quarta-feira, 2 de abril de 2014

Não voto em dúvidas!

























 
 
 
 
 
 
 
 
Numa recente entrevista ao jornal Expresso, Durão Barroso disse, sem ser questionado sobre o tema, que enquanto foi primeiro-ministro (entre 2002 e 2004) chamou por três vezes o então governador do Banco de Portugal a São Bento para "saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade", indicando possíveis irregularidades no banco nacionalizado pelo Estado português em 2008.

"Nunca recebi qualquer informação sobre possíveis irregularidades concretas no BPN. Depois de tantos anos, não recordo qualquer convocação exclusivamente sobre o BPN", afirmou Vitor Constâncio, que convocou os jornalistas para falar sobre o tema, à margem das reuniões do Eurogrupo e Ecofin que se realizam em Atenas.

ECONÓMICO COM LUSA

01/04/14

Jacques de la Palisse não foi achado nem chamado para criar este truísmo.

É assim; se um dos dois fala verdade, então um dos dois fala mentira. Não é assim tão difícil de perceber entrando em conta com a desgraça que se abateu sobre nós produto da mentira ou da verdade com que fomos confrontados ao longo dos últimos anos. Esse é que é o genuíno e irrefutável dado a reter, tudo o resto são sandices próprias de uma casta política, e não mais que isso, de cariz eminentemente desrespeitoso para com os seus semelhantes. Uns por omissão do cumprimento do dever aos mesmos confiado, outros por mera disputa das (in)civilidades políticas, apostando eu que ambos se julgam vestidos de preceitos de rigor, apenas atingiram o degrau mais baixo da ciência urbana que se julga um prodígio sendo no fim só uma mera monstruosidade criada por homens de pouco saber, ser e ter. Apetece-me dizer que a decadência das tabernas é uma forte decadência geral da democracia contribuindo deste modo e inegavelmente para o enfraquecimento da igualdade que ansiamos. O que havemos nós de fazer? Tapar os ouvidos, calar a voz, adormecer em sonhos, ou denunciar este igualitarismo tonto e falso que vem destas “magnas” discussões de bodega? E mais juro. Haverá por certo alguns votantes que continuarão a negar a necessidade das penas e dos castigos e ainda por cima destes dirão ser coisa feia e humilhante de aplicar a alguma gente. Pobre Portugal, quem te disse que eras filho deste milhão de factos exemplares de uma república de maus ensaios e péssimos poemas e ainda assim mal cantados? Mesmo que quiséssemos recorrer ao termo  clássico e certo, a educação, mais não teríamos senão a ideia de que tal mandamento é tão-só uma forma de culto da inverdade e jamais, como deveria ser, o honesto culto dos factos. É isto que leva o meu amado país, disse bem, amado país, a escrever o que realmente pensa sobre a política que por cá se faz; é uma coisa que se apodera de nós mas com gravidade suficiente para nos entorpecer o pensamento e a acção. Não, já o disse antes,  nada disto é aversão à minha Nação, é só dó da minha Pátria!

 

Mário Rui
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