quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bons acolhimentos















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Bem poderia  ter sido com a Banda de Salreu, de Pardilhó, de Canelas ou outra qualquer. Mas de facto mereciam ter sido recebidos com música. Daquela que nos arrepia e a todos transmite um sentimento de felicidade e elevação extasiante. Quem? A Selecção de Futebol de Portugal. Poderia e deveria ter sido acolhida deste modo!

Mário Rui

Era bola a mais


















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Devo confessar que nunca fui um grande adepto quer do futebol alemão quer da Alemanha em si mesma. Não importa, nem interessaria a ninguém, a razão que me leva a pensar deste modo mas, a verdade, é que não sou  fã de um certo germanismo que ao longo dos séculos nos tem mostrado génios, é verdade, mas também muitos monstros. A virilidade foi de resto, e em minha opinão, quase sempre a tónica dominante que fundou esta nação. Mais. Parece-me nítida uma expressão e uma linguagem de um instinto geral que muitas vezes não devemos sequer escutar e de acordo com o qual poucas vezes devemos estar. É preciso ter-se muito cuidado com a música alemã. Bom, mas vem toda esta conversa a propósito da derrota dos alemães frente aos italianos, hoje mesmo, na Copa Europa 2012. Como os brasileiros têm expressões únicas.

Voltando então ao futebol, o que quero dizer é que fiquei satisfeito com a vitória da Itália, país que faz futebol, e outras coisas, com uma bonomia que me agrada. Alegre, bem disposta e sem aquele olhar que, nos jogadores alemães, mais parece retratar uma hegemonia indestrutível.  É que já não há inexpugnáveis!

Parabéns Itália.

Mário Rui

Portugal

















Portugal perdeu nas meias-finais do Euro contra a Espanha. Não merecíamos. Jogámos bem, fizemos um Europeu excelente, praticámos o melhor futebol de que tenho memória a nível de Selecção e surpreendemos muita gente que não acreditava em nós.

Mas nem tudo foi mau. Perdemos, é certo. Mas mostrámos à Europa e ao Mundo que temos equipa para o futuro. Uma equipa jovem, mas madura. E, verdade seja dita, um seleccionador que soube gerir os egos dos jogdaores e que os meteu a jogar à bola.

Perdemos, mas mostrámos à Europa e ao Mundo do que somos feitos. Mostrámos a todos que o Porto começa a ser pequenino para o João Moutinho, que não se percebe como é que o Miguel Veloso é suplente no Génova, que o Meireles é dos melhores na sua posição, que o Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo – pelo menos é o mais completo – e que só não ganhará a Bola de Ouro se coisas muito estranhas acontecerem. E chegámos também a assustar o labrego do Platini que já imaginava como é que seria para os seus próprios interesses se Portugal chegasse à final.

Mostrámos também à Europa e ao Mundo que não há vencedores antecipados. Mostrámos que estará lá sempre o Bruno Alves para tirar satisfações ao defesa que carregou forte sobre uma jovem esperança chamada Nelson Oliveira. Mostrámos também que o Pepe deve ser, provavelmente, o melhor defesa central do Mundo; que a venda do João Pereira foi mesmo um mau negócio para o Sporting e a venda do Coentrão óptima para o Benfica; que o Nani é um grande jogador e o Manchester United não se deve desfazer dele; e mostrámos, por muito descrédito que pairasse sobre a equipa desde o início, que temos uma equipa com uma qualidade enorme.

Perdemos contra a Espanha na meia-final. Mas se fossemos tão ou mais exigentes com os políticos como somos com os nossos jogadores, talvez o país estivesse numa situação melhor.

Perdemos uma meia-final, mas não perdemos tudo. Acho que ficámos todos muito mais a ganhar com esta equipa e é disso que devemos orgulhar-nos daqui para a frente.

Força Portugal!

Rui André