segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Área 51?


Calma, não chamem a polícia porque a foto não tem nada a ver com a Área 51.
Até eu gostava muito de apontar o conhecimento lá para longe em direcção ao passado e ainda mais longe rumo ao futuro, e só isso já me bastaria para perceber o presente.
 
Mário Rui
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Mari(n)timidades 2015






























 
 
 
Mário Rui
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Campeões!


Só os grandes campeões sabem cair com prazer. Quer saltem capítulos quer corram contra o tempo, cair durante ou depois não importa, conta é o corolário de um dos mais honrosos impulsos feitos com duas pernas; vencer!

Mário Rui
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Amar às vezes faz doer


 
Tantas são as ocasiões em que esquecemos os nossos, umas por mero descuido, outras por
culpa da palavra ou da postura tolamente julgada fina e ilustrada, que não poucas vezes somos levados a uma sobranceria de gostos que não nos deixa espaço ao prazer de bons sorrisos ante algumas folhas de poesia sentida e sons simples que por aí caem. Carlos Paião tinha essa airosidade simples mas tocante aliada a delicadeza vocal e muita distinção somada à simplicidade e clareza. Não sei se são bons ou maus estes versos e a voz que lhes dá alma; sei que gosto deles! Foram o protesto de um poeta que já disse adeus ao mundo, há 27 anos.

Mário Rui
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Olá S.Paio 2015


As ideias aperfeiçoam-se e o sentido da festa também, o avanço implica-o. É certo que há sempre os que acham que à medida que a verdade do arraial se esfuma a ilusão aumenta. Eu acho que não. Se antes a romaria era feita de cores predominantemente escuras, mas nem por isso menos celebrada, hoje é o colorido que marca espaço. Vai valendo por agora uma imensa acumulação de espectáculos feitos à maneira de um novo estar, celebração que em todo o caso não apaga a memória de tempos idos, onde se fundem multidões num curso comum de modo a que a unidade do festejo possa ser anualmente restabelecida. E é já secular este conjunto de imagens numa relação social alegre entre pares. Se ontem foi mais sóbria, mais vestida de casaco e colete, hoje os adereços decorativos emprestam-lhe outras formas e quer se tenha tratado de dias passados ou se vivam os presentes, a romagem somada à solenidade afinal não se finou, antes se transformou. Tudo foi e é apenas resultado do modo de produção existente. O conceito que unifica e explica os sentimentos vividos pelos antigos e pelos de agora, com as suas diversidades e contrastes, deve ser reconhecido como verdade geral que é cunho de cada uma das épocas vivenciadas. Só isso, porque em cada página do S.Paio intemporal podemos sempre encontrar um sólido itinerário quer seja de saudade pelo que foi quer represente admiração pelo que é. Teve e ainda tem chancela de delírios, entusiasmos, amores e porque não liames, recheio nutrido de coisas em que se acredita porque são convenientes ao nosso carácter, ou não fossemos nós de cá. O simples nome dos que fizeram outrora a festa deverá necessariamente corresponder ao objectivo de uma longa inscrição tal como o nome das paixões que hoje a produzem, erguidas pelo orgulho e pela gratidão, devem ser incitadas a perpetuar a excelência das suas memórias. De outro modo, tudo se esvai e se há coisa que não nos convém é que as gerações envelheçam e se esqueçam de coleccionar a nossa identidade. Se assim acontecesse, o S.Paio teria certamente pela frente um grande “mar de Inverno” quando afinal o que mais ambicionamos é embelezar todos os quotidianos.
 

Mário Rui
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