quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pêndulos muito oscilantes ou a vã vontade do “não penses”, “não queiras saber”, “limita-te a fluir”














 
 
 
 
 
“Câmara de Almada gasta 78 mil euros em relógios para dar aos trabalhadores. Iniciativa é uma tradição com mais de 20 anos, que o presidente da câmara, Joaquim Judas (CDU), não quis quebrar. Todos os anos a Câmara de Almada distingue os trabalhadores que completam 25 anos ao serviço do município com um relógio de pulso, oferecido no dia da cidade, a 24 de Junho. Este ano a tradição mantém-se.”
(jornal Público)

Pêndulos muito oscilantes ou a vã vontade do “não penses”, “não queiras saber”, “limita-te a fluir”
Bem, sejamos sérios. Lá que se recompense a dedicação dos funcionários do município eu até posso perceber. Agora 130 contos contados à moda antiga, são 130 contos e não me venham cá com cantigas! Por muito devotos que sejam ao serviço público, gastar tal quantia por pulso é coisa que me faz pensar se num país sem recursos se justifica esta caríssima (in)justiça de prémios e destinos. Bem sei que muitos outros infelizmente também o têm esbanjado, ao dinheiro,  mas tentar apagar a origem desses males com outros iguais não é exemplo melhor que o primeiro. Ademais, isto não se parece nada com distinção, eventualmente merecida, mas está mais perto de efeito decoral palaciano. Isso é que é altamente reprovável. É caso para dizer que muito fecundos são os leitos de alguns pobres ou, então, é muito divertido aquilo que não se recorda. Mesmo tratando-se de autarca com siso, como julgo ser o caso, assentava-lhe que nem uma luva mais comedimento quer no bolso hospitaleiro, que não o dele mas o de todos nós, quanto nas estultícias explicações dadas para o que não tem explicação!
 
Mário Rui
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Relações directas




















 
 
 
Tudo indica que há uma relação directa entre o messianismo político, a presença do passado e o medo da mudança. Assim vai o mundo português, justamente o dito, o político!!
“Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou a suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era um que via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exactamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.”
(Fernando Pessoa)
 
Mário Rui
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terça-feira, 27 de maio de 2014

António Costa avança para a liderança do PS


















António Costa avança para a liderança do PS
Dois dias depois das eleições europeias em que o PS teve uma vitória muito tímida, António Costa mostra disponibilidade para disputar a liderança do PS.
Se o actual secretário-geral do PS, António José Seguro, perder a liderança para António Costa, eu acho que a culpa é toda dele. Porquê? É simples; porque foi muito lambareiro talvez perante as más coisas e um quase sempre céptico ante as coisas menos más (se é que as tivemos) que nos iam acontecendo.
 
Mário Rui    
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Os chapéus e as concomitantes chapeladas





















 




Para os que andam com a cabeça na Lua, nada melhor que o peso de um chapéu. É verdade, há pessoas a quem o chapéu fica bem não só pelo efeito estético que produz mas sobretudo porque é um excelente acessório para manter a cabeça no seu devido lugar. Mais largo ou menos alto, é indiferente. Importante é que fique justo no sítio onde deve estar pois só assim garantirá a eficácia que dele se espera. Chapéu que voe à primeira lufada de ar é cobertura que não serve a cabeças carentes e se se adivinha rajada, então o melhor é mesmo prendê-lo. Pode ser com alças, com banda, fivela, laço, o que se queira, mas nunca por meio de fina guita que possa atraiçoar o amo de tal acessório. A juntar a todos estes benefícios deve-se considerar ainda uma outra vantagem quanto ao uso do dito; quando cansado de si mesmo, pode o enchapelado dar uma de brilho e assim como quem não quer a coisa, querendo-a, terá direito a alguns momentos de fulgor. Se outro não for, pode ser confundido, ou tido, por exemplo, como sendo o Frank Sinatra ou até o Humphrey Bogart dos dias de hoje. Claro que se se tratar de enchapelado mais afoito, passará certamente por Indiana Jones. Tem outro proveito, o chapéu. Quando acontecem aquelas noites que necessariamente, seja qual for o motivo, se prolongam e se prolongam, não haverá qualquer possibilidade de ir à cama quebrando assim o charme obtido pois que não dá jeito nenhum dormir com cogumelo enfiado. Em suma, chapéu ou chapelada das boas é certeza antecipada de sucesso. Não sei da razão porque me deu para falar disto mas se calhar terá a ver com a dificuldade que muitos têm em tilintar com libras de oiro fino e, portanto, a cobertura para a cabeça é uma barata e singular dilatação ajustada aos dias de hoje. E atenção, cai por terra a opinião do Vasco, o Santana, quando dizia que «chapéus há muitos, seu palerma…». Vejam lá bem o tempo que levou a desmontar essa teoria. O chapéu é coisa única! Bom, em suma, entre a pobreza dos meus ideais artísticos e utilitários e a tolice dos meus recursos picturais, há por certo um abismo de incompreensão por parte dos outros que só os pode conduzir a uma ideia; a de que o chapéu está a fazer muita falta mas é a mim mesmo. Tudo bem, mas sigam lá os meus conselhos, aperaltem-se, e depois digam-me se de muitas estranhas cabeças não vão sair aptidões singulares só com recurso a um qualquer chapéu. Fico à espera dos vossos resultados.
 
 
 

Mário Rui
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Os bastidores dos que alcançam metas


















É sempre reconfortante saber-se, ou no mínimo pressentir-se, que o conflito entre civilizações não será a última etapa na evolução do mundo moderno. É agora muito mais expressivo agrupar as diferenças, quando existem, segundo as suas culturas e evoluções sociais. Ainda que as pessoas tenham níveis de identidades diferentes, é possível mudar para melhor a composição e a fronteira dessas mesmas civilizações. O globo seria um sítio muito mais agradável se as interacções humanas fossem sinónimo das convergências conseguidas em lugar das diferenças procuradas que, em regra, significam apenas guerra. Fazem falta mais homens capazes de lutarem pelo crescimento desta consciência civilizacional. Nas crenças religiosas, apesar das inerentes imperfeições, vão-se dando passos promissores. Pena é que no plano político se continue a valorizar o individualismo ideológico, espécie de guerra-fria entre semelhantes, quando afinal as similitudes culturais e as necessidades de cada país, deveriam levar, pesadas as diversidades, à integração do bem comum. Neste caso, imperam os prolongamentos dos clãs tradicionais e só por uma razão; completa ausência de líder, o que consegue antecipar as boas mudanças e desse modo se adianta aos competidores. Essa é razão pela qual subsiste a idiota pergunta «de que lado estás?».
 
 
Mário Rui
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domingo, 25 de maio de 2014

Europeias, cá!



 
Tal como numa disputa em campo relvado, importante, mas mesmo muito importante para o quotidiano dos portugueses é que se discuta quantos golos foram marcados, quantos são os que vão aos olímpicos de Bruxelas, em que pista vão correr, aproveitando-se, como de resto quase sempre, o rescaldo de mais um acto eleitoral para se descarregar a artilharia contra o adversário e já agora, digo eu, para nos descarregarem em cima também algumas múmias de reis politicamente exumados. É isto por cá! Por lá, não sei, nem quero saber. Interessa-me o de dentro e se o de fora não é muito diferente, para mim são só infantis curiosidades. Adorava era que me falassem das coisas de que ninguém gosta e das coisas que toda a gente diz que estão muito mal. Das necessidades que fechem de vez a pândega em que estamos, zero! A esta certeza de impunidades, ninguém responde!
Quanto ao provento da política imperante, ficámos assim; o PS chegou primeiro, a AP (PSD/CDS) veio depois e a seguir CDU, MPT e BE, com leituras distintas.
Quanto ao mais, fica por dissecar o verdadeiramente relevante. É o seguinte; cerca de 62,2 / 66% fica do lado da abstenção. Quem explicou a cifra? Quem tomou posse destes números de modo a tornar inteligível este ramo ascendente representativo do período que vivemos? Ninguém! Do bonito que há-de vir a seguir, quer seja como a vida das rosas ou como as setas do cupido, nada se fez ouvir! Lindo…
Do espantoso avanço da extrema-direita imbecil francesa, ramo agora descendente da “liberté, égalité, fraternité”, também não reparei em abordagem que se impunha. De novo, lindo!
E assim acaba mais um regozijo por maior número de golos marcados ou um desânimo por decrepitudes precoces, sendo que ao pagode ainda sobra a possibilidade de rebater no dia seguinte os valores dos que se julgam populares.
Rebatam muito e bem! Façamos nós o considerável pois há que isolar bem a poesia dos outros, dos que estão possuídos de acrobacia política.
 
Mário Rui
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sábado, 24 de maio de 2014

O voto limitado


 
 
Dizem que hoje é o iluminado dia da reflexão. Coisa mais estúpida esta, a de chamar a um qualquer dia que antecede acto eleitoral de meditação. Acabadas que estão mais umas tantas alegres campanhas – diria Eça, «…nasce enfim o dia, o domingo desejado» – desembarcaram finalmente os concorrentes a mais uma corrida da nau oratória que por aí se fez ouvir, que não perceber, sobre o tudo e sobre o nada. Insistiram os que correm por um lugar em efervescências de situações mais pessoais que nacionais, e o povo a perder, voltando assim à não discussão dos inconvenientes do desmoralizado panorama público-político actual e especialmente esquecendo as causas das diferenças sociais que ditam a penosa história do país, contraste tão deslumbrante quanto desditoso entre o que poderia ser e o que realmente é. Meditação? Assente em quê? Reflexão sobre os verdadeiros problemas, a maioria dos quais bem conhecidos, que não foram tratados? Ponderação assim pedida não produz outro efeito senão tornar-nos menos sensíveis à sua realidade, embora não esquecidos da mesma. Ainda que fossemos suficientemente estóicos para suportarmos o vazio das ideias ditas, teríamos por certo de engolir mais uma vez repressões mentais impostas pelos mesmos de sempre, cada vez mais medíocres, ignorantes e feios. O “feio”, também conta. Ufana-se hoje a hierarquia elegível com o apelo ao voto mas nunca fala do real significado da abstenção. Cuidado, dizem eles, pois tais retratações populares abstencionistas são traições. Mas não são, afirmo eu! São, isso sim, respostas reflectidas, prudentes, como que assomos de indignação para com um certo tipo de instalados que olvidam o outro e sobrelevam o eu, que acautelam a remuneração do eleito descurando a do eleitor, que lutam pela permanência das oligarquias e das elites no poder sempre em absoluto contraste com os ideais democráticos da maioria. Cidadão responsável e engajado com a comunidade em que vive sabe bem da razão dolorosa porque não vota. Democracia corpulenta e séria não tem medo da abstenção. Só os estabelecidos a temem e, pelos vistos, infelizmente, assim continuará a ser pelo menos enquanto as benfeitorias de uns não permitirem que sejam reconhecidos e respeitados os direitos invioláveis dos outros!
 
Mário Rui
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

A mais um amigo











A mais um amigo
 
Há amigos que têm uma força discreta que actua directamente sobre os outros só pela sua presença e sem que precisem de intermediários. Coisas que alguns fazem através de um grande esforço, esses amigos fazem-no só pelo magnetismo que lhes é próprio, pela natureza de que são dotados. É uma pena que não os possamos manter ilimitadamente entre nós posto que, são esses, os que vinculam verdadeiros laços de proximidade entre pares. São os nossos sinceros patrícios, os que gostam de saber se os outros estão bem! Rendo-me à discrição de tão simples quanto nobres cunhos pessoais na certeza de que, mesmo não estando já connosco, serão sempre a nossa referência pelas memórias do que aprendemos com eles. Não se apaga uma origem nem se destrói um passado assim tão simplesmente. Vingam os que marcaram intimidades! Se mais não existissem, embora sobrem, bastariam as da viela do Agro. Um abraço, amigo!
 
Mário Rui
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estarei enganado?























 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
Estarei enganado? (VER AQUI)

 
Se eu gostava de viver noutro país? À pergunta que não raras vezes faço a mim mesmo, a resposta é simplesmente não! Foi este que me viu nascer e foi com ele que me vesti, cresci e vivi, razões mais que suficientes para não me retrair de pregar sobre ele. E se isto é assim, ninguém me pode estranhar a atenção que lhe dedico uma vez que condenável seria a desatenção que certamente só dissimularia uma ignóbil doutrina cada vez mais ouvida e declamada por esses púlpitos de tão fracos oradores. Desligado pois, não sou. Não sei o que se passa quanto ao restante auditório que acompanha a autoridade de tantas pessoas hoje pensadas imaculadas e amanhã reveladas, no mínimo, manchadas. Vale-me a quase certeza de não estar a produzir fábula que encante um qualquer alegre entretido pois que a mesa abundante de iguarias onde alguns se sentam é tão farta de privilégios que, resistir-lhes judiciosamente, já se tornou uma miragem, que não excesso a evitar. São casos, ou se calhar rapinas, em tal número e correndo de um modo tão veloz que só me deixam incrédulo relativamente ao modo fácil como vão acontecendo, ou seja, como é simples no meu país tomar o alheio contra a vontade dos seus senhorios. Que suplício continuado é este, terreno fértil onde cada buraco é minhoca que assoma na pá do cavador? Será defeito dos que têm parte em resoluções, conselhos e medidas  dissuasoras que erradiquem de vez este ser e estar ou, pelo contrário, será mesmo fatalidade nacional a que estamos votados? Se nesta obrigação de restituir ordem e ética tudo se vê perdido, então o que fazer? Terão os que não falsificam de pagar os ‘dons’ aos que insistem em artes e ofícios que subtraem valor? Onde está a regra e a prudência que faça destas personagens assim vividas seres mais atentos às suas responsabilidades? Que desgraça é esta meu Portugal, lugar onde os que entram pela porta poderão vir a ser ladrões, mas os que ainda por ela não passaram já o são? Continuo a gostar de viver aqui mas que jamais se me escapem os imperfeitos que me consomem. Pelo menos enquanto lhes dedicar atenção, merecem-na, condenação, também lhes é devida, mas jamais abdicação do direito de clamar por mais justa, mais útil e mais necessária consciência, bens que finalmente lhes escapam e que bem lhes ficavam . Enquanto achar que as violências à natureza dos outros permanecem, fico arranhando sempre, e não temendo nunca.
 
Mário Rui
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ideias que impressionam quando somadas à quantidade de matéria cinzenta
























 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ideias que impressionam quando somadas à quantidade de matéria cinzenta

Cavaco Silva diz que é preciso ultrapassar estigma que nos afastou do mar. Ele que desbaratou oceano, barcos e pescadores, claro está tudo em nome da abençoada terceira idade dos peixinhos, fala-nos agora do iodo que jamais cicatrizará a ferida infligida. Francamente!
A candidata Marisa Matias do Bloco de Esquerda diz que o “surf” é uma prática que poderia e deveria ser incluída nos currículos escolares.
Eu acrescentaria o quão importante seria, já agora, leccionar doravante outras disciplinas nucleares, por exemplo; “como fugir de casa sem o pai saber” ou o “estudo dedicado do rácio galinhas/ovos”.
São só propostas que estou a fazer já que, de carácter absolutamente obrigatório nas escolas do meu país, há com toda a certeza uma a implementar urgentemente. A que consiga ensinar aos mais novos, os velhos já lá não vão, o modo de substituir estes fundadores de talento político, dividindo as suas tarefas por várias pessoas de modo a que a quantidade remedeie a quebra da qualidade. É uma pena que a soma destas inteligências políticas represente o limite da nossa espécie. Com a estupidez e incompetência, em contrapartida, a soma funciona. Aí está a razão do Portugal de hoje!

                     

Mário Rui
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domingo, 18 de maio de 2014

A toma certa!

























 
 
 
 
 
 
 
 
A TOMA CERTA


O que mais complica a alguns “adeptos” o infortúnio, é a fatalidade de quase todos esses serem burros!

Já se fazem ouvir os eruditos comentadores anti-Benfica , gente a quem as vitórias do clube da Luz proporcionam um martírio de ódios destilados sobre as suas próprias consciências. São cansaços acéfalos, cabisbaixos e desinteressados das questões que importam e por isso mesmo incapazes de perceber que as vitórias, mesmo com todas as vicissitudes inerentes, acabam sempre por ser o prémio de um esforço respeitável. A afirmação é tão válida para quem hoje ganhou, mais uma vez, e bem, como para os que já experimentaram o doce sabor de outros triunfos. Nem sequer me importo com os nomes dos que os provaram em alturas diversas. Algo de valioso devem ter feito, todos, para lá chegarem. À parcela de conquista que o Benfica somou hoje ao seu património, algo a que também se pode chamar de luta pela notoriedade, é injusto que alguns a tomem como não merecida - infelizmente é o que tenho lido e ouvido - uma vez que, por mim, terá seguramente o mesmo preço elevado que demais clubes já pagaram em semelhantes disputas. Mas relativamente a tais (in)doutas opiniões e ódios estúpidos vindos de gentes que eu julgava mais assertivas, mesmo quando do meu clube, só lhes posso dedicar um pouco de caridade na tentativa de que se recuperem da verdadeira feira da ladra em que se meteram. Realmente é no futebol que algumas pessoas se revelam! São os imbecis a mais na penúria intelectual, alguns desmiolados a mais na vida pública, sendo tudo isto, do ponto de vista geral da vida portuguesa, simplesmente confrangedor senão mesmo dramático, mais do que pitoresco. Lamento! Afinal, sou levado a concluir que até a pouca inteligência é quase inútil para quem não tem mais nada.

BENFICA SEMPRE!!

 

Mário Rui
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sábado, 17 de maio de 2014

A quitação



















 
 
 
17 de Maio de 2014. A quitação!
Fim do resgate.
Continuo  fã incondicional dessa mítica banda britânica que tantas alegrias me deu.The Queen !!!  Ainda hoje me comovo quando ouço   "A kind of magic”,  “Don´t stop me now” e especialmente “The show must go on”.  Ah, e então o que dizer de “Is this the world we created?”  ou mesmo de “Under Pressure”?. Uma alarmante tranquilidade… …
    
                 
Mário Rui
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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Este é que é o jornalismo bom!























Este é que é o jornalismo bom! O que retrata “precisões” factícias, e já agora fictícias, em detrimento  das que têm evidência para gente que sabe ler.  Ah, pois, ainda há os que não sabem ler e para eles este jornalismo é uma intimidade conseguida. Mútua intimidade. Curioso terem sido estes os únicos jornais? a titularem “maldição”. O que ainda assim faz conservar algumas redacções, é ignorar-se o caos em que elas vivem bem assim como a qualidade dos elementos que as compõem. Isso é que é mesmo “maldição” que nunca acaba! Vive do espalhafato…
 
Mário Rui
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“Der Spiegel” – edição de 12 de Maio de 2014






















 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Der Spiegel” – edição de 12 de Maio de 2014
Não obstante os problemas que hoje afligem o Brasil, só espero que a Copa 2014 corra de feição e a contento de quase todos. Já o mesmo parece não se passar com a revista alemã “Der Spiegel” que, na capa e no interior, se mostra muito pessimista quanto às previsões do que poderá acontecer.
 
Mário Rui
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O quotidiano em si já é maravilhoso. Eu não faço nada mais do que registá-lo.
















Alexandra Solnado vai ao parlamento falar sobre “vidas passadas” | iOnline


O quotidiano em si já é maravilhoso. Eu não faço nada mais do que registá-lo.

Afinal, tudo ainda está por fazer. Não sei se me é devida a faculdade de criticar as opções do pensamento místico de quem quer que seja e muito menos quando se trata de abordar o esotérico. Até aqui, estamos conversados. Já a presença do etéreo na Assembleia da República parece-me ser coisa de domínio transcendental, motivo pelo qual acho que, numa luta entre a realidade e o mundo do meu país, devo ficar do lado do meu país. Mesmo que as pessoas se comuniquem com respeito, seja qual for o seu idioma, a sua cultura ou o que vêm proclamar. Assim, com a devida vénia feita à senhora que vai tomar púlpito na AR, apesar de mais uma, só, afigura-se-me de bom tom dedicar um tempo a limpar o ambiente à nossa volta para que, isso sim, possamos celebrar dias limpos, concretos e terrenos. Especialmente em sítios como o Parlamento. Não há outros fóruns  para dissecar sobre assuntos desta natureza? É que pelo andar da carruagem, o prof. Karamba deveria reclamar direito a conferência no mesmo local sobre o movimento uniformemente acelerado, a Maya das cartas igual mas para a problemática da curvatura da banana e, já agora, chamem o Quim das Roscas, com tenda montada, para falar sobre o movimento de translação da Terra que tanta cabecinha tem posto à deriva. Respeitando, repito, a actividade destas figuras já que toda a ocupação é uma bela aventura e um momento valioso se acreditarmos nisso mas, o que não está bem é a “casa da democracia” servir estes propósitos. Ainda que levemos em consideração Kafka, quando nos falava dos encantos do quotidiano, sempre há-de haver algum tino para aproveitarmos muito melhor o tempo com temas de uma vida mais conseguida para os portugueses, lá na Assembleia da República.


Mário Rui
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terça-feira, 13 de maio de 2014

Procol Harum - A Whiter Shade of Pale, live in Denmark 2006





Crème de la crème


Os prazeres do que se pode recordar não são os únicos sacrificados no altar desta vida apressada em nome de quase tudo e afinal de quase nada. Lançada em 12 de Maio de 1967, já lá vão quase cinquenta anos, “A Whiter Shade of Pale” é seguramente um dos mais marcantes vínculos cravados no imaginário de várias gerações sendo, ainda hoje, como que o espelho dos efeitos que provocou outrora. Efeitos atingidos graças à nossa engenhosidade, dedicação e porque não às habilidades adquiridas com dificuldades - o que custava cativar, mas como era bom seduzir nessa altura – numas tardes que apenas exigiam tacto, algum bom gosto e depois a recompensa. Algo que fazia muitas pessoas felizes e provavelmente era vital para a felicidade de todos os que pelejavam em busca de instantes doces. Então, o orgulho pelo trabalho bem feito, pela destreza e astúcia, quantas vezes pela realização de uma conquista que parecia assustadora quase em jeito de superação de obstáculo inexpugnável, era coisa que nos dava capacidades de aprender e dominar novas habilidades. E que não se duvide da satisfação do então artífice e muito menos da auto-estima que ao par era transmitida. Era ventura oferecida por respeito aos dois. Agora estou nesta! Tremo ou choro?  Procol Harum, obrigado!!!



Mário Rui
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Em Fátima a 13 de Maio


















Independentemente dos nossos credos religiosos, quantas vezes vincadamente diversos e antagónicos, todos desejam viver com dignidade e sem humilhações ou medos. É por isso que o respeito que deve assistir à boa fé dos que a têm, ainda que alguns “profetas-adivinhos” a entendam como alienação, só pode conferir aos primeiros um nobre culto de sentimentos. É esta nobreza de carácter inalienável e não a tagarelice ambiente que traz esperança, mesmo sabendo-se de antemão que ninguém é dono da razão e nem mesmo do espírito. Quanto à fé, cada qual tem a que quer e, soberba das soberbas, só se abre a ela por livre vontade. Também a tenho e muito me agrada saber que sou um idiota quando me ponho a divagar sobre os actos de confiança religiosa de natureza pacífica em que muitos acreditam. Acreditar também significa tranquilidade e segurança sendo que, para além disso, há verdades que se descobrem, não se inventam!
 
Mário Rui
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segunda-feira, 12 de maio de 2014

De comboio nos entendemos


















É curioso. Faz já muito tempo que não ando de comboio. Outrora, saudava o chefe da estação, comprava a passagem, embarcava  no cavalo de ferro,  dava em mão ao revisor o bilhete a picar, sentava-me  e finalmente sentia-me a bordo do mesmo trem que muitos outros utilizavam para as suas travessias. Ah, não raras alturas cruzava-me com o maquinista que de janela aberta lá acenava cordialmente. Éramos um todo. Hoje, de quando em vez, vou ao cais. Não tanto para seguir caminho mas antes para expressar boa viagem e então assisto a um mundo admirável de coisas em acelerada globalização - é assim que se diz, não é? - onde me confronto com factores que dizem ser cruciais na nova era que vivemos. Já não consigo saber do chefe. Bilheteira, que era aquele lugar onde trocava dinheiro por vantagem de ir, também já não há. O revisor, que à parte a sua função igualmente me ia dando outras pistas quanto ao curso do percurso, julgo ter sido desclassificado pois que não lhe consigo pôr olho em cima. Só lá dentro da carruagem parece ainda haver tão imenso número de outros o que é sempre bom pois entranha-se-me a ideia de que resiste  uma fracção da espécie humana que não está barrada às nossas experiências diárias. Se bem entendo, das minhas visitas à gare, o que não sei é quem – se alguém – está sentado na cabina de pilotagem. Acredito que até esteja vazia porque agora tudo são trajectórias individuais e o comboio regula-se a si próprio libertando-se assim da mão manipuladora do encarregado do volante. Ouço depois as mensagens animadoras que são emitidas nos altifalantes e mesmo assim fico triste. A notícia comunicada afinal foi gravada num tempo desconhecido, em lugar que nunca irei ver, por pessoa que nunca encontrarei. Dificilmente poderei confiar na sabedoria despersonalizada de coisas só automáticas. Que mais posso eu fazer? Se não sou sociologicamente versado, não sei nem posso vislumbrar a partir daquilo que não experimento e muito menos sinto. Estes sãos os momentos em que se abeira de mim a necessidade de uma imagem da sociedade como bem comum, bem que foge como o comboio que se afasta, afinal história que contei como algo completamente igual ao modo como outrora foi vivida.
 
Mário Rui  
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Fanatismos
























 
O triunfo do juízo sobre a violência e a falta de razão é uma necessidade imperiosa da conservação e evolução do ser humano. Como me cansa assistir ininterruptamente a fanatismos!
Na noite do dia 14 de Abril as aulas dadas numa escola do Estado de Borno, noroeste da Nigéria, foram transformadas num pesadelo para o resto da vida de cerca de 270 estudantes nigerianas. As jovens estudavam no momento em que camiões, motos e carros cercaram os arredores da escola e homens fortemente armados raptaram as meninas. Seria o início de um tormento acompanhado de violência, violações, escravidão e casamentos forçados para as estudantes.
 
Mário Rui
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domingo, 11 de maio de 2014

Marcelo Rebelo de Sousa defende voto obrigatório















Marcelo Rebelo de Sousa defende voto obrigatório - Política - Sol


Não é o voto obrigatório matéria que o deva preocupar, senhor professor Marcelo. O que deveria ser assunto da sua inquietação era saber se houve, ou não,  desenvolvimento da democracia no seu país e tentar perceber  da importância que tem, não o número dos que devem votar expressamente em dia de eleições, mas, isso sim, os espaços nos quais podem exercer o direito de participar nas decisões que lhes dizem respeito.  Até parece que a democracia se esgota em dia de eleições, mas é mentira! O que tem acontecido nesses dias é a transformação do voto, dos que lá vão, em licença para contrariar os anseios mais profundos da maioria que de facto votou. Era justamente disto que nos devia falar! Toda a decepção com o sistema representativo de que nos têm falado, e o senhor também o faz, está na ilusão de que uma Assembleia da República ou um Governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo. Até quero crer que realmente “deve”, já tenho infindáveis dúvidas se “pode”, pois que os exemplos vividos são seguramente a melhor prova do mal que tudo isso nos tem feito. Desde a corrupção, passando pela incompetência, atravessando a mordomia e acabando na dominação absoluta por parte da nossa classe política, honra seja feita à parte minúscula que a tal não acede por nobreza de princípios, tudo se tem revelado parcela grande de soberanos da sociedade sendo que essa é a razão pela qual os dominados geralmente os detestam.  É aí que aparece a abstenção como meio de travar essa falsa igualdade de que nos falam, essa ficção pueril, fantasia pura. Portanto, esqueça lá o “obrigatório” pois que se muitos já perderam a fé no facultativo acha mesmo que é o que obriga  que lhes vai dar uma nova aurora? Senhor professor, julgava-o mais inteligente que os demais, agora constato do meu engano! Problema meu, sem dúvida.


Mário Rui
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

António Costa “empresta” chave de Lisboa à homóloga de Madrid
















António Costa “empresta” chave de Lisboa à homóloga de Madrid
Também posso brincar. Ou não? (Ver aqui)
Oh, não querem lá ver… Então não chegou 1580 e mais 60 anos de domínio espanhol?  Bem sei que é simbólico, mas um alto responsável nacional entregar de mão-beijada as chaves da capital portuguesa aos espanhóis é coisa que dá para pensar. Acho que não havia necessidade, nem mesmo tratando-se de cortesia. Ora vejam como Espanha retribuiu; pediu que se hasteasse a bandeira de Madrid na cidade de Lisboa. Ou mandou? Vá lá um homem perceber estas bondades. De facto, Portugal é singular! Será defeito meu ou há mesmo uma província que me baralha, ainda que seja a brincar, mas quase sempre filipinamente?  Porquê? Ainda em modo galhofeiro, se já enviámos ao prego mobílias e talheres, que jeito pode dar ‘restituir’ a Espanha mais uma  chave de timidez ficando Lisboa com um distintivo espanhol? Há certas borgas que antecipadamente devem ser recambiadas aos seus campanários de origem. Não vá o diabo tecê-las, pois que brincando, brincando, se vai pregando…
 
Mário Rui
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