segunda-feira, 17 de junho de 2019

Lembrar os dias e vidas repentinamente decepadas, honrando-as

Hoje é o dia instituído para guardar memória e preito às 116 pessoas que morreram nos incêndios florestais de 2017. Dia escuro como escuro foi o fogo de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Sertã e Pampilhosa da Serra. Foi sobretudo o tenebroso de vidas inteiras de trabalho que num grande ar de calor se desmoronaram. Das ceifadas pelo fogo que lhes roubou venturas sonhadas, ficaremos sempre com a sensação de ter sido vivido um mundo irreal. E não quero com isto afirmar que foi inevitabilidade. Não, não foi. Como vivo também um pouco por esse mundo irreal do “estamos a caminho da solução”, reservo-me o direito de apontar o dedo à inutilidade da prevenção e, pior, à improfícua carta de outorga que alcunha de competentes os que do ofício nada percebem. Políticos, governação, meios, comando, comunicação, tudo o que, na hora certa, não funcionou. E afirmo-o convictamente só para vincar que se tudo isto fosse uma razão para não falar, muita gente falsa continuaria a estar a coberto de desconfianças fundadas. Nesta data em que passam precisamente dois anos da morte de 47 pessoas encurraladas na EN 236-1, que ficaria conhecida como estrada da morte, um dos mais negros dias da história recente do país, é hora de lembrar o que aconteceu. E de tentar perceber se estamos hoje melhor preparados do que estávamos a 17 de Junho de 2017. E por aqui me fico, não vá um qualquer leitor dizer que eu, em sonhos, ouso proferir com êxtase o falhanço de muitos. Em especial dos que reafirmam que tudo ardeu e muito se morreu, porque sim! E ainda por cá andam alguns desses, envoltos nos seus nos títulos rotos de decisores. Infelizmente.
 

 
Mário Rui
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Estarreja, por aí.


 
 
 
Mário Rui
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Belezas

 
 
 
 
Mário Rui
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Os gigantes das telecomunicações continuam a fazer das suas.

 
 
 
 
Mário Rui
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Boas companhias

 
 
 
 
Mário Rui
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Tanta água ...

 
Dar água pelo joelho é, de facto, complicado. Mas bastante mais complicado é “dar água pela barba”.

 

Mário Rui
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Sto. António - Cortejo Etnográfico Estarreja 2019

 
 
 
Mário Rui
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