sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A culpa é de todos. Até de mim!

 
A culpa é de todos. Até de mim! (LER AQUI)

Mais do que quaisquer outros microfones sociais, ocupados pelos porta-vozes das numerosas variedades das “repúblicas das bananas” que enxameiam o país e que se imaginam a guiá-lo com pavios de sebo, importa é o seguinte:

- acabar com o noticiarismo de sensação
- encapsular os furiosos de sucesso e de consciência tão ligeira como o porta-moedas
 
- acabar com políticas que só têm em vista fazer receita com a emotividade bronca do povinho.

- evitar que a pouca vergonha decretada hoje por todos, sindicatos, patrões, seus representantes, partidos políticos, governo, justiça, seja duas vezes maior do que a de amanhã.
 
 - fazer com que o país que somos, sinta no peito uma renovação de confiança.

- erradicar de vez os descontentes desiludidos por não ocuparem na cena lusa um trono.
 
- evitar os cumprimentos de chapéus para chapéus que mais não mostram senão um ódio recíproco.

Já lá vai mais de uma semana sobre as prometedoras oblatas de zelo de todos e, ao cabo, baldada esperança. Os mais castigados perguntam, lançando um olhar aos estremeções da vida portuguesa – o que têm eles feito de bom, essa gente toda? E tudo isto em nome da salvação pública. Pouco, ou quase nada, ao longo dos anos. É por isso que o circo d’hoje me perturba a pachorra optimista. Entendam-se, já vai sendo tempo de impedir os imensíssimos desastres que de há muito vêm prognosticados. E quanto a essa do "duros como o aço", justa ou não, também convém acrescentar que não traz assim muito valor entre os dignos parvos do reino. Gosto muito mais de prédicas que dignifiquem o diálogo.
 
 
 
Mário Rui
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