quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Orçamento Geral do Estado dá entrevista!


Jornalista - O seu criador, o ministro TS, citou Winston Churchill dizendo - tempos de dificuldade como este, exigem que façamos o que é necessário.
Orçamento - É uma bela frase. Mas talvez faça mais sentido citar Adolf Hitler - se não chegarmos a triunfar não nos restará senão, ao soçobrarmos, arrastar connosco metade do mundo neste desastre.
Jornalista - O Orçamento usa óculos?
Orçamento - Só para ver os abatimentos ... ...

- Mestre, para construir algo de novo, por onde devo começar?





- Mestre, para construir algo de novo, por onde devo começar: pelas fundações ou pelo telhado?
- Que diz a tua consciência?
- Pelas estruturas de base, pois são elas que sustêm o telhado que abriga das intempéries.
- De que te serve um telhado se não deixas nada da antiga construção que te recorde o que ela significou para ti e tudo aquilo de bom que ela te proporcionou? De que adianta o novo pelo novo quando não tens memória?

Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa

Orvalho


Rastos


Fragâncias


sábado, 20 de novembro de 2010

Crisis? What Crisis?


ACTUALIDADES

“Aproxima-te um pouco de nós, e vê! O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a um rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Isto não é uma existência, é uma expiação. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!”

Moeda de troca.

Se tempo é dinheiro, vamos então pagar a crise com o tempo.

Notas de culpa.



Os nossos políticos ofendem-me devido à maneira como apresentam as ideias que lhes ocorrem: exibem-nas com tamanha insistência, procuram persuadir-nos com artifícios tão grosseiros que se diria que se dirigem a mentecaptos. Quando consagro um certo tempo às suas artes, sinto-me sempre em «má companhia»

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ideias estúpidas que se arriscam a salvar Portugal !

Não sei se já alguma vez tiveram a oportunidade de folhear o jornal Metro, que se distribui gratuitamente, entre outros lugares, nas estações de metro de Lisboa e Porto. Se não tiveram, garanto-vos que estão a perder a verdadeira pérola do jornalismo português, principalmente se prestarem a devida atenção às capas e aos títulos das notícias, cuidadosamente elaborados. Só para terem uma noção, a 14 de Junho (pura coincidência com a data do meu aniversário, obviamente) de 2010 a capa era a seguinte: “Eles desconfiam das cuecas delas”. Para o efeito, o conteúdo da notícia é absolutamente secundário, mas o título, meus amigos, é de uma categoria ao nível de poucos. Assim vale a pena fazer jornalismo!
Mas o que me traz aqui não diz propriamente respeito ao jornal Metro. Esperem só um bocadinho que já me esqueci qual era o tema de hoje. Ora bem, prossigamos. Ao que parece há um movimento criado no Facebook intitulado Subway Love, ao qual aderiram portuenses e lisboetas e que promove, nada mais, nada menos, do que reencontros entre pessoas que se apaixonaram no metro. Calma, esta não faz parte das ideias perigosas para Portugal do livro com o mesmo nome, dos autores João Caraça e Gustavo Cardoso, mas podia muito bem fazer parte das Ideias Estúpidas para Portugal. E onde é que entra o jornal Metro no meio disto? Coitado! Pois bem, a referência advém justamente de mais um título gracioso, desta vez assim publicado: “Amor na mesma carruagem”. Bonito, de facto!
Mas deixemos o jornal Metro em paz e reflictamos agora sobre a notícia propriamente dita. O movimento em si deixa-me angustiado. Vamos lá ver. Haverá certamente local melhor para se conhecer alguém, não acham? Eu proponho, e posso tratar disso imediatamente sem a vossa prévia aprovação, que se crie o movimento Porto ou Lisboa Beach Love para pessoas que se apaixonam na praia. É uma ideia estúpida na mesma, mas tão válida como a outra, ora essa. Ainda no Verão passado vi lá muito ao longe uma rapariga que me enchia as medidas. E se eu tivesse que a procurar nesse grupo do Facebook, optaria pela seguinte descrição: procuro jovem morena, que no dia X se encontrava na praia Y com um bikini cai-cai vermelho e por aí fora. E quem diz na praia diz no autocarro, na igreja ou no talho do senhor António, cujos bifinhos de lombo dizem atrair muitas mulheres bonitas. Aqui a história seria bem diferente: procuro jovem loira, que no dia X levou 300 g de fiambre da perna extra e que pagou com uma nota de 10€. E assim seria tudo bem mais fácil e as relações durariam bem mais, vos garanto.
E já agora, há mesmo um grupo no Facebook para todas as pessoas que consideram inadmissível a capa do dia 18 de Maio do jornal Metro em que o Presidente da República aparece vestido com um fato com a bandeira gay e a dizer "Cavaco deu o nó". Isto sim, é jornalismo com classe!
Rui André de Saramago e Sousa da Silva Oliveira

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Suspensões


Tons da floresta.



Tudo aquilo que é da minha espécie, na natureza e na história, fala-me, louva-me, encoraja-me, consola-me: o resto não o entendo, ou esqueço-o imediatamente. Nunca estamos senão em nossa própria companhia.