quinta-feira, 17 de setembro de 2020

O ‘feicebuque’

Umas vezes tirano, outras amigável, é assim o ‘feicebuque’. Em certas ocasiões encarnação da sedução, esbanjando simpatia, docilidade e alegria, no mais dos casos pronto para sentenciar o fim do outro. Se calhar, uma diversão que jamais sacia. Que coisa maluca, diria a minha avó, e não sei se com toda a razão. E então se soubesse como é possível transformar um contacto único numa olimpíada de beijos, dir-me-ia certamente para ter cuidado com os que me querem impor goela abaixo misérias embelezadas. Porque assustadoramente livre, esta rede sem rede, talvez ainda me lembrasse da necessidade de não fazer parte de um rebanho de presas fáceis. Mas pronto, lá vou eu subindo a ladeira do progresso, supersticioso, de quando em quando crédulo, inabalável e não raras vezes com o orgulho às avessas. Mas é preciso viver o progresso, andar nesta lambança ora tosca e vazia, ora nesta senda dos autoproclamados progressistas. Há que viver todas estas banalidades e convocá-las, enfim, para o desafio que é o entusiasmo de viver neste tempo. Em não sendo possível imitar um passado também ele cenograficamente recheado de outras coisas boas, mas cada vez mais distante de qualquer tipo de realidade, melhor será, se saudade houver, parar um pouco para o rever. É coisa simples de fazer. É só um pequenino momento para a ressaca do que se foi, pois o passado nunca está concluído. E, não obstante tudo, ainda quer pôr no mundo um querer. E se um dia o presente me perguntar o que foi o passado, falo-lhe de uma claridade velada que amaciou relações cheias da mansidão benévola dos sãos. Fiz-me no tamanho dele e comigo ele foi a toda a parte. Na sua bonomia de velho, deixou-me as portas abertas deitando correntes de ar, espargindo vontades e forças na azáfama dos prazeres mais em voga ao tempo. Esses prazos antes do presente tinham olhos que não mentiam no que deixavam adivinhar. Mas não é por isso que deixo de gostar do presente. Tenho medo é do futuro.

 

Mário Rui
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Por aí



Mário Rui
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Um salto de 50 anos ao passado


Mário Rui
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Paok 2 – 1 Benfica


Sobre o futebol de ontem (15 de Setembro) ou de como alguns revelam uma habilidade única para contar histórias. Outros, não!



Mário Rui
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Colheita de arroz em Salreu/Estarreja - 13 Setembro 2020








Mário Rui
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Não havia necessidade


 Não havia necessidade. (LER AQUI)

Mas o que é facto, finalmente, é que parece não termos ainda compreendido o que é, ao certo, a demagogia, nem a sua razão de ser, nem o seu significado. E isto é tão verdade para Costa e Medina, como o é para Rui Moreira. De resto, este último até integrou a lista de Pinto da Costa às últimas eleições do clube. Já agora, na altura, não vi tantas virgens ofendidas quanto a essa disponibilidade igualmente demagoga, o que me leva a reiterar a ideia de 'que somos uns idiotas hipócritas! Mas há uns que ainda conseguem ser mais hipócritas do que outros´. Quanto ao Benfica, e eu sou um dos seus adeptos, bem que podia seguir alguns preceitos de vida adequados de modo a desfeitear as incertezas do destino e a similitude com os que procedem de igual modo. Quanto aos políticos que se metem nestas coisas, que muito lutam pelo etnocentrismo, assim apenas dão nota do estado precário de evolução interior em que se encontram. E digo-o porque ao fazê-lo apaziguo o espírito, com manifesta utilidade para mim, embora sem saber se para o meu clube haverá nisto lição futura a aprender.

 

Mário Rui
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Grupo Etnográfico Danças D'Aldeia – Pardilhó/Estarreja (2017)






Mário Rui
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Estarreja 2020





 



Mário Rui
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Estarreja d'outrora . Clube Desportivo de Estarreja


Estarreja d'outrora - 5 Novembro 1983 (Clube Desportivo de Estarreja)

 

 

Mário Rui
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O 14.º jogo de prestidigitação


À falta de circo, e na ausência de festividades, tenhamos então bom tacto, paciência e elasticidade de espírito para aturar alguns juízos dos muitos Ivo’s que por aí campeiam. E isto, simplesmente porque o país já o não tem também há muito tempo. No entanto, apesar de estarmos em terra falha desses juízos, ainda há algumas pessoas com miolos. Mas não as procuremos por esse lado pois o tempo afinal é de Verão, com muitas moscas e calor, comichões e imersões, tudo por meia dúzia de tostões, actualizando a moeda, claro. E algum povo, pasmado com tantos destes "melhoramentos" judiciais, clama de mãos erguidas: Milagre! Milagre! Queremos mais Ivo’s e de preferência por sorteio. Pobre povo.



Mário Rui
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