segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tiram o emprego aos pais, roubam o futuro aos filhos e agora decidem matar os avós?

 


















“O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social confirmou o corte, em 2014, nas pensões de sobrevivência, quando acumuladas com uma segunda reforma, sem esclarecer qual o patamar mínimo a partir do qual será feito esse corte.”
 
Tiram o emprego aos pais, roubam o futuro aos filhos e agora decidem matar os avós?
Por muita tentativa de compreensão que queiramos ter relativamente aos sacrifícios que são exigidos a alguns  portugueses, sempre os mesmos, logo ficamos incrédulos, descrentes, posto que são os que menos têm o alvo preferido deste governo. Insistentemente sempre os mesmos. Esta é que é  a triste realidade de uma morte lenta e anunciada, qual forte e crescente inclinação a estender  de forma extrema aos mais necessitados. Tudo está ao contrário. E como este verdadeiro saque não parece encontrar-se em vias de diminuir, mas de crescer, então resta discutir se algumas necessidades sociais são melhor servidas por outra gente. Não que acredite na mudança para melhor  mas também creio que ninguém vive sem mudança. O abuso a que temos vindo a assistir consiste basicamente na ausência de consciência quanto aos danos causados aos pobres, que urge ter em conta,  sendo afinal uma soberania de governo que apenas pretende dar protecção à supremacia de grupos económicos e financeiros que continuam incólumes ao actual estado de resgate nacional. Os outros que paguem a crise, é o que ressalta de tal actuação. Banca, EDP, PT e outros que tais, protestam sempre e quando lhes são pedidos sacrifícios e a declaração enérgica e solene de que estes são ilegais implica necessariamente vantagem. Os martirizados, esses, nem ao protesto se arrogam pois têm outras preocupações que os mobilizam.  A renda da casa, o médico, a farmácia. Apetece perguntar qual é hoje a cotação do dia de um homem pobre e honesto? No melhor dos casos, é cotação que a nada mais terá direito do que depositar na urna um voto insignificante e, de passagem, desejar-lhe boa sorte. Na urna do voto, a que se seguirá a outra, a do túmulo, pois é esse o caminho que o governo de Portugal  lhe reserva, e se depressa, melhor. Assim tratado o assunto, e não vislumbrando modo distinto de o fazer, ainda que desejemos acreditar na escassa virtude das acçoes do governo, acabamos por concluir não haver qualquer usufruto deste inocente crer. Os exemplos só a este raciocínio podem conduzir. Por mim, mesmo que às vezes não o queira, acho que é uma obrigação resistir escrevendo. Não será certamente uma atitude pior que o mal a ser combatido!

 
Mário Rui