terça-feira, 15 de junho de 2021

Por aí




Mário Rui
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Já escolhi os Campeões do Campeonato da Europa da UEFA

Futebol: para mim estão escolhidos os Campeões do Campeonato da Europa da UEFA.

São eles Christian Eriksen e toda a gente distinta, sincera, despresumida e mágica, que fez do absurdo um ´milagre’. E quando acontece este prodígio solidário, agradeço o ‘milagre’ – sem me importar com o clube, o país que o oferece ou as mãos que o tornam possível. Todos fazem o impossível para obter a vitória... da vida.

 

Mário Rui
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Jogador da Dinamarca cai inanimado no relvado - Euro 2021

Algo muito difícil de se dar à nossa percepção o sucedido e que sempre se lamenta. Que tudo corra pelo melhor ao jogador, pois o jogo é a coisa que menos interessa. Mas também não compreendo a razão pela qual o encontro deva ser retomado após o acontecido. Já se vê o quanto vai do lado humano solidário ao aparente. O saber da aparência crê e ostenta saber tudo. O saber de realidade, quanto mais real, assim, mais desconfia do que vai vendo. É a minha opinião! Vale o que vale.


Mário Rui
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Os ócios

E aqui está o que melhor faz ao progresso humano. Serenos ajuntamentos por onde passear os ócios.



Mário Rui
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Foi há 158 anos: 8 de Junho de 1863 – Chegada do primeiro comboio a Estarreja



 

Mário Rui
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Capa da edição de Junho do jornal "O Concelho de Estarreja".




Mário Rui
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Ainda hoje sinto os perfumes dessas noites de palco

Eu, no meu nada, a Mimi, (Maria Arminda Leite) no seu todo, quando, em parceria, das muitas que fiz por outros eventos, apresentávamos no Cine-Teatro de Estarreja o espectáculo para a eleição do Par Real do Carnaval de 1979.

Obrigado pela foto, Mimi. Volvidas quatro décadas, à luz dos modernos tempos, com 24 anos já andava nestas andanças pelo que agora só me apetece perguntar porque raio anda o tempo tão depressa. Sorrisos gratos para ti. Ainda hoje sinto os perfumes dessas noites de palco e os da tua companhia.


Mário Rui
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Santo António - Estarreja 2021





Mário Rui
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Escola Industrial de Estarreja

As primeiras finalistas do ‘Curso de Formação Feminina’ em 1971

Hoje, tão acostumados que estamos à nossa contagem do tempo, podemos não perceber a razão pela qual o tempo existe. Mas existe e continua constante, da nascente à foz, do passado para o futuro. Não falo por ora do presente porque esse está aqui, agora mesmo. E se tantas foram as vezes em que vos falei dos amigos que vestiram os meus mais verdes anos, então que se agitem agora as orlas luminosas das que se fixaram em nós durante muito tempo; as meninas nossas colegas na Escola Industrial de Estarreja, de 1965 a 1971. Mesmo apartados e de tapume espinhoso, quando a campainha soava para largarmos a sala de aula, lá saiamos separados, com o olhar sôfrego de quem espreitava azada oportunidade para buscar um trocar de olhares, despedaçando, em pensamento, a separação da penosa disciplina do género. Àquela instantânea ressurreição nada, nada podia pôr peias. Em grupos juntavam-se elas, em magalas sem licença de passar a fronteira ficávamos nós, os rapazes. Era o tempo daquele tempo que agora trago ao presente. No entanto, nessa porção de tempo, estrada e estudo, cada dia e cada ano que findava trazia-nos mais um valioso conhecimento e acrescentava uma pedra ao monumento da nossa inocência, muitas vezes também feliz. E nisso, a fisionomia linda das colegas, e com ar de simpatia, correspondia sempre a uns comunicativos sorrisos, daqueles que queriam travar conversa. Por isso, quando fruíamos desse prazer, estávamos a preparar o luar desse gozo, o deleite brando e demorado de as termos por companheiras. Obrigado a todas. E como recordar é acordar, neste presente que corre, sublinho, quem nos fez bem, semeou saudade. Vós, caras lindas!



Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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Dia Mundial da Criança


Um olho se me ri, outro se me chora, no Dia Mundial da Criança

A alegria vale sobretudo pelo fio de doçura que deixa em cada um dos mais pequeninos. Mostrar ao mundo a palidez de faces emagrecidas, olhos cavos e fixos no nada, isso é que nos deixa tristes porque andam a roubar-nos os nossos tesouros. E se viver alegremente é coisa que desejamos a toda a infância, então o que deveríamos fazer era castigar rudemente as mãos roubadoras do património mais sagrado da humanidade – as crianças, todas, mas em especial as mais desprotegidas desta vida e do futuro. Vãos desejos, talvez, mas bons de certo.

 

Mário Rui
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Casa Museu Egas Moniz - Avanca/Estarreja


 

Mário Rui
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Dos grandes desabamentos da imaginação

Destas “bolhas” feitas caos, que iludem a realidade do que somos e que só servem para nos manter distraídos de tudo quanto tememos, é o que mais temos visto. É só retroceder um pouco no tempo, e se for ao tempo quente, então o que nos vem à memória são as lágrimas enxutas pelas labaredas da inoperância e contradições roçando a pacatez das vítimas indefesas.

O que dá mais que pensar é que nós ainda não pensamos!

"As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito, em situação de bolha, ou seja, em voos charter, com deslocações para uma zona de espera. Daí irão para o estádio e depois para o aeroporto, estando em território nacional menos de 24 horas, numa permanência em bolha e com testes obrigatórios, feitos, em princípio, antes de entrarem no avião", prometeu Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência.

E tudo anunciado para uma “bolha” que não existiu, mas teimando nessa mensagem quando centenas de ingleses já vandalizavam a cidade e andavam à cacetada pelas ruas do Porto.


 
Mário Rui
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Ora bolas para a bola!

Preparar!.. Apontar!… ‘Bastonar’! Parece demasiado bacoca a receita a aplicar a estes tristes acontecimentos. Não obstante, não há muito mais a propor quanto a esta cáfila de selvagens que passou a fronteira e, parece, que no meio da geral indiferença, para incomodar o pacato cidadão do Porto e não só. Destes selvagens, alguns descalços e outros rotos, a maior parte sem pau nem pedra, gente pacifica como bois de trabalho, muito pacifica e muito humilde, já era de esperar a sua total incapacidade de faltarem à sua palavra; ódio e mais ódio e quanto mais brutalidade melhor. E a polícia, se calhar atinente a recomendações superiores, não fosse o reino de sua majestade ficar zangado e muitos portugueses seduzidos pelo espírito de conversadores ficassem indignados, lá estava com o seu ar recolhido e transigente, dando a muito bom português, e até aos facínoras ingleses, a impressão de simples pensadores. Ora bolas para tanta passividade.

 

Mário Rui
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Um exercício de palhaços

Assim, sim. Vivêssemos nós num país com muitos governantes como este e, como diria Gedeão, “sempre que um homem sonha o mundo pula e avança”. Há inaugurações verdadeiramente singulares, pena é que a espécie de êxito destes actos com sabor pelintra de arraial, seja apenas uma exibição de bobos, em público. Quanto ao mais, ridicularia, um exercício de palhaços.


 

Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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Charles Aznavour


PÉROLAS!

97 anos depois

Charles Aznavour – 22 de Maio de 1924 / 1 de Outubro de 2018


Mário Rui
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Peça antes um pires de gastrópodes terrestres


Peça antes um pires de gastrópodes terrestres (LER AQUI)

E a gente, quando chega a grande, chega a ter pena de não ser outra vez pequenino. Mas antes mesmo do murro na batata e de punhetar o bacalhau, eu optaria por tratar do caracol, outro prato típico português. Não que o nome me incomode, mas de modo a não ofender brasileiro, passaria a pedir um pires de gastrópodes terrestres. Outra coisa que faria era obrigá-lo a pagar renda de casa pois para onde quer que vá já leva uma às costas e de borla. Mais um inconveniente que revelam é serem muito vagarosos sendo por isso bastante parecidos com os cágados (cuidado com o acento) lesmas, e outros animalejos que fingem que andam e nunca mais chegam ao seu destino. No entanto, reconheça-se, no mundo dos bichos, bichinhos, e bicharocos, os caracóis pertencem ao grupo daqueles que não podem cometer delitos, seguidos de fuga, devido ao rasto denunciante que deixam no caminho que atravessam.  E, isto, sim, não é coisa de somenos importância já que é verdadeiramente inaceitável que não se possa enxertar caracóis em todos os artistas da “nouvelle cuisine”, para sabermos quais as que lhes estão entregues. E, no caso dos bandidos, o enxerto seria igualmente utilíssimo, pois pouparia em muito o ocupado polícia a descobrir-lhes o esconderijo. Importante é que tudo isto se fizesse antes mesmo de porem patins nas galinhas, ou anzóis na língua do porco. E já que estamos gastronomicamente pensando, convirá lembrar o sumo da uva, pois seja quem for que o saboreie, sou eu quem, fatalmente, paga as rolhas. Vai voltar ao jarro, adiantam os “chefs”, numa feliz reedição do lavrador não científico.




Mário Rui
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