segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tempo de outro tempo

 
 
Já alguém disse que os acontecimentos contemporâneos diferem dos históricos porque desconhecemos os resultados que irão produzir. O mesmo é dizer que, olhando para trás, podemos interpretar, avaliar as consequências dos factos passados. No entanto, enquanto a história se desenrola, não é verdadeiramente história. Assim, conduz-nos a terrenos desconhecidos que só de quando em quando são realmente vislumbrados pelos mais afoitos e atentos ao curso dos factos. Sobretudo quando a história nos revela um final feliz ainda que não tangível ao nosso entendimento. Não compreensível já que o acontecido nos parecia tão importante e credor de punição que, aberta a caixinha das surpresas, nos deparamos com uma imensa ‘felicidade’ oferecida a quem deveria ter percebido a perigosidade do sucedido e suas graves consequências. Mas assim já não é. Vivemos um tempo que em nada é igual ao tempo em que nos eram mostrados os exemplos a seguir. Acabou, infelizmente, esse viver! É por tudo isto que eu acho que “felicidades” como a agora proporcionada a este, e a outros cidadãos, só podem concorrer para o facto de muitos homens jamais poderem vir a perceber quaisquer leis a que a história deva obedecer! Tal desenrolar de eventos sugere que a probabilidade de voltarem a acontecer, os graves e inesperados bem assim como a imprevista oferta de venturas, é altíssima. E viva a ordem (des)reinante!!!
 
Mário Rui