segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CRISTIANO RONALDO, o melhor jogador do mundo! Portugal resiste!



















CRISTIANO RONALDO, o melhor jogador do mundo!

 
Ainda que deposite algumas dúvidas quanto à excepcionalidade de Cristiano Ronaldo, quando comparado com outros pares de função por esse futebol fora, acho que o  prémio lhe assente que nem uma luva. Parece contraditório, mas não é! É que aliada a uma capacidade ímpar de jogar à bola, tem também, este portento futebolístico,  uma outra faceta; as suas vitórias são mais produto de luta e perseverança do  que evidenciação de uma fútil superioridade como em tantos outros se manifesta.  É alguém que conquista porque a sua presença altera positivamente a marcha  dos acontecimentos dentro e fora do campo. Mesmo que alguns achem que esta  distinção, a ‘bola de ouro’ - melhor jogador do mundo pela FIFA - é apenas mais uma infecunda “futebolada”, para já  não falar dos que sempre aludem, quanto a mim de modo pouco reflectido, ao lugar-comum do fado, Fátima e futebol, como  tratando-se de factos menores, triviais, de um povo que lhes parece infinitamente alarve  e facilmente manipulável, Ronaldo possuí mais algumas características que  deviam servir de exemplo aos que estão recorrentemente persuadidos da justiça  das suas próprias causas. Tem sido alguém que sabe conduzir-se sem olhar e sem  dar importância a tantos outros sem substância ou mesmo vazios de convicções.  Jogador, ou jogadores de futebol desta ascendência, são os nossos verdadeiros patrícios,  os que mostram predilecção especial pelo carácter e gostam de saber que Portugal  ainda ocupa cadeira no escritório do Mundo! O resto, são cantigas. Prefiro, pois,  estes audazes a outros ‘sapientes’ que só têm articulado, nas mais variadas áreas de  actividade, parcerias ruinosas. E que falta nos faz a influência destes verdadeiros  mestres da bola que realizam passes de mágica no (des)colorido do país. É de futebol que estamos falando? É! E depois? Esta força nacional deverá ser mais desprezada do que qualquer outra? Seria uma desgraça, isso sim, e talvez até uma impossibilidade, recorrermos a outras paupérrimas e incansáveis celebrações de natureza variegada para a confirmação da nossa portugalidade, dignidade e palavra séria. Viva o futebol, parabéns Ronaldo! Portugal resiste!

 


Mário Rui

O “inconseguimento” e o mais que se vê e não se percebe da segunda figura do Estado



Entrevista à Rádio Renascença em 3 de Janeiro de 2014
O “inconseguimento” e o mais que se vê e não se percebe da segunda figura do Estado  
 
Não é meu propósito comentar o que disse a senhora apenas porque o dito é de tal modo difuso e imperceptível que o não consigo fazer. Bem gostaria de entender o alcance de tão adornado discurso mas realmente quem abraça posições tão ‘avançadas’ em matéria de linguística, dificilmente se torna acessível ao comum do cidadão. Após a eclosão do conflito ortográfico, entretanto mal parido, parece-me sensato que para se ser ouvido se restrinja a oratória, mesmo sem acordo já de si imprudente, ao mínimo. O amor e a paixão pela língua que falamos, por meio da qual expressamos sonhos e ambições, é um património demasiado valioso para se subestimar pelo que é premente velar pela sua identidade. E é justamente pelo facto de nada me dizer a dita loquacidade palavrosa da senhora que me cumpre perguntar: o que será uma imaginação que não entenda o que quer dizer? Não poderia ter lançado mão de discurso mais simples, entendível e em que estivesse presente a gramática portuguesa e a língua valorizada? Ou então até nisto já há uma finalidade bem definida; é que os discursos que se expõem ordinariamente à incompreensão dos outros, mascaram a fragilidade das palavras que se dizem. Senhora Presidente, adopte aquela ideia de que “se sei, sei que sei”, “se não sei, sei que não sei”. Assim, vai ver, não terá pela frente mais  “inconseguimentos”.
 
Mário Rui