segunda-feira, 16 de julho de 2018

Chuva que chove, a todos não molha por igual


Pela natureza do assunto e pelas circunstâncias do momento, enquanto os figurões do dia se abrigam, ganharam os três, quem perde encharca-se abraçando a relíquia conseguida entre os sobejos de um domingo desigual. Claro, como a vitória geralmente gradua os assuntos pela escala de atenção prioritária mínima, mulher linda que se amanhe. O que não cabe nela, o guarda-chuva, está fora do universo. Se chove, é o estoicismo que conta. Querida, dos três verdadeiramente abrigados, és tu talvez a melhor – a verdadeira! Vestes a camisola.
 

Mário Rui
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Da celebração à diabolização


De onde provém a vontade de causar dano a outrem? Será do apetite que muitos têm pela mesma coisa? Em que consiste a liberdade, e qual a diferença entre bons e maus? A segurança de uma cidade é a suprema lei? E por segurança já não se entende o supremo conforto? Será isto desordem, num plano político, ou infelicidade, no âmbito pessoal? Contudo, é pela razão, e não pela paixão, que se descobre que diferença há entre ganhar e perder. E se tivessem perdido? Como seria? Mais do que de violência, devíamos de ver isto como virulência. Destrói todas as nossas imunidades. E convinha que o governo francês explicasse, e outros governos também, como fazer para acabar com os velhos demónios da tribo. Convinha, porque se já passámos do paleolítico à informática, talvez já fosse tempo de conceber outro mundo, ao invés de muitos se esforçarem em viver num mundo que já existiu.
 
 
Mário Rui
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