quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O que se requer não é que a conduta se civilize, mas que o país se divirta!

 
Falar, hoje, a propósito deste triste assunto, como de resto de milhares de outros com idênticos contornos, é tão-só lembrar que toda a horda, no país, é genericamente imperfeita e estúpida. É por isso que não me convém nada pertencer a facções insignificantes que insistem na ideia de que, até prova em contrário, alguns são inocentes. Coitados é dos verdadeiros ingénuos. Facções que nos querem levar ao desconhecimento da realidade em que vivemos só para que os fiéis responsáveis por todas esta fantochadas não tenham que dar explicações. Insistam pois na síntese desse “bom senso nacional”, e de preferência tocado por raio militante desse sol político que vos alumia, pois vamos longe. Era só isto. Contudo, não me vou embora sem antes pedir - já o fiz várias vezes e não me canso da insistência - a essa facção, que se acalme e aguarde na fila, pois, não havendo escassez de carapuças na praça, não há também motivo de pressas para mudar de atitude. Continuem pois a enfiar carapuças e congratulem-se com esta normalidade. O que se requer não é que a conduta se civilize, mas que o país se divirta!
 
Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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O eterno lindo a abrir ecos.

 
Já foi um supermercado, agora voltou a ser um palheiro (LER AQUI)

 
 
Mário Rui
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domingo, 23 de setembro de 2018

Vindimando

 
Longe vai o tempo em que a jornada se fazia de acordo com a estação, e cada estação tinha os seus próprios rituais e as suas azáfamas, onde pândega também era pressa. Tudo segundo a lida aturada e as colheitas, a chuva, o frio e o sol. Hoje dizem-me que o mundo é formado por tantas pequenas aldeias, mas sem prensas nem dornas. Tanto mundo visto por tanta gente que afinal não sabe ainda o que é a sua aldeia. E assim lá se perde a sonoridade das uvas, lá se vai a vindima desta aldeia do sol e só ficam os olhos borrachos de quem muito mundo viu mas a pouco assistiu da sabença da sua aldeia. Que granize a chuvada de Janeiro, venha Maio fecundo e um Outubro aromático de néctares. É por este aspirar a sucos doces que se descobre a nossa aldeia. Sonhando tudo em grande, o mundo, fragmentamos os nossos sítios. Ficam escuros, escondidos, subterrâneos e não há quimera que os salve.
 
Mário Rui
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

ESTAU | Estarreja Arte Urbana 2018



















A cidade, pinta-se!
 
 
Mário Rui
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Leiam, leiam muito pois tudo é nada

 
Eu gosto muito de jornais com esta reputação de conhecimento e lucidez informativa, coisa que de resto nunca será alcançada por aqueles que os não leem. Felizmente. Jornais que orientam a opinião da semana e até podem inflamar ou atenuar o feitio dos seus leitores, dependendo tal do objectivo a atingir. E jamais se enganam, não enganando os outros, como o outro que nunca se enganava. Há muito que se tem observado que estas familiaridades levam ao descrédito, mas está tudo bem, como dantes… Leiam, leiam muito pois tudo é nada.

 
Mário Rui
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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Egas e Becas são um casal

 
Da imprensa;
“Egas e Becas são um casal. A serem, não são os únicos em séries infanto-juvenis. Guionista de Rua Sésamo afirma que as duas personagens formam um par romântico gay.
Vou esconder-me debaixo da cama por causa dos átomos e de alguma imprensa…


 
Mário Rui
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Mãe

 
 
Mãe, é mãe. Pacientemente mãe quando voa de olhos postos no ninho, insistentemente mãe quando dá a asa que conforta e faz nascer. E diz a cria que ainda é ovo; “Sonha-me, vale a pena. Sonha-me, que vais gostar”.
 
 
 
Mário Rui
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Há 125 anos as mulheres votaram pela primeira vez


A 19 de setembro de 1893 o primeiro-ministro da Nova Zelândia assinava a lei que permitia às mulheres, pela primeira vez na história, exercerem o seu direito de voto. A Portugal, essa possibilidade só chegou em 1931, tendo a primeira mulher portuguesa votado anos antes devido a uma lacuna na lei. No primeiro acto eleitoral da recém nascida República, em 1911, era permitido o voto a todos os chefes de família que soubessem ler. Como não era referido o género, Carolina Ângelo, médica, viúva, e por isso, chefe de família, foi uma das pessoas que votou. Seria a única mulher a fazê-lo.

 

Mário Rui
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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Edição de Setembro de 2018

 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

António Costa de calças de ganga em Luanda deixa Internet em alvoroço

 
 
Dir-se-ia que "apelintradamente" só (LER AQUI). Nem tanto ao mar, nem tanto à serra. De fato vai à floresta, de facto não respeita um Estado. Coisas modernas e que as perceba quem quiser. Eu não! É que, não obstante a ganga me gerar ‘pica’, fico a perguntar-me se esta maneira de se apresentar do nosso primeiro não revelará a descrição, ou será mesmo discrição, da nossa realidade. Mas isto sou eu a pensar alto porque sou um 'gangas'.
 
 
Mário Rui
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Uma escola colorida. É o que queremos

 
Acho que nunca o tinha escrito, ou mesmo dito publicamente. No entanto, há sempre uma primeira vez. Começaram as aulas do ensino primário, agora dizem ser básico, não importa. Isso é apenas oratória representativa pelo que mantenho a primária como pacífica. E venho à estampa já que me alegra saber do contentamento dos que, pela primeira vez, irão pisar chão que ensina. Os mais pequeninos, ladinos e gaiteiros, os pais que experimentam nova fase de crescimento dos rebentos, os professores que renovam a serenidade dos que não temem ensinar. Hoje, é assim. Mas já houve um outro tempo, há muito tempo, em que passar a porta da escola era pôr os olhos no chão para que o pudéssemos percorrer à vontade, mas só com o olhar. «Aqui ninguém conversa, aqui ninguém dança, aqui ninguém ri, aqui ninguém canta, aqui ninguém se distrai» - era esta a recepção do mestre-escola. Nesta ‘hospitalidade’, e na que se lhe seguia ao longo do ano, pequenino como eu era, sentia retorcer-se no professor um temperamento insatisfeito que, raras vezes, a sala de aula conseguia perceber, amansar sequer e muito menos alterar o senso estético e a imperfeição da vida escolar de então. Sim, era isto no mais das vezes o professor. Porque hei-de eu mentir? Descobrir-lhe um eflúvio capitoso de cores, sorrisos, bondade, coisas que vibrassem para sempre na nossa sensibilidade de meninos, era para mim um receio de trambolhão certo a que, invariavelmente,se sucedia uma varada. Quando a cana caía sobre o dorso ingénuo do puto, só uma espécie de sociedade de socorros mútuos, vinda das outras carteiras da sala, poderia parecer-se como união lusitana de resistentes, embora tal aliança não passasse enfim de um sonho. Aprendia-se nesse tempo? Talvez, mas a medo, encolhidos num lote de actores que muitas vezes assistiam impávidos, que não serenos, à moeda a pagar por tão mau feitio do ensinador. À primeira vista até poderia parecer, na altura, e ainda hoje, que, de facto, num país de analfabetos, esse seria um meio de instrução primária de primeira grandeza. Mas não era e ponto final. Contudo não é para reclamar contra a exorbitância do preço que eu avivo estes factos. Só a eles aludo por mera comparação com os de hoje, diferentes para melhor, e daí ser outra a minha intenção. Vim cá apenas para tirar da minha cabeça umas teias de aranha que podem estar a tapar alguma da minha massa cinzenta, mas sobretudo para desejar uma escola alegre, amiga, de ligação quase conjugal, a toda a meninice que a vai habitar. Sejam felizes aprendendo.  



 
Mário Rui
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Arquitecto do Instituto de Conservação da Natureza suspeito de corrupção


Descer cada vez mais fundo na lama (LER AQUI)

Aqui chegados, e sendo esta uma questão de higiene pública para a qual parece já não haver retrocesso possível, só resta mesmo descer cada vez mais fundo na lama. Pobre país, a fingir de nação da Europa. Quando se lhe chama de República, quer isso dizer simplesmente que se pede uma vassoura e o caixote do lixo. Uma lavandaria a céu aberto, sítio onde impera a nobre arte da vergonha. E continua a tranquilidade inefável que em todo o Portugal preside ao exercício da fraude, da falcatrua, do roubo descarado, mas reina a “ordem”, esta regularidade malévola a que todos já se habituaram. Reina a “ordem” em toda a extensão da República. Ainda que se invente uma couraça que resista a tanta bala de nojo e saque, inventa-se uma nova bala que a fure. Pobre República! E que deformação de identidade que alguns lhe chapam!
 

Mário Rui
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domingo, 16 de setembro de 2018

Deve estar com saudades da “família”

Imagem do “Correio da Manha” (sem til no “a”).

Deve estar com saudades da “família”. Só pode. E não sei se a “família”, assanhada como os gatos, não vai ficar a andar de gatas com a sua chegada. Cheira-me que a coisa se vai complicar. Eu só quero apreciar das vantagens que um tal regresso pode trazer à nossa terra. Mas protejam o rapaz. Contratem uns seguranças, daqueles do Norte, e pode dormir pois sem sobressaltos o “patriota”! A honra do futebol está salva!
 
 
 
Mário Rui
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Por aí

 
 
 
Mário Rui
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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Ainda sobre Pedrógão


Ainda sobre Pedrógão. Do senhor Valdemar, e seus indizíveis apoiantes, falaremos um destes dias…
Excerto de “Chão Zero” de Ana Margarida de Carvalho
… … nenhum óbito a reportar, graças a Deus, senhor vereador, e no entanto, uma multidão insepulta. Não lhe imagino a agonia, e ninguém sabe, ninguém viu. Neste andar de cego, os passos não me obedecem, faltamme as esquinas, os pontos de referência, os desvãos, as passadeiras, as maçanetas de portas ausentes… Como lhe hei-de explicar isto, senhor presidente de junta, o silêncio de uma casa carbonizada. Quanto tempo demoram a regressar os pássaros que fazem ninho nos beirais desaparecidos… E os ratos que nos infernizavam as noites com a ansiedade roedora tão bemvindos, afinal E os cardumes de moscas que entravam por uma janela de Verão e percorriam as funduras ondulantes dos corredores… E o cheiro enjoativo a vinho da adega, sempre gélida, onde não entrava fio de luz, agora esventrada e inundada de sol intruso. Uma casa tão misteriosa e solene, tão encantadora e assustadora, tão enraizada pelo tempo, agora uma cratera sem mistério, óbvia, nua, escancarada, despudorada… O enxovalho de se revelar nas entranhas, o indecoro de canalizações retorcidas, a injúria do metal fundente vergado à vilania da fornalha, a lama peçonhenta, de cinzas e chuva irónica, que larga nas bermas e vai descendo lenta pela ladeira. Vê como sangra, senhor presidente de junta, como se derrama em líquido lamento, solitário e mudo. Esvaise e ninguém que saber, ninguém tem compaixão por cascalhos sem nexo nem valor. O declínio e a dissolução desagradam à vista, embaraçam a freguesia, desfeiam a paisagem. A perdição dos outros incomoda as consciências. Nenhum óbito a declarar, graças a Deus, ninguém, nada, nem um gato aflito esquecido dentro de portas, nem uma ovelha, nem uma galinha… Graças a Deus, apenas um pedaço de existência que se foi para sempre”.
“Couto do Mosteiro, Santa Comba Dão, 15 de Outubro de 2017”
 
 
Mário Rui
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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Fim da mudança de hora: Cada país deve decidir qual dos horários adopta


Cada país deve decidir qual dos horários adopta (LER AQUI)
Ai é? Pronto, lá vamos ter mais romance, senão mesmo comprar uma guerra com toda a gente a ter voz no capítulo e a pensar por si. E então nesta parte do mundo que diz ter inventado a modernidade, o Ocidente, vai haver discussão abundante. Não que seja mau, mas o problema será ter de aturar os apaixonados compiladores de regras culturais, sociais, ideológicas, a ciência, a robótica, a informática. O que certamente não mudará, é o relógio. O relógio nunca nos entendeu e nós nunca entendemos o relógio. A coisa assim continuará.   

 
 
Mário Rui
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"Prémio" merecido (A.Lobo Antunes)



"Prémio" merecido (LER AQUI)
Quando aquilo que se pensa e se escreve está ligado ao mundo que nos rodeia, aos significados da vida e seus estilos, aos sentimentos e à faculdade de os transmitir, um bom escritor é um fim em si mesmo.



Mário Rui
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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Tantos verdes, tantas pontes, tantos sonhos...


 
 
 
Mário Rui
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USA, September 11, 2001


 
Tudo muda quando estamos no terreno, mas chegará o dia em que o juízo vencerá a violência e a falta de razão, como uma necessidade imperiosa de conservação e melhoramento da raça humana.
Homenagem pois aos que pagaram com a própria vida um ‘tributo’ que não lhes era devido, e tudo isso em resultado da insensibilidade, da decadência de mentes com péssimas qualidades morais.
 

Mário Rui
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UEFA Nations League


UEFA Nations League – 09 Setembro 2018 (Estádio da Luz)
Portugal 1 – 0 Itália
Custou mas entrou. Não saiu. Força Portugal, já era merecido.

 
Mário Rui
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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

MEMÓRIA DO POETA, DA RIA DE AVEIRO AO RIO DAS PÉROLAS


MEMÓRIA DO POETA, DA RIA DE AVEIRO AO RIO DAS PÉROLAS
Jornal Tribuna de Macau (10 Setembro 2018) (LER AQUI)



Mário Rui
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O mal dos outros...

 
Tenho-me reservado a um prudente e recatado silêncio quanto aos factos apontados ao Benfica pela Justiça. A ordinária convulsão dos acidentados terrenos futebolísticos portugueses a tanto me obriga, razão pela qual não emito, por agora, opinião a esse respeito. Para algo existe o futuro. Bom ou mau, aceitá-lo-ei como mera fatalidade do que tiver de ser. O que já não posso é ouvir os vagidos, afinal envoltos na vozearia dos grilos e dos sapos que por aí campeiam, sempre que vêm a terreiro atacar o já atacado clube do meu coração. São pessoas habitualmente dadas à aspiração, só aspiração, de se ultrapassarem a si mesmas, quer através da pobre criatividade que mostram, quer apoiando e admirando “agremiações notáveis” de indivíduos e de outros clubes, que afinal constituem uma mancha intrínseca de seres sensatos que não são. Acham-se imaculados e, parados na contemplação do seu próprio umbigo, insistem na ideia de fazer dos outros parvos. Os seus clubes são igualmente, para eles, instituições sem labéu que se tenha vislumbrado ou sequer se adivinhe no porvir. É essa a normalidade que neles abomino. Uma normalidade tão absoluta que já roça a patologia. Acrescentam a esta, uma outra tendência pretensiosa para imitar os processos “criativos normais” dos seus ídolos, dos seus clubes. Para eles, as suas cores clubistas são sempre meritocracias. As do adversário, essas são sempre organizações perigosas, malévolas e para com elas há um dever marcial a cumprir; o fuzilamento! É a isto que jamais quero chegar. A esta escarnecida, tonta e cega geração a que ainda pertenço. A este pedantismo bacoco da pseudo-ética quando se trata do meu quinhão. Quando é o do outro, esta gente é medonhamente deseducada pelo ataque torpe que me intoxica até aos cabelos. Quanto ao Benfica? Para algo existe o futuro. Bom ou mau, aceitá-lo-ei como mera fatalidade do que tiver de ser. E se um dia vier a assistir à marcha da dissolução rápida do meu adversário, podem crer, jamais serei a concorrer, ou a ajudar, à sua decomposição. Acho feia, indigna, essa postura!
 
Mário Rui
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Porto de abrigo - Torreira





Mário Rui
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Estarreja


Estarreja, quando o amplo céu esmorece no seu largo cinzento e não quer mostrar simpatias. Discutimos-lhe a herança, adivinhamos-lhe o testamento; talvez chuva!



Mário Rui
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Policromias





Mário Rui
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GNR


 
GNR na Praça da Varina - Torreira, 06 de Setembro de 2018
 
 
 
Mário Rui
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