segunda-feira, 30 de maio de 2016

Será para converter o rival?


Houve quem adiantasse que tanto podia ser o Pai como o Filho na liderança do FC Porto. Ficou o Pai. Ao que se diz, agora poderá vir o Espírito Santo. No Sporting, permanece Jesus. Ora, se assim for, conseguida esta cristã clemência e pela compreensão  lógica dos factos, ao Benfica só restará certamente uma severidade de oração que lhe dê tradição e honra, mas desde que envolto na doçura de um Céu. O que vale é que Bispo já temos. Nem que seja para evangelizar infiéis.
 
 
Mário Rui
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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Hiroshima

 

27 de Maio de 2016 - o Presidente dos EUA deixa uma coroa de flores no Parque da Paz, em Hiroshima.
 
Hiroshima – Agosto, dia 6, em 1945.
 
Era uma manhã luminosa e sem nuvens. Às 08h15 a morte caiu do céu e o mundo mudou. Passou a conhecer a capacidade de exterminação em massa que o homem possui.
 
Se hoje as flores são um espelho de virtudes, e bem, convém no entanto não esquecer que ainda há muito teto contra a chuva por construir, muito caldo a cozinhar contra a fome e também muita boa política por fazer que não sorva vidas, mas, pelo contrário as produza.
 
 
Mário Rui
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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Os 16; mola real de qualquer espécie de sucesso

 

Os 16; mola real de qualquer espécie de sucesso
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou um projecto de lei que pretende diminuir a idade mínima para a mudança de sexo dos 18 para os 16 anos. O projecto só deverá ser discutido depois das férias parlamentares.
 
A pretexto desta infanto-juvenil curiosidade, parece-me que está aí mais um avanço deveras educativo quanto à minha necessidade de cada vez mais escrever menos. Não por falta de vontade, mas antes porque já não me passa da goela o intento de aplicar tempo e pensar a este muito restrito ramo do génio nacional bloquista. De todo o modo, ainda me atrevo a uma opiniãozita; acho que antes mesmo de discutirem este projecto, outros seriam merecedores de primazia. A saber: tirar o apito ao vapor da carreira, acabar com os cotovelos nos rios, tirar as nódoas dos bancos dos táxis  e legislar também a propósito de bigodes chamejantes. Isso, sim. Seria historiar a existência interior de quem faz progredir o país! Então depois é que discutiria este abnegado zelo em dar aos jovens uma destreza de vida aos dezasseis anos, já agora fumando e bebendo, muito, igualmente aos 16, pois também dá sonho à tela.
 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Rio Antuã

 
 
 
Mário Rui
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Livros

 
 
 
Mário Rui
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RTP sem taça


Endossando desde já os parabéns à equipa que venceu a Taça de Portugal de 2016, o S.C. de Braga, honra ao F.C. do Porto, aproveito igualmente para não felicitar a televisão pública de Portugal tão triste foi o seu papel quanto ao evento. Cuidadosamente arquivados no armário, os seus manuscritos, discursos, serviços populares e generosidades dos seus gestores, Estado Português, continuam assim a mostrar similitudes com a alma que verdadeiramente os caracteriza. Há festa do povo, a prova tem carácter único, pátrio, o estádio é Nacional, a mais alta figura do Estado está lá, canta-se a Portuguesa, milhões querem ver, mas tudo isto não chega para levar as câmaras ao sítio onde a boa fé lusitana se manifesta. É por ser futebol? E então? Não é digno de ser mostrado ao País ou o canal público só deve mostrar cenas de terceira série, telenovelas que são mais sufoco do que argumento, filmes pouco limpos e ainda menos arejados? Para a RTP, a ordem social televisiva repousa certamente nestas desrespeitosas reticências pois de pública tem pouco embora todos os meses a paguemos religiosamente. Dá-se a ganhar aos privados o que é reinvidicação pública justa e ainda por cima antecipada e ricamente paga pelo contribuinte e ninguém se insurge? Acho estranho, no mínimo, mas parece-me que o facto é este na sua nudez; há ‘contratos’ que podem dar para qualquer lado e o modo como são feitos e particularmente revistos, resume-se ao “deslumbramento” que possam provocar e sobretudo ao “acolhimento” que possam vir a ter. Políticos, entenda-se, dependendo apenas do ciclo que se vive e com quem se vive no sítio do mando.


Mário Rui
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