segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Não é a cor que domina o ser


Não é a cor que domina o ser, somos todos iguais (Aqui)

Pela natureza do assunto e pelas circunstâncias do momento, não venho cá para discutir a cor da pele de ninguém. Não é a cor que domina o ser, somos todos iguais. 

O que infelizmente domina o ser é uma certa massa barulhenta e cínica que insistentemente adia para as calendas gregas o dever de perguntar o que é o futebol em Portugal.   

Venho só lembrar a serenidade búdica e a indiferença olímpica de comentadores, políticos, presidente da República, governo, deputados, adeptos, claques, polícia, tribunais e outros que mais, tudo figurões do dia, que só agora se deram conta do que se passa no futebol. Tudo o que ficou para trás, ninguém viu, não aconteceu. Foi o silêncio, o desprezo, acontecimentos perfeitamente “insignificantes” que mais não mereceram senão o desprezo e o silêncio desta gente toda. Tirando os ecos da sua própria hipocrisia, há décadas que não têm nada de sincero para comunicar ao país. E o pior é que com tanta hipocrisia se persuadem mutuamente de estarem a colaborar para algo que juram ser o progresso social e político de um país. Mentirosos, então é virgem o acontecido no jogo de ontem? E que medidas é que foram tomadas de há tantos anos a esta parte para erradicar os imbecis de dentro, e de fora dos campos de futebol? Zero! Zero! Pergunto, então; com quantos actos racistas – e dirigidos a que jogadores e de que clubes? - com quantas agressões morais aos árbitros, com quantas tarjas de ódio, com quantos ataques físicos aos adversários, tudo em prol de um futebol e de uma sociedade mais (in)civilizada, é preciso contar para erradicar de vez a falsidade reinante? E, já agora, quando é que alguns jornais e jornalistas passam também a exemplos sérios de factos ocorridos de modo a que as suas análises possam ser capazes de sobreviver ao tempo? Pobre gentalha esta que foi e é instrumento e causa da idiotização geral.




Mário Rui
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A minha professora


Faz hoje 102 anos que nasceu

Cecília Sacramento

16-02-1918

Cecília Sacramento nasceu em Ovar (Cabanões), em 1918. Ainda a estudar foi eleita pelos colegas para integrar a redacção do jornal do Liceu de Aveiro «A Voz Académica», que até então nunca tivera representação feminina. Licenciou-se em Filologia Românica, tendo apresentado, para tese de licenciatura, o trabalho «Uma Leitura da Obra de Erico Veríssimo». Em 1944 casou com Mário Sacramento. Viveu em Ílhavo cerca de 12 anos, após os quais o casal fixou-se em Aveiro, onde Cecília Sacramento exerceu a sua actividade profissional como professora do Ensino Secundário – na actual Escola Secundária Dr. Mário Sacramento.

Em 1993 publicou o primeiro livro – «Apenas uma luz inclinada». No ano seguinte surgia «Uma Flor para Manuela», em 1995 «Palavras de Luz», em 1999 «Tempos do Tempo», em 2000 «O Rasto dos dias», em 2001 «Por terra batida» e, em 2003, surgiu o romance «Cidade Azul», a sua última obra, inspirada na cidade onde residia. «O título foi escolhido a pensar em Aveiro – «uma localidade plana, bonita e com muita água», afirmava a escritora ao Diário de Aveiro, aquando do lançamento da obra, em Maio de 2003.

Cecília Sacramento ainda iniciou um novo livro – que intitularia de «Asas do Silêncio» –, mas os problemas de saúde impediram-na de o finalizar, tal como receava. “Notícias de Ovar”

Faleceu a 24/09/2005

(Imagem e texto do Facebook de (Carlos Alberto Sousa)

Boas memórias de uma excelente professora que tive. E se hoje não sou inteiramente ignorante, devo o pouquíssimo que sei à convivência com ensinadores desta “linhagem”.



Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020





Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Praia da Torreira



Anos 70

Praia da Torreira - Varinas


Mário Rui
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O dia dos meigos


14 de Fevereiro 2020

Dizem que hoje é o dia dos meigos. Deve ser por isso que há recatos amorosamente simples, mas acolhedores, e onde o advérbio não emperra. Eis pois a riqueza do modo.



Mário Rui
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Encontro sempre grande dificuldade em responder a certas interpelações





Mário Rui
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