “eu” até uma cultura política confluente onde se entrecruzem razões que engrandeçam o meu país, assim a minha cidadania estará mais perto de vós. Optem então pela cultura política em lugar das interpretações genético-partidárias que vos são tão caras. Portugal agradecerá a vossa abertura, o abandono do hermetismo próprio, e não será por isso que se esfumará a vossa identidade intrínseca.

Mário Rui

sábado, 15 de junho de 2013

Café da Praia - Torreira 15 Junho 2013























Café da Praia - Torreira 15 Junho 2013


Sol, música e bom ambiente - prelúdio para um Verão que se deseja farto de coisas boas. Que descomprimam tensões acumuladas.

Mário Rui

quinta-feira, 13 de junho de 2013

" O Anexo "


















Há um anexo obrigatório que pode deixar em incumprimento milhares de contribuintes.O Anexo SS, que discrimina os rendimentos do trabalhador, tem de ser entregue sob pena de multa que pode ir até aos 250 euros.

Até agora, os trabalhadores independentes declaravam as vendas e serviços prestados à Segurança Social até 15 de Fevereiro e faziam a entrega do IRS até final de Maio. Um novo anexo – o Anexo SS – veio juntar os dois processos no momento da entrega da declaração do IRS.

IRS já é por si só sintoma de repúdio popular. Anexo, por sua vez, não é coisa melhor já que é dependência contígua a outra, ou seja a primeira. Agora apelidarem-no de “SS”, não lembra nem ao Diabo! Mas será que no Ministério das Finanças não há gente com um pouquinho mais de sizo? Até ficamos a pensar se o nome dado não terá conotações germanófilas. E se forem do tempo do Adolfito? Dizem-me que há gente que 68 anos depois ainda não conseguiu esquecer certos movimentos... ...

Mário Rui

segunda-feira, 10 de junho de 2013

« Esta é a ditosa Pátria minha amada »























« Esta é a ditosa Pátria minha amada »

A que me viu nascer e meu deu o sol da minha infância, os dias bons da minha juventude e, mesmo mais sombria em tempo adulto, me ofereceu a esperança de morrer lusitano. Dói-me apenas o saber que ao longo desta caminhada tive como parceiros homens que decidiram enegrecer o sentido de se ser de cá, julgando com isso que gravariam o seu nome na placa da história desta nobre terra. Não importa, pois o que de nós restará há-de ser a memória dos que por obras e feitos notáveis inscreveram a sua identidade na narração futura de um país de gente que sempre lutou pela dignidade do nosso pedaço de terra. Gente que nunca conheceu outro palco senão o da labuta, o da mesa não farta mas ainda assim feliz, gente que jamais tomou assento à mesa do rei, fugaz mas atinada na sua afirmação de portugalidade e por isso mesmo verdadeira defensora do brio de uma pátria. Agora consigo perceber do modo como fui, eu, e se calhar muitos como eu, honrado com companhias destas. Quem sabe se não teremos sido ingratos sempre e quando estivemos ao lado dos supérfluos em vez de cantarmos bem alto o nome dos que nos elevaram à condição de pessoas modificadoras da causa. Isto é que é ser português! Orgulharmo-nos por tanta generosidade recebida e fazermos por esquecer muita dádiva envenenada. Não faremos a contabilidade das festas públicas que cantam loas à lusa-pátria uma vez por ano! É dia efémero que não marca na alma e no corpo deste povo o sinal dos tempos. Preferimos os dias todos, os séculos que encheram páginas e páginas da história universal e levaram mais longe o nome da terra que habitamos. Para nosso descontentamento fizemo-lo demasiadas vezes com a barriga vazia e o pé descalço. Nós bem sabemos que assim foi. Mas porque prevenidos sempre vimos o que falhou, demos o nosso melhor em nome da mudança necessária. Sagazes, prudentes, com juízo, levámos ao colo a palavra que nos define. Portugal! Conseguimos mil anos de vida e este percurso seria incomportável sem luta, sem ilusões, sem prestígios. Tão grandes somos que nem sequer temos inimigos desprezíveis. Cá dentro ou lá fora, lidamos com eles, fabulando! A mais não somos obrigados. Tiraram-nos o pão vezes sem conta, outras tantas deram-nos supostos prazeres, rosas bordadas de espinhos. Tão pouco sabedores da nossa assumida inteligência, nunca conseguiram perceber que colhê-los sem nos ferirmos foi o requinte da sabedoria e habilidade deste povo de Viriato. Podem vir ventos, tempestades ou até trovas matreiramente apaixonadas. A autoridade de Portugal é e será sempre a razão e o argumento de uma só língua. Continuaremos a ser singelos no falar que nos une, mas dobrados no propósito que nos move. E o sentido do propósito é indivisível, é Portugal!! O de Camões, da ditosa Pátria minha amada.

Mário Rui

domingo, 9 de junho de 2013

Nunca o fiz, não faço nem façarei




« 'Prontos'.... o homem teve um deslize mas não o criticarei. Não o 'façarei' pois isto acontece aos melhores»
Mário Rui

À espera...sentados


















Cumpriu-se no sul de Inglaterra a 61ª reunião anual do secreto Clube Bilderberg. Para além de Paulo Portas e António José Seguro também estiveram presentes Pinto Balsemão e Durão Barroso. Os aldeões ficaram de fora, como de resto era de esperar, não fossem eles estragar o pensamento ao “Governo Sombra do Mundo”.  Não foram divulgadas conclusões do encontro que contou com outras figuras destacadas a nível mundial. Em todo o caso, e uma vez que Portas e Seguro regressaram de braço dado, é de esperar que nos informem quanto à data do casamento. Com Portugal, entenda-se! Ficamos à espera ... sentados.

Mário Rui

sábado, 8 de junho de 2013

Rainy Day


















Orçamento Gaspar diz que a chuva prejudicou o investimento até Março.

Num país onde até o Hino Nacional já se toca num programa da RTP, o ‘gameshow” (seja lá isso o que for) “O Preço Certo”, será que ainda há quem se espante com as declarações de Gaspar???? O que verdadeiramente me surpreende é o facto de quase ninguém oferecer resistência aos turbilhões profundos que se formam nas ideias, na política e nos usos sociais. Com práticas tão escarninhas, o que temos é só uma ventania de farsa geral e omnímoda que sopra na nossa querida terrinha. Dizem também que europeia...

Mário Rui

Como nos olham























O modo como os outros nos olham. (Ver aqui)


Revista The Atlantic escreve artigo sobre a "condenação de Portugal". "A maioria dos países do sul da Europa, Portugal incluído, sofrem de demasiada corrupção e regulação".
Mário Rui

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O 'DIA D'


















(Clicar na imagem para aumentar)

6 de Junho de 1944: O ‘DIA D’

Vale a pena sentir o dia vivido (VER AQUI) através da foto-galeria 'Big Picture - Boston.com' .

69 anos depois do ‘Dia D’ obriga-nos o respeito devido aos valorosos que mudaram para melhor a face da Terra que lhes prestemos um sentido louvor pela sua abnegação, espírito de sacrifício e especialmente pela determinação que puseram na libertação da Europa do louco jugo de gente menor.

Cerca de 3,5 milhões de combatentes aliados desembarcaram de surpresa por mar e ar na Normandia, costa de França, na maior operação de guerra já registada até hoje, considerada pelo alto comando das tropas como o ‘Dia D’. Se as tropas fossem barradas pelos alemães, os Aliados perderiam a guerra. Tudo indicava que a vantagem inicial era Aliada. Os alemães, que sabiam que uma mega-operação estava a ser preparada não a esperavam pelo Canal da Mancha e, desse modo, o efeito surpresa foi decisivo para o avanço das forças de libertação. O sinal da invasão – um verso de Paul Verlaine, “Blessent mon coeur d’une languer monotone” – foi dado pela BBC de Londres, para avisar a Resistência Francesa da operação.

Mário Rui

Clube Bilderberg








































A. José Seguro em reunião do Grupo de Bilderberg (VER AQUI) para "defender fim dos paraísos fiscais e taxa às transações financeiras". Paulo Portas, parece, também vai !!!

Será isto humor? Vá lá a gente perceber tais visitas ao Bilderberg…. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

Eu gosto mesmo é do Eça, o resto … são basófias

Como está provado que sou redondamente inapto para escrever Revistas, dizer finamente das Modas, e falar da literatura contemporânea herdeira honesta do defunto sr. Prudhomme, é justo, ao menos, que de vez em quando conte uma história amorosa, uma daquelas histórias femininas e macias, que nos serões de Trieste faziam adormecer nas suas cadeiras douradas as senhoras arquiduquesas de Áustria. Conhecem o Diabo? Não serei eu quem lhes conte a vida dele. E, todavia, sei de cor a sua legenda trágica, luminosa, celeste, grotesca e suave! O Diabo é a figura mais dramática da História da Alma. A sua vida é a grande aventura do Mal. Foi ele que inventou os enfeites que enlanguescem a alma, e as armas que ensangüentam o corpo. E, todavia, em certos momentos da história, o Diabo é o representante imenso do direito humano. Quer a liberdade, a fecundidade, a força, a lei. É então uma espécie de Pã sinistro, onde rugem as fundas rebeliões da Natureza. Combate o sacerdócio e a virgindade; aconselha a Cristo que viva, e aos místicos que entrem na humanidade.

“O Senhor Diabo - Eça de Queirós”

Conversemos então a propósito de tão prosaico clube;

Wikipédia: O Clube Bilderberg é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados, muitos dos quais são personalidades influentes no mundo empresarial, académico, mediático ou político. Devido ao facto das discussões entre as personalidades públicas oficiais e líderes empresariais (além de outros) não serem registadas, estes encontros anuais são alvo de muitas críticas (por passar por cima do processo democrático de discussão de temas sociais aberta e publicamente). O grupo de elite reúne-se anualmente, em segredo, em hotéis de cinco estrelas reservados espalhados pelo mundo, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido no Estados Unidos e Canadá. Existe um escritório em Leiden, nos Países Baixos.

Por Stephen Lendman - Global Research (Centre of Research on Globalization) - Chama-se Grupo Bilderberg, uma associação que representa um quem é quem das elites mundiais de energia, principalmente da América, Canadá e Europa Ocidental com nomes conhecidos, como David Rockefeller, Henry Kissinger, Bill Clinton, Gordon Brown, Angela Merkel, Alan Greenspan, Ben Bernanke, Larry Summers, Tim Geithner, Lloyd Blankfein, George Soros, Donald Rumsfeld, Rupert Murdoch, outros chefes de Estado, senadores, deputados influentes e parlamentares, do Pentágono e da NATO, membros da realeza europeia, os valores seleccionados da mídia e outros convidados - alguns em silêncio - por alguns clientes como Barack Obama e muitos dos seus altos funcionários. Sempre bem representados são figuras de topo do Conselho de Relações Exteriores (CFR), FMI, Banco Mundial, Comissão Trilateral, União Européia e poderosos banqueiros centrais do Federal Reserve, do BCE e do Banco de Inglaterra, Mervyn King. Por mais de meio século, os temas da agenda ou discussão não são tornados públicos, nem é permitida qualquer cobertura da imprensa. Os poucos convidados participantes e seus chefes juram guardar segredo quanto ao discutido .

Clube Bilderberg: Os Senhores do Mundo de Daniel Estulin (edição Círculo de Leitores): Bilderberg, o olho que vê tudo, o governo mundial na sombra, decide, numa reunião anual totalmente secreta, como devem ser levados a cabo os seus diabólicos projectos. Quando se realizam estas reuniões, seguem-se-lhe inevitavelmente a guerra, a fome, a pobreza, a derrocada dos governos e abruptas e surpreendentes alterações políticas, sociais e monetárias. Um tal regime depende totalmente da capacidade de manter a informação silenciada e reprimida. É esse o seu calcanhar de Aquiles. O Clube Bilderberg conta com as nossas respostas inadequadas para controlar a nossa reacção perante acontecimentos criados e não se sentirá decepcionado enquanto nós, como mundo livre, continuarmos como fizemos até agora.

Mário Rui

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Melícias ou milícias?


























Como compensa saber combinar a modéstia com a audácia! Lembrem-se sempre que se alguns conseguem realizar algo materialmente muito vantajoso, mas mesmo muito vantajoso, é quase sempre sobre a base dos esforços de muitos outros, muitos dos quais têm enfrentado horrores tais que fariam a mim, e aos que pensam como eu, quase desabar em incredulidade. Claro que dentro de um mundo pacificado, sem opinião, até mesmo a mais pequena expressão sobressai. Há uma certa religião que faz bem ao homem farto, sendo que também ajuda o pobre a não desesperar! Até quando, meu Deus? Até quando? Como é triste a condição dos povos em que escasseiam lavradores e sobejam os espertos.

Mário Rui


7450 euros por mês: o Padre Melícias tem uma pensão que é uma delícia!

"Deus está no meio de nós". Mas eu acredito que ele gosta mais de andar junto de alguns do que no meio do resto da carneirada. Uma omnipresença um tanto ou quanto elitista. E com a sua capacidade divina de alterar a vida dos crentes acaba por tocar meia dúzia de afortunados de forma especial. Provavelmente terá a ver com a dedicação que estes lhe retribuem em vida. A retribuição do Padre Melícias é de 7450 euros.

Tiago Mesquita - Expresso

Ousada arte



A arte, qualquer que seja, é de facto uma coisa algo estranha (ver aqui)  e (aqui). Cada um pode vê-la do modo como lhe aprouver sendo que, tal como saborear um néctar, a uns cairá bem e a outros nem por isso. Quantas vezes, ao olhar uma obra artística, perguntamo-nos; “o que quererá o artista dizer?”; “o que buscava ele?”; “para quê”? – admitindo assim que as acções do autor são, antes de mais, efeitos das suas próprias intenções e propósitos. Deste modo, arte, talvez se possa entender como manifestação de ordem criativa e sobretudo meio para atingir os sentimentos de quem a contempla. Ainda que a cada um de nós desperte um significado único e diferente, estimula sem dúvida as nossas percepções, emoções e ideias. E isto acontece porque arte sempre foi uma maneira de instaurar e estabilizar um “estilo” novo ainda que este possa, e muitas vezes assim é, romper os sistemas e códigos estabelecidos. Pois bem, Miru Kim, artista sul-coreana que passeia a sua nudez de Nova Iorque a Seul, atrevendo-se igualmente por Istambul, oferece-nos a sua ‘agressiva’ arte fotográfica através da mostra do nú à mistura com a realidade vivida numa pocilga. Observem e se quiserem comentem. Por mim, há arte, ousadia, no que faz. Afinal expressa emoções. Cada um ajuizará a seu modo.

Mário Rui

Séculos












(Clicar na imagem para aumentar)

Mário Rui

terça-feira, 4 de junho de 2013

'I am one of you now'

















'I am one of you now'

Nenhuma qualidade humana tem a garantia de perdurar indefinidamente no mundo do futebol repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e muitas vezes de forma imprevisível. Só espero que Mourinho contrarie esta ideia e continue em alta. No entanto, "I am one of you now", soa-me a discurso politico o que pode não augurar caminhada conquistadora. Por mim prefiro vê-lo como “special one” e gostei mais das palavras de um dirigente do clube londrino; "he was and remains a hugely popular figure at the club and everyone here looks forward to working with him again." Em todo o caso, boa sorte Mourinho!

Mário Rui

domingo, 2 de junho de 2013

Dinheiro em tempo de fome

























Não querendo pôr em causa as louváveis iniciativas do Banco Alimentar Contra a Fome, campanhas a que de resto me junto com a minha singela parte, interrogo-me a propósito dos elevados lucros obtidos pelos donos das grandes superfícies, Pingos Doces, Continentes, etc, etc, sempre que o BACF apela à participação dos fregueses à porta destas lojas. É curioso, não é? Em vez de um kilo de arroz, compramos dois, se for um pacote de massa lá vai o dobro, 1 litro de leite duplica e assim sucessivamente. São dias excelentes para os proventos dos patrões de tais superfícies! Não sei se já o fizeram, mas não seria bonito que estas lojas, leia-se os patrões das mesmas, também ajudassem o Banco Alimentar? Como? Fazendo como nós. Por mote próprio. É que a cidadania dos que menos podem dar é exactamente igual à dos que, por muito ganharem, muito podem distribuir. Ou será que cidadania é mera coincidência? Realmente, dinheiro dá em árvores várias e há gente que até a dormir o ganha. É por isso que às vezes dou comigo a pensar em Saramago e no que ele um dia disse; « a fraqueza alimenta a força para que a força esmague a fraqueza. » Estarei tolo ou ele tinha mesmo razão?

Mário Rui

Pela boca morre o peixe











































“Não vamos para o Governo para meter nos gabinetes dos Ministros e dos Secretários de Estado, um exército de gente que constitua administração paralela àquela que já existe no Estado"

Diz o povo, e com toda a propriedade, que pela boca morre o peixe.

Em quase dois anos Governo de Passos nomeou 4463 pessoas contra 1077 nomeações do Governo de José Sócrates em igual período de tempo.

Mário Rui

sábado, 1 de junho de 2013

Mouseland, legendado em português





É bom que estejamos sempre à altura do quotidiano.

Mário Rui

Biografia de Uma Seguradora da Economia Social



MÚTUA DOS PESCADORES EM LIVRO, do estarrejense Álvaro Garrido, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e consultor do Museu de Ílhavo, que tem dedicado a sua investigação à história das instituições económicas, em particular do período do Estado Novo e das pescas.

"Biografia de Uma Seguradora da Economia Social"

Trata-se de um livro de elevada qualidade estética, bem ilustrado e de grande riqueza literária, que se lê com muito agrado, o que nem sempre acontece com os tratados desta natureza.

Se bem que o propósito fundamental consistiu em relatar o passado que foi moldando a identidade desta Instituição, hoje a seguradora líder da pesca, referência do cluster do mar e da economia social e simultaneamente a maior associação marítima de Portugal, com fortíssimas preocupações de responsabilidade social; a verdade é que contém elementos de investigação que o permitem tornar muito mais abrangente, podendo interessar, não apenas ao universo de atores e de utentes da Mútua dos Pescadores, mas também a todos os que pretendam aprofundar conhecimentos sobre as raízes dos seguros marítimos e do mutualismo - mesmo numa visão internacional - e pelos alicerces do Estado Novo, mormente quanto à sua intervenção na atividade piscatória e na criação das respetivas mútuas de seguros, das quais a Mútua dos Pescadores é a única resistente.

Em resumo, um livro que vivamente recomendamos.

( in Mútua dos Pescadores)

Mário Rui