terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Inclemências

 
Frio, vento, chuva. Que taciturna trindade a acossar estes dias vagarosos de Dezembro. Há na sala um calor reconfortante mas lá fora falta o alvoroço de um Sol animador. E não vale a pena roubar a verdade às palavras. Resta brandir o guarda-chuva e lançar o ataque à inclemência.  Aprecio-a imperfeitamente mas sou contra a totalidade da sua máscara, não apenas contra isto ou aquilo. Com ela travo conversa banal, sobre um milhão de coisas em que se costuma falar, quando se quer dizer quase nada.

 
Mário Rui
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Tribunal declara nula acusação do Banco de Portugal contra Salgado


A fonte dos arrependidos (LER AQUI)

Após ter lido toda esta pregação do Tribunal da Concorrência, eu nem sabia que havia confessionário assim, vejam lá bem a minha ignorância, a coisa resume-se afinal a isto: foi ouvido e recolheu a sua casa incomunicável o surdo-mudo RS que, no espaço público nacional, insultou um país com gestos e acções de burlão. Ao ser interrogado pelo juiz, declarou que já tinha dito tudo. De repente, zás; o tribunal da concorrência absolveu-o. E, a não ser a boa vontade de todos os que não são burlões, mas que contribuem de boa vontade para que os outros o sejam, julgo ter havido aqui uma outra boa razão para a absolvição; foi apresentada como prova irrefutável de inocência o facto dos livros deste senhor terem o “Haver” onde deviam ter o “Deve”. Lindo. Lindo de morrer a rir. Mas a República dorme, reina o sossego. Boa noite.



Mário Rui
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Reflexos

 
 

 
Mário Rui
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