segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Por aí





Mário Rui
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Ainda que custe um esforço


Na inquietação do fotografar, o que nos ampara é a certeza de que na imagem colhida fica sempre qualquer coisa para o futuro. Ainda que custe um esforço.

 
 

Mário Rui
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Coincidências dos "Rios Antuã"




 
O "Bissaya Barreto" foi construído em 1943 na Murraceira, Figueira da Foz, pelo mestre Benjamim Mónica. Em 12/01/1950, no seu ancoradouro de Sto. António do Vale da Piedade, no rio Douro, foi vítima de um enorme incêndio, que quase o destruiu por completo, em particular o casario à popa ficou tremendamente danificado. Em 27/11/1951, com o nome de SÃO MAGAYO, larga do Porto com destino à Gafanha da Nazaré, onde viria a ser recuperado por um novo armador, a Empresa de Pesca Portugal, Lda. Em Abril de 1955, após cuidadosa reconstrução é lançado à agua nos estaleiros dos Irmãos Mónica, Gafanha da Nazaré com o nome de PARAÍSO. Vendido de novo em 1956, passou a ser o "RIO ANTUÔ

(Texto e fotos do blogue “Navegar à Emposta - Verdadeiros Heróis de Uma Epopeia Esquecida – A Faina Maior”).

(Foto do “Rio Antuã” de Maria Da Cruz Pires - Torreira)

É curioso. Contava-me o meu saudoso pai que, lá pelos anos 50, vivendo em Lisboa mas com raízes em Terras de Antuã, um ‘belo dia’, era assim o relato, ele e seu irmão, ambos amantes das coisas do mar, se haviam decidido pela construção de um pequeno barco à vela. Embarcação em madeira duvidosa, rudimentar, bem entendido, mas que para eles significava a liberdade de um passeio pelo Tejo e, sobretudo, o desafio de um velejar como se de profissionais da arte fossem. Não eram, de facto, mas a paixão estava lá, esteve sempre. Construído o dito, com um pequeno mastro a preceito, houve que lhe colocar a vela. Para isso, segundo a história que me contou tantas e tão boas vezes, nada mais simples do que ir à gaveta da cómoda da tia Rita e de lá sacar um belíssimo e grande lençol branco. Bem pensado e melhor feito, aí estão eles em pleno Tejo, à bolina, porque para marinheiros assim feitos, navegar é preciso. No estuário do rio, a coisa ia às mil maravilhas. Vento de feição, ondulação chã e prazer satisfeito. Mas, há sempre um mas, aproximava-se a barra, a saída para o mar, o crescendo da onda, o vento incerto, no sítio onde o doce se confunde com o salgado, e lá foi tudo por água abaixo. Vela caída, espécie de barco à deriva, umas botas novas, lindas, dizia-me ele, compradas dias antes pelo pai Oliveira, desaparecidas no turbilhão das águas e o sonho acabava-se ali mesmo. Atrapalhados, o susto era já medonho, eis que pela frente, vindo do mar, lhes aparece o navio “Rio Antuã”, qual salvador de odisseia com tudo para afinal correr mal. Felizmente acabou por correr bem. Recolhidos pelo navio, regressaram a casa sãos e salvos e com estória para contar. Em conclusão, uma lição de vida, pois que de colaboração marítima tiveram pouco, de amparadores tiveram muito, e os seus sonhos e exageros – apesar de tudo – bem mereceram ser perdoados. O outro ensinamento, que nunca ao meu pai esqueceu e que dele herdei por direito próprio, foi este: há coincidências em que se pode ler um enigma que se não destrinça. Coisas que não se explicam, mas que existem. Abençoados “Rios Antuã”! Abençoado Pai!

 


Mário Rui
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Cristina / Mendes e já só falta a encomenda da respectiva vacina


Diz Marques Mendes, na SIC;
 
“Cristina Ferreira é um caso de estudo. Porque junta talento, criatividade, profissionalismo. Um caso notável”.
 
Não quero bisnagar fel sobre a senhora. Não me coíbo é de achar que quanto a condomínio de ideias, zero! E, relativamente à opinião de Marques Mendes, acho mais. Acho, por exemplo, que a tentativa de infantilização do pobre espectador nacional, já devia ter acabado. É que a continuar tanto louvor ao programa, de facto já só falta a encomenda da respectiva vacina. E, já agora, senhor Marques Mendes, dois factos mais. Um pela positiva; a livraria Lello comemora hoje 113 anos de cultura. Outro, pela negativa; a “Ilustre Casa de Ramires”, romance realista da terceira fase do desconhecido português Eça de Queiróz, tem a casa em ruínas. Ah, televisão e comentadores, como sois formosos e atinentes – sobretudo assim, vistos de longe. Isto sim, é um caso de escola! Não tem é professor!
 

 
Mário Rui
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Porto - Livraria Lello


 
Porto - Livraria Lello, 113 anos de livros (13 de Janeiro 1906 / 2019)
 
Sítio dos livros com vida e destinos iguais aos do homem. É impossível passar por aqui sem lembrar que a idade importa porque tem história. Tão antiga que basta para contar a evolução de uma cidade inteira.

 
 

Mário Rui
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Eça de Queiroz. “Ilustre Casa de Ramires” está à venda



 Eça de Queiroz. “Ilustre Casa de Ramires” está à venda (LER AQUI)
 
“… … a Torre, a antiquíssima Torre, quadrada e negra sobre os limoeiros do pomar que em redor crescera, com uma pouca de hera no cunhal rachado, as fundas frestas gradeadas de ferro, as ameias e a miradoura bem cortadas no azul de Junho, robusta sobrevivência do Paço acastelado, da falada Honra de Santa Ireneia, solar dos Mendes Ramires desde os meados do século X”.
 
Eça de Queiróz - “Ilustre Casa de Ramires” (Lançamento: Porto-1900)
 

 
 
Mário Rui
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Na Exposição de Pinturas “Traços da Vida”


Na Exposição de Pinturas “Traços da Vida”. Autoria de Artur Carvalho. Reverte a favor da “Liga Portuguesa Contra o Cancro”

Casa da Cultura de Estarreja – 12 de Janeiro a 2 de Fevereiro 2019.

 
 

Mário Rui
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