sexta-feira, 18 de maio de 2018

Estarreja - Mercado Antigo d'outros anos







Mário Rui
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Se feder, mexer, perder, ninguém entender e não fizer sentido, é FUTEBOL

 
Se feder, pertence à televisão
Se mexer, é bola
Se perder, a culpa é dos outros
Se ninguém entender, árbitro é réu
Se não faz sentido, é corrupção

Se feder, mexer, perder, ninguém entender e não fizer sentido, é FUTEBOL. E o adepto vai. Simplesmente, não vai para o lugar onde muito lícito seria que fosse. Assim, se explica, então, muita coisa idiota; o futebol não lhe sai da cabeça. Sai-lhe do músculo cerebral. Se, porém, o músculo falha, há, então, um outro recurso – o do insulto, o da grosseria de bordel. Não importa se são monstruosamente avultadas as respectivas custas. Importa é a gana com que se joga este difícil e oriental jogo de galos.


Mário Rui
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Portugal? Trapaça explica. Justiça já não consegue.


Leio coisas em busca de um vestígio de saudável cidadania, de um aceno de esperança. No entanto, à velocidade supersónica a que são produzidas mais e mais trafulhices a cada instante que passa, não vai haver tribunal que resista a tanta vigarice orquestrada. Portugal? Trapaça explica. Justiça já não consegue.


Mário Rui
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Nunca gostei de gente que chega sempre atrasada à importância das coisas


Houve mais um fogo medonho, talvez mesmo assassino no país. E eu nunca gostei de gente que chega sempre atrasada à importância das coisas! Integrantes de claques como esta, nomeadamente do SCP, do SLB, do FCP, mas não só, são às centenas, aos milhares ... como se fossem cogumelos... como ninhadas de ratos prontos a roer o soalho carcomido do nosso futebol, da nossa lei, que afinal ninguém faz cumprir. E o Estado de direito, que sei perfeitamente quanto vale e quanto quer valer, só agora deu conta destas armas nojentas de ataque pessoal, torpes, reles. Tudo me cheira mal quando chega a estúpida e atrasada pretensão de autopsiar crime que há muito todos perceberam mas ninguém, sobretudo a autoridade máxima do desporto em Portugal, o Governo, o de agora, e os outros, quis dissecar a tempo e horas. Chegam agora armados em iconoclastas. Ora, ora, num fechar de olhos mil vezes pior que o mais completo abandono, nunca viram a violência que por aí campeia fora das quatro linhas. De exuberantes palavras e arrojo de imagens televisivas, estou eu farto. O que eu queria era acção que punisse, antes, de modo a não ter de ver e ouvir depois hipócritas hereditários que dizem mixórdias governativas pífias que só despertam o riso. Desculpem, queria dizer “tristeza”.

 

Mário Rui
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O velho trato do relho futebol


A propósito da águia, símbolo do meu clube, que há umas horas postei no meu mural, com muito orgulho, venho a terreiro esclarecer o seguinte: escusam os meus “amigos” de outras cores clubistas de desafiar-me para conversas estéreis sobre a bola porque, por princípio que muito prezo, não enfileiro nessa escala de pavorosas inferioridades que, se um grande milagre se não faz e essa se não detém, não sei, francamente, até onde possa baixar mais. De resto, nos últimos dias, aquilo que mais vi, e por banda de pessoas que julgava mais inteligentes, foi um tal descarregar de azeite fervente sobre os adversários, como se de contenda em feira medieval se tratasse, sem que o juízo e sobretudo a educação tivesse tomado assento com larguezas e respeito pelos amigos (sem aspas) de camisolas diferentes. E estou deveras triste com tal cortejo de tontices pois afinal há sempre duas maneiras de podermos dignamente receber, e perceber, as rivalidades; aceitando-as ou rejeitando-as, mas nunca enxovalhando-as. Dos verdadeiros amigos (sem aspas), que não me insultam, quero lá saber de que clube são, derreto-me com a sua camaradagem e com as nobrezas dos seus temperamentos. Pesa-me o facto de, quem sabe, ainda não ter sido capaz de corresponder a esses brilhos de amizade. Culpa minha, sem dúvida. É por isso mesmo que julgo necessária uma grande limpeza no seio desta minha casa, feita rede digital, mas não só, e, principalmente, uma conveniente e melhor arrumação dos móveis que estão, muitos, estranhamente fora dos seus lugares. É a aludida rejeição, mas sem enxovalho. Por último gostaria de pedir a esses amigos (com aspas) que entretanto se acalmem e aguardem na fila, pois, não havendo escassez de carapuças nos campos de futebol, não há também motivo de pressas. Se melhorarem, ainda por eles espero. Um abraço a todos os sportinguistas, portistas, benfiquistas, do CDE também, monárquicos, republicanos, budistas, católicos, a todos os que leal e devotamente servem a causa da boa educação e da sã convivência.

 

Mário Rui
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