sexta-feira, 24 de março de 2017

Tretas, como se os portugueses fossem todos néscios


Tretas, como se os portugueses fossem todos néscios  (LER AQUI)

Não é uma vergonha que milhares de portugueses sejam obrigados a pagar 14/15 euros mensais, bem expressos na fatura da companhia que fornece água, sem que consumam uma só gota da mesma? Uma só gota, sim! 14/15 euros mensais, sim! 168/180 euros anuais, sim! E nem uma pinga gastam! Se quiserem, eu provo-o! Esta e outras coisas estranhas constantes da dita fatura. E será que ninguém se revolta contra isto? Compensar os maiores custos de distribuição de água do interior do país? Está bem, até posso concordar, mas só no dia e hora em que me explicarem a que se deve então o roubo feito aos outros. Os tais que não a gastando, a pagam a preço d’ouro. Agradar-me-ia muito que as preocupações do senhor Presidente se voltassem também para os espoliados. Mas disso, não ouço palavra. Estou cansado de autores e actores! A nova parcela da Taxa de Recursos Hídricos (TRH)“determina um aumento na fatura dos consumidores finais dos serviços de águas de quatro milésimos do euro por metro cúbico”, refere a medida. Lamento que milésimos, somados a dezenas, para uns seja um saque inexplicável e para outros vã expectativa de mais barato serviço. Pelo meio, continuará a ficar o usurpador. É sina. Mas ninguém se revolta! Mesmo que a fortuna de uns represente apenas a dentada em quinhão que a outros pertence. Mesmo sem repercutir sinceridades, a república das águas sonsas insiste na extorsão!
 

Mário Rui
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quarta-feira, 22 de março de 2017

O janota pouco assistido


O janota pouco assistido  (LER AQUI)
Não me leves a mal, Dijsselbloem, mas bem que poderias ter lançado mão de apreciações mais vividas. De facto quer-me parecer, pela fisionomia de janota pouco assistido que mostras, que de copos és do tipo de decilitros ausentes e quando presentes metes tira de gaze a meio rosto. E de mulheres, deves ser um aborrecido de quietação lânguida. Do tipo que só deixa no ouvido delas um desinteressante frou-frou de patetices. Portanto, não te metas a falar de coisas que não sabes. Nessas matérias, aproveita antes para passear por entre os perfumes dos pinheiros que gemem, como tu, o seu cântico desolado por estarem longe do bulício. Diverte-te, homem. Mete cintilação nesse olhar e nessa boca e vais ver que ficas com o teu problema de equilíbrio resolvido! Se tivesses falado a sério sobre as razões da crise, terias parceiro para te ouvir. Agora de seiva que não te irrompe, não!
 

Mário Rui
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domingo, 19 de março de 2017

Instantes















 
 
 
Mário Rui
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Dia do Pai 2017


Os bons topam-se à distância. Pelo carácter. Pela seriedade. Pelos valores. Destes, que os há, mas poucos, temos um cá em casa. E todos os dias ele nos ensina a sê-lo, também
 

André Saramago
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Dia do Pai


E se um dia constatarmos que a graça, o sentimento de afeição, a magia, talvez também a partilha do tudo de bom ser possível, não são mais, então é porque decididamente já percebemos que há coisas que não retornam após partirem. Resistirá apenas o tempo que há-de ficar a medir a extensão das nossas boas recordações. E hoje, o obrigado por tudo o que foi, mas ainda a surpresa daquilo em que tudo se transformou. Olhei-me para dentro. Fiz-me um inquérito. Para mim, a perplexidade ainda, com enjoo existencial, mas igualmente saber que algumas eternidades também podem fecundar as nossas memórias. Mesmo que num dia tenhamos vinte anos e, no dia seguinte, oitenta e tal. 
 
 
 
Mário Rui
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