terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Se a lei não agrada, mude-se a lei


Pedro Nuno Santos diz que se a lei impede aeroporto no Montijo, há que alterá-la. (LER AQUI)

E a culpa é do maçarico-de-bico-direito. A fazer fé na ornitologia, o maçarico deve ser – julgo eu - uma ave, que são aqueles passarinhos que muita gente conhece por não escolherem sítio para fazer das suas. De resto, há quem diga que a ave é o animal mais parecido com certos homens, porque só tem dois pés, e a maior parte delas têm uma cabeça muito pequenina. Aqui distingo apenas a mosca já que tem seis pés e mesmo assim vê-se enrascada para os mexer um de cada vez. As aves, quero crer, voam; são como os aviões. Mas não aterram, ficam sempre no ar, salvo algumas raras excepções, como por exemplo o crocodilo, que é – acho eu outra vez – igualmente uma ave, mas rastejante. As aves dormem com os olhos fechados, lá no ar, e daí que o ministro as queira mudar de céu não vão os aeroplanos cair, esses sim, como tordos. Bom, mas para finalizar devo dizer que das aves que melhor conheço, sublinho apenas uma espécie; a política. E, por sua vez, esta decompõe-se em duas categorias; as aves penadas e as depenadas. As primeiras servem para engordar o posso, quero e mando; as segundas servem apenas para fazer arroz de cabidela e habitualmente distinguem-se bem pela cor da sua plumagem ideológica, sem qualquer lógica. Mas são as aves que temos! Acrescentarei ainda que um destes dias ficará então resolvido o divórcio entre homens e aves, por comum desacordo.




Mário Rui
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Terça-feira gorda


Porque hoje já é terça-feira gorda. Amanhã, é quarta. Ora ovos! Vem aí a Páscoa.




Mário Rui
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A ler





Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020















Mário Rui
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Seja responsável?


Seja responsável. Beba com moderação, dizem elas, ou talvez eles. Mas beba! Embora todas as opiniões sinceras sejam para mim respeitáveis, desconfio que estas garrafas não prestarão incontestavelmente um grande serviço aos futebóis futuros. É que não raras vezes são justamente os decilitros a mais vertidos do seu interior que ajudam à rivalidade e ao racismo. E, lá está, todas as coisas, mesmo a publicidade irónica, têm um lado intensamente ridículo. Mas pronto, há quem goste destas animadoras do boneco nacional, quer seja pelo sabor do lúpulo, quer pelas suas mais comovidas e desinteressadas homenagens. De resto, só o cuco canta desta maneira e de tal forma que eu chego a não perceber se não soluça mesmo.





Mário Rui
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Pardilhó/Estarreja






Mário Rui
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Por aí







Mário Rui
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Não é a cor que domina o ser


Não é a cor que domina o ser, somos todos iguais (Aqui)

Pela natureza do assunto e pelas circunstâncias do momento, não venho cá para discutir a cor da pele de ninguém. Não é a cor que domina o ser, somos todos iguais. 

O que infelizmente domina o ser é uma certa massa barulhenta e cínica que insistentemente adia para as calendas gregas o dever de perguntar o que é o futebol em Portugal.   

Venho só lembrar a serenidade búdica e a indiferença olímpica de comentadores, políticos, presidente da República, governo, deputados, adeptos, claques, polícia, tribunais e outros que mais, tudo figurões do dia, que só agora se deram conta do que se passa no futebol. Tudo o que ficou para trás, ninguém viu, não aconteceu. Foi o silêncio, o desprezo, acontecimentos perfeitamente “insignificantes” que mais não mereceram senão o desprezo e o silêncio desta gente toda. Tirando os ecos da sua própria hipocrisia, há décadas que não têm nada de sincero para comunicar ao país. E o pior é que com tanta hipocrisia se persuadem mutuamente de estarem a colaborar para algo que juram ser o progresso social e político de um país. Mentirosos, então é virgem o acontecido no jogo de ontem? E que medidas é que foram tomadas de há tantos anos a esta parte para erradicar os imbecis de dentro, e de fora dos campos de futebol? Zero! Zero! Pergunto, então; com quantos actos racistas – e dirigidos a que jogadores e de que clubes? - com quantas agressões morais aos árbitros, com quantas tarjas de ódio, com quantos ataques físicos aos adversários, tudo em prol de um futebol e de uma sociedade mais (in)civilizada, é preciso contar para erradicar de vez a falsidade reinante? E, já agora, quando é que alguns jornais e jornalistas passam também a exemplos sérios de factos ocorridos de modo a que as suas análises possam ser capazes de sobreviver ao tempo? Pobre gentalha esta que foi e é instrumento e causa da idiotização geral.




Mário Rui
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A minha professora


Faz hoje 102 anos que nasceu

Cecília Sacramento

16-02-1918

Cecília Sacramento nasceu em Ovar (Cabanões), em 1918. Ainda a estudar foi eleita pelos colegas para integrar a redacção do jornal do Liceu de Aveiro «A Voz Académica», que até então nunca tivera representação feminina. Licenciou-se em Filologia Românica, tendo apresentado, para tese de licenciatura, o trabalho «Uma Leitura da Obra de Erico Veríssimo». Em 1944 casou com Mário Sacramento. Viveu em Ílhavo cerca de 12 anos, após os quais o casal fixou-se em Aveiro, onde Cecília Sacramento exerceu a sua actividade profissional como professora do Ensino Secundário – na actual Escola Secundária Dr. Mário Sacramento.

Em 1993 publicou o primeiro livro – «Apenas uma luz inclinada». No ano seguinte surgia «Uma Flor para Manuela», em 1995 «Palavras de Luz», em 1999 «Tempos do Tempo», em 2000 «O Rasto dos dias», em 2001 «Por terra batida» e, em 2003, surgiu o romance «Cidade Azul», a sua última obra, inspirada na cidade onde residia. «O título foi escolhido a pensar em Aveiro – «uma localidade plana, bonita e com muita água», afirmava a escritora ao Diário de Aveiro, aquando do lançamento da obra, em Maio de 2003.

Cecília Sacramento ainda iniciou um novo livro – que intitularia de «Asas do Silêncio» –, mas os problemas de saúde impediram-na de o finalizar, tal como receava. “Notícias de Ovar”

Faleceu a 24/09/2005

(Imagem e texto do Facebook de (Carlos Alberto Sousa)

Boas memórias de uma excelente professora que tive. E se hoje não sou inteiramente ignorante, devo o pouquíssimo que sei à convivência com ensinadores desta “linhagem”.



Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020





Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Praia da Torreira



Anos 70

Praia da Torreira - Varinas


Mário Rui
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O dia dos meigos


14 de Fevereiro 2020

Dizem que hoje é o dia dos meigos. Deve ser por isso que há recatos amorosamente simples, mas acolhedores, e onde o advérbio não emperra. Eis pois a riqueza do modo.



Mário Rui
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Encontro sempre grande dificuldade em responder a certas interpelações





Mário Rui
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Eutanásia. Despenalização passa, referendo não


Dos educadores públicos  (LER AQUI)

Não formei ainda opinião sustentada sobre a questão da eutanásia. Defender a medida, ou não, é assunto que, parece-me, deve ter sempre como melhor juiz cada um de per si. Mas, para que assim aconteça, é absolutamente indispensável que não seja o amor- próprio a cegar-nos o raciocínio. Por outro lado, é ainda mais fundamental que também não seja a ideologia partidária a decidir o que fazer à vida dos outros. Afinal, gente que nunca deixou sequer a devida homenagem de uma flor de respeito ao quotidiano do cidadão ignorado, dificilmente decidirá bem, em meu nome, quanto a matéria tão delicada. Assim sendo, prefiro mil vezes o ar de nobreza e de resolução que se pode ler numa opinião nacional, do que, em acontecimentos desta natureza, decisões em que toda a intervenção de estranhos é altamente inconveniente. E afirmo-o assim, pela mui simples razão de que estou resolvido a não ficar mudo ante esse conciliábulo que tem a mania de tudo decidir sobre a vida, e, pior, sobre a morte do próximo, o que em si mesmo tem muito de soberanamente estúpido! Que a modéstia me obrigue a calar mais que tinha para dizer, eu aceito. O que recuso é que seja uma minoria a resolver o meu dia-a-dia. Já chega o que chega e não me venham com a história da legitimidade dos que nos representam, pois essa vai pouco além duma realidade estritamente mercantil. É só juntar os exemplos. A eutanásia, aprovada, ou não, forma-se numa maturação muito mais complexa do que o simples ajuntamento de assembleia mais poeta do que moralista. E nem questiono sequer o resultado a que se chegar, discuto apenas é o papel reservado ao Zé Povo, cumprido, comprido, paciente, resignado, o mesmo Zé Povo de sempre, a quem raríssimas vezes é dado o direito de erguer a voz, fazer um gesto, protestar. Será que só serve como uma espécie de socorros mútuos para a garantia de uns tantos lugares ao sol no Parlamento? Ou não convém ao concerto dos 230, como se diz em algumas sebentas políticas, o aparecimento de uma nova potência? É ao que eu venho; perguntar para que serve o POVO?   



Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Rádio, é turno de 24 horas de cumplicidade e vale a pena preservar este produto


A comunicação popular e comunitária que visa promover a cidadania, ainda não foi ao olvido. E, apesar de todas as revoluções tecnológicas e culturais, a verdade é que a Rádio continua ‘sonora’. Daí que seja, ela mesma, o sinal de que tal serviço público se mantém importante o suficiente para aproximar mundos bem distantes. E quer estejamos a falar de informação ou de entretenimento, ou da mudança da narrativa escrita à narrativa oral, certo é que, não obstante a evolução de novas plataformas e formatos, todos convivem razoavelmente no contexto dos desafios a superar no tempo de agora. No futuro, como será? Não tenho certezas. No entanto creio que a Rádio não desaparecerá, e veja-se como exemplo o seu fortalecimento através das possibilidades que a internet lhe proporcionou. Já relativamente ao papel do jornalista, enquanto importante agente social, na rádio também, mantenho-me mais céptico. Cá guardo as minhas razões sobre essa dúvida, mas não sem deixar de elogiar os bons. Dos restantes, lanço mão de parte do que dizia um editor (Bob Baker) de um jornal americano, quando sobre alguns desses profissionais, sublinhava; “... há os maus e os que estão a melhorar”. O Dia Mundial da Rádio comemora-se amanhã, 13 de Fevereiro. E rádio tem perfil que se coaduna com o aproveitamento dos tempos livres e presos. E mais, deixa-nos entusiasmados pelo seu acto, mantendo-nos no maior silêncio, o que vale por não darmos conta da nossa presença a ninguém. Saber ouvir, é bom!



Mário Rui
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Exposição “Testemunhos”




Exposição “Testemunhos”, de Maria Pequeno, nos Paços do Concelho de Estarreja, patente ao público até 29 de Fevereiro.



Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020






Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2019





Mário Rui
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sábado, 8 de fevereiro de 2020

Praia da Torreira d'outrora




E fica-nos um sorriso estampado nos lábios e as imagens que miramos estão sempre em movimento, desde a nossa infância até à nossa imaginação. São panoramas íntimos do coração, até onde se perdem os olhares da nossa ânsia de querer ver e sentir.



Mário Rui
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Porque hoje é sábado





Mário Rui
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Por aí






Mário Rui
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

É tempo de Carnaval





Mário Rui
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Coronavírus “pode ter consequências positivas para Portugal”


Coronavírus “pode ter consequências positivas para Portugal” (LER AQUI) , diz ministra da Agricultura

"Acho que até pode ter consequências bastante positivas. Ainda assim, não tenho dados que me permitam fazer uma avaliação. Atendendo a que é um mercado emergente, em crescimento explosivo, temos de preparar-nos para corresponder à nossa ambição que é reforçar as nossas vendas e equilibrarmos a nossa balança comercial", sublinhou Maria do Céu Albuquerque em declarações aos jornalistas.»

Qual é ao certo o tipo de senso que ela está a pedir-nos que admiremos?

Há coisas que realmente até podem ser pensadas. Já tenho muitas dúvidas é quanto ao modo como devem ser ditas. E, em política, a primeira regra a ser seguida sempre que se usa o verbo, deveria ser a de mostrar uma compreensão lógica quanto a factos ocorridos, já que apenas isso pode dar uma tranquilidade honrada e solidária à ideia da tragédia alheia. De outro modo, fica-me a impressão de que, como terá dito outrora um político pouco recomendável, “uma morte é uma tragédia; um milhão delas é uma estatística”. Não vale tudo em nome da economia!



Mário Rui
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Kirk Douglas



D.E.P. - Kirk Douglas

“I’m Spartacus!” – “I’m Spartacus!”

O último dos galãs da era de ouro da sétima arte morreu ontem, aos 103 anos (06 Fev.º 2020)


Mário Rui
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Praia da Torreira 2020






Mário Rui
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Estarreja 2020






Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020






Mário Rui
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