segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Estação Náutica de Estrreja







O Pólo de Salreu da Estação Náutica de Estrreja, com a coordenação da Câmara Municipal de Estarreja, foi o palco deste fim de semana náutico. Num concelho banhado a poente pelos braços da Ria de Aveiro, não faltaram os passeios de moliceiro, experiências em kayak e em stand up paddle e o parapente.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Outras vistas, outras pessoas, outras coisas no fundo dos olhos



Espectáculo audiovisual criado por João Martinho Moura, um dos maiores artistas de arte digital do país, celebra a história e a identidade cultural do Município de Estarreja.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Setembro cinzento


 

Mário Rui
___________________________ _____________________________

Uma escola colorida. É o que queremos

Acho que nunca o tinha escrito, ou mesmo dito publicamente. No entanto, há sempre uma primeira vez. Começaram as aulas do ensino primário, agora dizem ser básico, não importa. Isso é apenas oratória representativa pelo que mantenho a primária como pacífica. E venho à estampa já que me alegra saber do contentamento dos que, pela primeira vez, irão pisar chão que ensina. Os mais pequeninos, ladinos e gaiteiros, os pais que experimentam nova fase de crescimento dos rebentos, os professores que renovam a serenidade dos que não temem ensinar. Hoje, é assim. Mas já houve um outro tempo, há muito tempo, em que passar a porta da escola era pôr os olhos no chão para que o pudéssemos percorrer à vontade, mas só com o olhar. «Aqui ninguém conversa, aqui ninguém dança, aqui ninguém ri, aqui ninguém canta, aqui ninguém se distrai» - era esta a recepção do mestre-escola. Nesta ‘hospitalidade’, e na que se lhe seguia ao longo do ano, pequenino como eu era, sentia retorcer-se no professor um temperamento insatisfeito que, raras vezes, a sala de aula conseguia perceber, amansar sequer e muito menos alterar o senso estético e a imperfeição da vida escolar de então. Sim, era isto no mais das vezes o professor. Porque hei-de eu mentir? Descobrir-lhe um eflúvio capitoso de cores, sorrisos, bondade, coisas que vibrassem para sempre na nossa sensibilidade de meninos, era para mim um receio de trambolhão certo, a que, invariavelmente, se sucedia uma varada. Quando a cana caía sobre o dorso ingénuo do puto, só uma espécie de sociedade de socorros mútuos, vinda das outras carteiras da sala, poderia parecer-se como união lusitana de resistentes, embora tal aliança não passasse enfim de um sonho. Aprendia-se nesse tempo? Talvez, mas a medo, encolhidos num lote de actores que muitas vezes assistiam impávidos, que não serenos, à moeda a pagar por tão mau feitio do ensinador. À primeira vista até poderia parecer, na altura, e ainda hoje, que, de facto, num país de analfabetos, esse seria um meio de instrução primária de primeira grandeza. Mas não era e ponto final. Contudo, não é para reclamar contra a exorbitância do preço que eu avivo estes factos. Só a eles aludo por mera comparação com os de hoje, diferentes para melhor, e daí ser outra a minha intenção. Vim cá apenas para tirar da minha cabeça umas teias de aranha que podem estar a tapar alguma da minha massa cinzenta, mas sobretudo para desejar uma escola alegre, amiga, de ligação quase conjugal, a toda a meninice que a vai habitar. Sejam felizes aprendendo.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Em que estou a pensar?

Em que estou a pensar? No nosso tempo no tempo dos outros

As singulares ternuras do nosso tempo. Quero-me, também, com o Zé e com a Maria que ainda não têm aquelas esquisitices do mundo actual. Fazem um par ideal e escusa a gente de prosar inédito pois são eles próprios uma biblioteca por ler.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Torreira - Agosto 2021




Mário Rui
___________________________ _____________________________

Guilherme Inês

D.E.P.

Guilherme Inês, que começou a carreira na música ainda na década de 1960, a tocar guitarra nos Sharks e nos Hooks e que mais tarde integrou a banda Salada de Frutas e o Quarteto 1111, morreu esta terça-feira, em Lisboa, aos 70 anos.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Estarreja d’outrora

Estarreja d’outrora. Mercado Municipal em 1964

Um passado deve ser assaz familiar para poder ser lembrado. Se para mais não servir, ajudará por certo o presente a ficar salpicado de pó aprendido.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Capa da edição de Setembro do jornal "O Concelho de Estarreja"




Mário Rui
___________________________ _____________________________

Lembretes duradouros

Fotos que demonstram como os residentes de lares de idosos podem ser valorizados, inspirados e revigorados. São lembretes duradouros de como as conquistas positivas surgiram com a pandemia e o bloqueio da Covid-19.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

"Bobonices"

Pois claro! E a entrada nas redes sociais também deveria ser paga, e com taxa especial, para se fazer uma certa selecção quanto à cretinice de algumas figuras, e tudo isto em nome da salvação pública, de modo a guiar o mundo sem pavios de sebo. Chamam-lhe parva, e ela tem a certeza de ser fina, mas afinal desiludida por não ocupar na cena lusa um trono real.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Johnny Cash

 


26 de Fevereiro de 1932, Kingsland, Arkansas, EUA / 12 de Setembro de 2003, Nashville, Tennessee, EUA.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Contrastes

"Eu, não imaginas e de certeza não acreditas, perdi a juventude – de facto não tive, nasci velho – e desse modo, a par de desvantagens sem conta, foi-me cedo poupada a ilusão de que seria possível manter-me alerta e forte a vida inteira".

(J. Rentes de Carvalho)


Mário Rui
___________________________ _____________________________

50.ºAniversário (em 2015) da Fundação da Escola Industrial de Estarreja


 

Mário Rui
___________________________ _____________________________

Às vezes, as eleições no meu País são uma coisa estranha

 

Às vezes, as eleições no meu País são uma coisa estranha. Às vezes, no meu País, os apelos ao voto são coisas grotescas, mesmo que impregnadas de bons propósitos, parecendo mais nuvens densas de gases hilariantes do que propriamente chamamento sério à causa pública. Às vezes, no meu País, os casos cómicos alternam com os menos risíveis, sendo que os primeiros se sobrepõem em número aos segundos. Às vezes, no meu País, seja pela fertilidade da foto ou pelo assombroso de figuras, mas sobretudo de frases achadas apelativas, há que manusear bem estas colecções de estampas políticas, repito, mesmo que vestidas de bons propósitos, de modo a podermos ter uma ideia precisa da sociedade do nosso tempo e, em particular, da que vai a votos, quer se trate dos seus costumeiros ridículos ou dos seus atinados apelos. Mas enfim, no meu País, a grande crónica do nosso quotidiano, para ser perfeita, teria de ser escrita por Aristóteles e ilustrada por um grande caricaturista, já que o que me parece exagero nada mais é do que a realidade de hoje. No meu País, podemos brincar com coisas sérias, o que não devemos é levar as coisas sérias ao carrocel da feira já que, mal a cabeça comece a pensar, a coisa pode tornar-se em vulcão pronto a vomitar magma incendiário. E lá porque a terra se chame Fornos ou Matança, não haverá por certo necessidade de as fazer acompanhar de suposto pasmo de expressionismo linguístico trazendo à memória coisas e actos que destruíram o mundo por tudo o que foram e representaram de horrendo. No meu País, esta até pode ser uma interpretação tonta dos meus cabelos brancos, mas a verdade é que é assim que eu vejo a atmosfera pesada destes cartazes. Quando, no meu entender, se quer brincar com certas coisas sérias, tentando fazer delas parolas figurinhas trágico-humorísticas, fico logo apetrechado com uma “arma” por causa dos “simpatiquíssimos” actores e autores que babam dos lábios coisas sem sentido, e tudo isto pelo simples pretexto de encher espaço, de fazer palpitante e de vender o género ao freguês rapidamente.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Moliceiros

Às vezes julgamos que o belo já passou do horizonte, que a policromia já há muito desfilou e ambos se foram para sempre. É um prazer estar enganado.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Jean-Paul Belmondo

D.E.P.

9 de Abril de 1933 / 6 de Setembro de 2021

Morreu Jean-Paul Belmondo, uma das maiores estrelas do cinema francês.

"Conhecido em França como 'Bebel', Jean-Paul Belmondo começou na Nouvelle Vague, seguindo um rumo mais comercial a partir dos anos 60.

Era um dos mais populares e respeitados actores do seu tempo".

E lá se vai mais uma figura das mais ardentes e audaciosas das nossas juventudes , o que prova bem da matéria frágil com que somos feitos e desfeitos.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

“A VOZ”, esta sim, a maior de todas!

5 de Setembro de 1946, Cidade de Pedra, Tanzânia / 24 de Novembro de 1991, Kensington, Londres, Reino Unido.

Se estivesse vivo, Freddie Mercury completaria neste domingo, 75 anos.



Mário Rui
___________________________ _____________________________