segunda-feira, 30 de julho de 2012

Fado fadado




















Afinal este é um 'fado', fadado desde os anos sessenta. A história repete-se ciclicamente e por muito que nos digam que a auréola de alguns sábios ilustrou com os seus escritos e modos de fazer, uma nova pátria, parece que muito pouco acrescentaram à de antanho. É caso para dizer que o ofício de reinar tem perdido inexoravelmente esplendor e vantagens. Neste Portugal e nesta Europa agitada, os supostos diademas converteram-se em coroas de espinhos para uns, lágrimas para outros. Pois que o que não tem extensão, leia-se boa governança, não pode ter localidade no espaço. Ninguém sai da companhia de homens doutos que não tenha aprendido deles algumas verdades importantes. O problema é que por cá, homens doutos temos poucos, e daí que valha sempre a pena aos que precisam de viver com alguma dignidade que a imaginação seja a mesma memória dos anos de sessenta, enquanto inventiva e criadora.

Mário Rui


Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas, graças a Deus,
Não somos mais quem nós éramos.

Martin Luther King
Será verdade ?

A insustentável leveza do ser


















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Mário Rui

O derradeiro esforço

















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Mário Rui

domingo, 29 de julho de 2012

Cuba


















"Cruzeiro" automobilístico em Cuba. Pese embora um regime político que nem sempre se portou muito bem com o seu próprio povo, convenhamos que a ilha, seus costumes e gentes, mesmo atravessando dificuldades de ordem vária, marcam uma certa diferença.

Mário Rui

sábado, 28 de julho de 2012

Ilustração portuguesa






































 Mário Rui

O querido líder deu o "nó"
























O querido líder deu o "nó". Agora convirá que perca o hábito de estar sempre a olhar para o infinito e comece a olhar para a finita. Pois se ela já o faz, porque raio insiste ele na contemplação do horizonte? Não tenhas maneiras, não! Depois chora...

Mário Rui

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Inteligência rara à vista
















As opiniões de alguns homens, especialmente políticos,  ressentem-se da pequena esfera das suas ideias, conhecimentos e das doutrinas e localidades que lhas sugeriram. É pena. Por toda a parte se alega razão e não se descobre senão ódio, oposição a qualquer preço. Este país precisa de alguma união e não de partidarite aguda. Mesmo que os rivais políticos se degladiem por ideais diferentes, essa não é razão substantiva para que se distorçam palavras ditas, venham elas de onde vierem. Manda a honestidade mental que não se jogue nesse campo. Há tempos foi "piegas" , hoje é "que se lixem as eleições, primeiro está o país". E isto serve de pasto aos mais variados e iníquos comentários, vazios de conteúdo e que não dão pão a ninguém. É verdade que somos piegas, é verdade que se lixem as eleições se o interesse nacional for, e é, mais importante que ganhar votos. O que adianta esta truculência palavrosa do Sr. Zorrinho ao país? Baixa de impostos? Décimo terceiro mês assegurado? Ordenado mínimo nacional a subir? Exportações em crescendo? Tratem de assuntos sérios  e deixem-se de truques rasteiros que só empobrecem ainda mais Portugal.

Mário Rui  

Inteligência rara à vista

O líder parlamentar do PS comentou uma frase de Passos Coelho que toda a gente percebeu ter um sentido preciso. O referido líder, no entanto, conseguiu descobrir um sentido oculto e pérfido na expressão. Vem citado pelo Diário de Notícias:

Para o líder parlamentar do PS "quem se está a lixar para as eleições", como o primeiro-ministro, também se está "a lixar" para os eleitores.

Estas palavras forma proferidas por Carlos Zorrinho aos jornalistas no final da reunião do Grupo Parlamentar do PS, depois de confrontado com o teor de declarações proferidas segunda-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Pedro Passos Coelho disse que os deputados do PSD e os membros do Governo têm um mandato para resolver os problemas do país e disse: "Que se lixem as eleições, o que interessa é o bem de Portugal".

Perante estas palavras do primeiro-ministro, o presidente do Grupo Parlamentar do PS comentou: "As eleições são um momento em que o povo se pronuncia e, portanto, quem se está a lixar para as eleições em certa medida está-se a lixar para os eleitores".


Nem de propósito, um pequeno artigo de Vasco Graça Moura no
mesmo Diário de Notícias de hoje explica os tortuosos caminhos da inteligência rara daquele: Conta-se que certa vez, à chegada a Nova Iorque de uma alta figura do Vaticano, houve um jornalista que lhe perguntou se tencionava visitar os clubes nocturnos da cidade. Embaraçada, a eminência tartamudeou qualquer coisa como: " Há clubes nocturnos em Nova Iorque?". E, fatal como o destino, no dia seguinte, lá estava um periódico a pôr na primeira página que essa tinha sido a primeira pergunta do cardeal fulano ao descer do avião...

Sinto-me solidário com o cardeal. Numa entrevista recente, perguntaram-me qual seria a primeira medida, note-se a "primeira medida", que eu tomaria se fosse ministro ou secretário de Estado da Cultura. Respondi que provavelmente seria pedir a demissão. E esclareci que a razão seria a de não me apetecer desempenhar o cargo.

Houve gente que não percebeu a ironia da resposta e a notícia correu célere. Se eu fosse ministro da Cultura, pediria a demissão e pronto, estava tudo dito! O grau de analfabetismo e de precipitação demonstrado pelo estrépito desse citacional alvoroço mostra bem como, no espaço público, há criaturas que não são capazes de ler um texto e de lhe entender o sentido.

Mas isto nada é, comparado à interpretação das minhas palavras feita pelo formidável dr. Zorrinho, facundo ex-deputado socratista e actual deputado segurista. Do alto da sua autoridade exegética, este professor catedrático da Universidade de Évora, doutorado em Gestão, na especialidade de Gestão da Informação, mostrou-se bem menos capaz de gestão da informação do que propício a uma perversa congestão ou indigestão da mesma.

Com efeito, o dr. Zorrinho veio logo à liça dizer com o denodo habitual que eu pedia a demissão do primeiro-ministro. Algumas pessoas, quedando-se perplexas ante esse meu abominável comportamento, telefonaram-me a perguntar o que era aquilo. Eu não sabia e fui ver as notícias. Era verdade. Confirmando que "les portugais sont toujours gais", o dr. Zorrinho tinha proferido a esfuziante acusação.
Fiz então algumas desvairadas conjecturas, até que me pus a pensar cá com os meus botões que a mais plausível era a que passo a expor. Num dos acessos de delírio tremendista que têm vindo a acometer frequentemente os próceres do pensamento e do comportamento socialistas, este dr. pensou assim e, se bem o pensou, melhor o disse: o PM tem as funções de ministro da Cultura; VGM disse que se fosse ministro da Cultura apresentava a demissão; logo, VGM pede a demissão do PM. Fica-se deveras atordoado com o rigor implacável e adamantino do silogismo. Por mim, confesso que tardei a recompor-me.
É claro que já seria grave que o dr. Zorrinho se tivesse esquecido de ler a entrevista antes de se pôr a perorar assim, se não fosse típico dos responsáveis socialistas navegarem na rala espuma dos dias e na mera periferia das questões. Mas se acaso a leu, então as coisas tornam-se assaz caricatas, para um especialista em Gestão da Informação. Não se pode gerir o que não se percebe e o dr. Zorrinho não conseguiu decifrar o sentido daquela parte da minha resposta, para ele, pelos vistos, capciosa e notavelmente obscura, que dizia assim: "Não me apeteceria desempenhar o cargo. É tudo."
E também é muito pior, na medida em que o impagável dr. Zorrinho interpretou a minha falta de apetência pessoal pela pasta da Cultura como crítica ao PM, esse PM que, além de ser saudavelmente indiferente aos meus apetites ou desapetites ministeriais, eu elogiei na mesmíssima entrevista num sentido que envolvia o meu evidente apoio à sua continuidade em funções (esta observação é também gostosamente dirigida à célula de canalhas anónimos e filhos de pai incógnito que costumam pôr-se aos uivos com os meus artigos, aqui na caixa de comentários do DN, e a quem da próxima vez terei a justeza de chamar hienas fétidas).
Enfim, mesmo admitindo que o dr. Zorrinho tenha conseguido fazer sem favores o exame de Português da quarta classe, admiro-me de que se tenha alçapremado ao doutoramento e chegado à cátedra. E também me pergunto se é isto o que o PS, principal partido da oposição, tem para propor aos portugueses: distorção e má-fé, falta de senso e de inteligência, oportunismo e manipulação, asneira e mediocridade.
Repito que me sinto solidário com o pobre do cardeal. O que não lhe aconteceria se o dr. Zorrinho se pusesse a citá-lo no dia seguinte?


in 'portadaloja' - 25 de Julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

A que Estado chegámos nós?


















A que Estado chegámos nós?

Mário Rui

Miguel Relvas

















O mandato do Governo de Passos Coelho é um desastre: a economia parou, o desemprego continua a subir e a austeridade impera. E para este desastre contribui também a falta de sensibilidade e o silêncio sobre casos polémicos como o de Miguel Relvas que mais não fazem do que criar - ou aumentar ainda mais - a instabilidade a que o Governo já está sujeito.

Dos casos políticos mais polémicos de que me lembro recentemente, os de Miguel Relvas são o melhor exemplo do pior que a política tem. E, verdade seja dita, é também por exemplos como esses que cada vez mais o comum cidadão se afasta da política. E com razão!

Os casos que têm vindo a público sobre Relvas não afectam apenas a sua dignidade pública e privada, – se é que ainda as tem! – como descredibilizam também a imagem do Governo, que sai fragilizada a cada dia que passa, e do próprio primeiro-Ministro que teima em ficar calado sobre estas matérias.

Primeiro, foram as alegadas ameaças sobre uma jornalista do jornal Público. Agora, mais recentemente, a licenciatura encomendada (?) à Universidade Lusófona que, diga-se, também não sai bem na fotografia. São ambos casos inaceitáveis para qualquer pessoa com princípios e, sobretudo, para alguém que ocupa um cargo de tamanha responsabilidade e que a devia obrigar, se não legalmente, pelo menos moralmente, a responder por eles.

Esta é a verdade: mais do que a austeridade em si, são casos como estes que conduzem a política para o abismo e para o descrédito. Mais, são um factor determinante e suficientemente válido para a revolta do povo.

Não tenho dúvidas: uma imagem transparente, séria e credível, apoiada numa boa política de comunicação, ajudaria a sanar alguns dos problemas da política portuguesa. Infelizmente para nós e para os políticos não é isso que acontece.

Ao povo português só resta saber o seguinte: que interesses impedem o primeiro-Ministro de prescindir de Miguel Relvas e assim garantir uma governação mais facilitada? E que outros casos – mais polémicos ainda - surgiriam com essa resposta?

Rui André

domingo, 22 de julho de 2012

O nosso tempo


























Ontem mesmo, em nocturna conversa com um amigo, dizia-me ele que o tempo é o que dele cada um de nós quiser fazer. Do tempo que passa por nós e nos arrasta para uma vertiginosa velocidade no modo como fazemos o dia-a-dia e todas as coisas que o compõem.

Depois, pensei mais seriamente no tema da conversa e concluí da razão que lhe assistia quando assim pensava esse meu amigo. Numa altura em que toda a gente caminha para a velhice, e mais não pretende senão a quietude do tempo que passa, parece acontecer justamente o contrário.

Como que um fardo que se nos é posto sobre os ombros, o tempo carrega-nos cada vez mais de pressas, de correrias, de necessidades de fazer tudo a tempo e horas. Quando deveríamos ser nós a passar por ele, não, é ele que nos marca o compasso e duramente nos sujeitamos aos seus ditames. Quase parece uma ordem, uma regra, uma doutrina.

A nossa capacidade de inverter este célere tempo, dita, é quase possível, feita é quase uma impossibilidade. Mas havemos de lá chegar. Com racionalidade e bom entendimento de que o importante não é correr a par do tempo mas antes controlá-lo, parar-lhe a marcha desenfreada com que nos leva, demasiadas vezes, ao nada.

Ficarmos com a certeza que o conseguimos dominar em lugar de sermos dominados. Para quê metermos na cabeça que o mundo acaba se a tempo e horas não completarmos uma qualquer tarefa. Que se dane o tempo. A tarefa há-de concluir-se à medida do nosso tempo. Paremos.

E tem mais! Que tempo é este que não protegendo os mais velhos, ainda por cima lhes anuncia mais velocidade, maior ritmo no andamento? Será mesmo para acabar com o que lhes resta? Um pouco mais de tempo que se deseja, se aguarda impacientemente, mais vagoroso.

É um tempo difícil de explicar este em que vivemos. Mas então se quer ser doutrina, regra, e se formos nós os seus discípulos, convém que sejamos também os seus educadores. Nem sempre é a doutrina quem ensina. São os doutrinados que lhe dão objectivos e condições para tal. Logo, já será tempo para o fazermos e expormos os nossos segredos mais zelosamente guardados.

Poderemos levar a cabo reparação, construção, alteração, mas sempre tendo em vista que, afinal, quem manda no tempo é quem o faz. Nós. Bem sei que o tempo é soberbo! Já o aprendi há muito tempo. Também apreendi, condição mais convincente, que os soberbos são muitas vezes ordinariamente ingratos; consideram os benefícios que nos dão como tributos que se lhes devem.

Mas ainda que o nosso amor-próprio possa ser exagerado nas sua pretensões e quase sempre se ache frustrado  nas suas reais esperanças, deixem que nos deliciemos em tão aprazível esperança.

Se este tempo é um lugar desmesurado para o nosso corpo, e é de facto, então vamos fazer dele coisa mais lenta. Em nosso próprio proveito. Não o contrariando, é soberbo, mas pelo menos não deixando que ele role sobre nós, nos deixe rugas na face que são o estigma da sua acção.

Perguntei ao tempo qual seria a solução. Ele só me disse: deixe-me passar.
     
“O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem.”

Mário Rui

sábado, 21 de julho de 2012

Produzir um rico













Mário Rui

sexta-feira, 20 de julho de 2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Voltemos ao princípio

















Ora muito bem. Voltemos então ao princípio e 'coloquemos' toda esta gente na rua, armada e com garra, para apanhar os ladrões de residências que cada vez mais nos incomodam. E convém mesmo que sejam feios, porcos e maus. Os polícias. Os outros, os indesejáveis, já o são por natureza.

Mário Rui

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Oh Januário, outra vez?



Outra vez? Oh Januário, começo a ficar farto das tuas imbecis observações políticas. Tão imbecis que até me dá para te tratar por tu. Não é que estejas mal quanto à substância do que dizes. De resto já o afirmei em anterior crónica. O problema não está aí. O problema, esse sim, reside no facto de seres um militar e, bem ou mal, não quero discutir esse assunto, estás formalmente impedido de tomar posições políticas: não tens esse direito, não tens essa liberdade de expressão. Assim o diz o regulamento militar de Portugal.  Daí que o ministro Aguiar Branco, goste-se ou não dele, e por mim gosto pouco, tenha toda a razão quando afirma que deves esclarecer se realmente és bispo das Forças Armadas ou se és comentador político. É que se és major-general para receberes 4400€/mês e carro com motorista , então também o és para estares politicamente caladinho e assim obedeceres ao Regulamento de Disciplina Militar  - foi o que me disseram no tempo em que fui à inspecção militar e quase a marchar para uma das antigas colónias ultramarinas. Às tantas ainda tinha que te ouvir, nesse tempo, a dizer basófias. Safei-me, felizmente. Da tropa e de ti! Mas não queres perder os tais 4400 aéreos, não é? Pois, ser só comentador político dá pouco provento material. Como eu te compreendo e como eu não te percebo. A ti, ao Cardeal-Patriarca que parece não saber silenciar um camarada padre e, já agora, ao teu  Chefe Militar que há muito já devia ter tomado uma atitude. Atitude que toma seguramente em relação a outros militares como tu, mas assim mais baixinhos – sem patente a não ser a de servir o País. Claro que te lembrarás do que lhes acontecia quando, ao serviço da pátria do Estado-Novo?,  a darem o corpo, a alma e o sacrifício infinito, eram castigados por falarem demais. Se calhar até os reconfortavas  nessas alturas. Não? Bom, mas vê lá se te decides de uma vez por todas. Ou militar, ou tão-só religioso ou mesmo comentador político. Mas, quer te agrade ou não, só podes optar por uma destas funções. Por mim aconselhava-te mesmo só o comentário político. É que teria gostado imenso de te ouvir a propósito do desgoverno de Sócrates, de Varas, de Freeports, de licenciaturas ao domingo e por aí adiante. Sou surdo ou nesse tempo não te davas conta do que se passava? Só agora acordaste para a realidade? Hum, cheira-me a partidarite aguda mais do que a verdadeira pena dos que sofrem com este Novo Estado a que chegámos. Saíste-me cá um bom político ... ...

Mário Rui

Lutas

























A única luta que se perde é a que se abandona! Mais que certo.

Mário Rui

terça-feira, 17 de julho de 2012

Jon Lord - Deep Purple


















Jon Lord, o teclista dos Deep Purple e um dos grandes praticantes do órgão Hammond no rock. O lendário músico, faleceu na segunda-feira aos 72 anos de vida. Jon Lord fez parte dos Deep Purple de 1968 a 2002, altura em que iniciou uma carreira a solo. Também tocou com os Whitesnake, fundados por David Coverdale, ex-vocalista dos Deep Purple, e colaborou com George Harrison, David Gilmour, os Nazareth e uma série de outros músicos.

Qualquer dia acordo sem saber onde estão os que me fizeram vibrar e sonhar com um mundo onde só a música valia a pena.

Mário Rui

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Infelizmente eles estão aí!
















Mário Rui

O enterrar dos esqueletos


















Sic Notícias:
A Ministra da Justiça não quis hoje comentar a hipótese da licenciatura de Miguel Relvas vir a ser investigada pelo Ministério Público. Paula Teixeira da Cruz diz que não fala sobre o caso de um colega.
Realmente, a eventual investigação do MºPº a uma licenciatura de Relvas depois do que aconteceu à (não) investigação criminal sobre a falsificação dos diplomas ( dois, o da licenciatura e a da ficha de registo biográfico na A.R.) de José Sócrates  assumiria o ar de pura obscenidade depois do que sucedeu.
O que espanta nisto tudo é o branqueamento que este assunto tem merecido da parte da generalidade dos media que continuam a considerar o assunto Sócrates quase como um tabu e o assunto Relvas o bombo da festa.
Isto apenas demonstra o que tenho por aqui escrito: os media nacionais são uma pura vergonha. Nacional. E basta ver quem manda neles para entender todo o enredo.

in 'portadaloja'

Mário Rui

Critérios que eu não apoio





A mim não me enganam vocês. Abomino tanto as trapalhadas de Miguel Relvas, quanto as vigarices de José Sócrates. Se quiserem só as escolares. Só não entendo é a razão pela qual os que hoje se manifestam em frente à  ‘casa da democracia’, pela demissão de Relvas, o não fizeram igualmente  aquando das sucessivas aldrabices socráticas. Realmente somos um pobre povo. É por isso que me apetece afirmar solenemente que, se pudéssemos convencer os homens maus,  desta grande verdade que é a coerência de cada um de nós, então teríamos um país melhor. Se fossemos coerentes, especialmente os que se manifestam só pelas causas que mais lhes interessam, em vez de o fazerem por todas as que nos prejudicam, então seríamos Portugal. Agora manifestações com dualidade de critérios só fazem de quem as promove gente que, pensando que se ocupa da má governação patenteada por políticos, governos e suas diversas formas, ordinariamente não sabe reger-se e muito menos governar-se a si própria. É gente que afinal se perde na imensidade porque foi formada somente para a localidade. Mais grave ainda é que de facto lhe é permitido escolher a localidade ao sabor da arbitrariedade e da forma como calam umas mentiras e vomitam outras. Assim não gosto do vosso modo de repulsa. Uma situação de repulsa radical, quer ela se chame Relvas ou Sócrates, exige uma revelação colectiva e nunca um fechar de boca para um e uma algazarra para outro. São os dois iguais e assim deveriam ser tratados. Cada um a seu tempo. Mas com igual coerência popular. Com acontecimemtos desta natureza, carregados de incoerências, nós e as gerações que lhes são contemporâneas não vivem esses mesmos acontecimentos – passam por eles.

Mário Rui

domingo, 15 de julho de 2012

A queda da Bastilha

















Só não entendo a razão pela qual este(s)  dia(s) são sempre comemorados com demonstrações de força. Que a efeméride se lembre e perdure, concordo.  A musculada exibição militar em regimes democráticos é que me faz alguma confusão.

Mário Rui

Algemas

Bem gostava Frau Merkl de o fazer. O problema é que a amputados não é possivel colocar algemas.

Mário Rui

O criminoso





































Uma equipa de investigadores ingleses localizou num bairro da Hungria o criminoso de guerra nazi  Ladislaus László Csizsik-Csatary que, como chefe da Polícia Real Húngara para o gueto da cidade eslovaca de  Kosice (Kassa), geriu a deportação para o campo de concentração de Auschwitz de 15.700 judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Aos 97 anos, esta captura só mostra que a coisa mais difícil de esconder é aquela que não existe. A que vive, sempre aparece. Que a justiça funcione!

Mário Rui

Opinadores























Se a história seguisse as opiniões complacentes dos comentadores oficiais dos regimes, nunca teriam ocorrido revoluções. Em qualquer situação há sempre suficientes ideólogos dispostos a afirmar que não é possível nenhuma mudança radical. Se a economia funciona bem, afirmam que a revolução depende das crises económicas; se há crise económica, outros declaram com a mesma confiança que a revolução é impossível de fazer porque as pessoas estão demasiado ocupadas fazendo malabarismos para sobreviver. O problema, para toda esta casta de 'opinadores' é que, estando as pessoas de facto a lutar pela sua própria sobrevivência, nem por isso deixam de estar à espera do rastilho que lhes dê a pedra de toque que as leve a engrossar a fileira dos que vão, mais dia menos dia, fazer nova revolução. Toda a gente que sustenta uma sociedade corroída pela corrupção, pelo desgoverno a que é votada, pelo domínio dos que podem sobre os que lutam por uma vida digna, necessita de ampliar as suas expectativas, não reduzi-las. Não sei quem disse que quando não há evolução, há revolução. Disso se esquecem os tais 'opinadores' e governantes do espectáculo a que assistimos. Cuidado!

Mário Rui

sábado, 14 de julho de 2012

A alegria da revolução




















O primeiro navio com mercadorias vindas de Miami, nos Estados Unidos, para Cuba, chegou a Havana na passada sexta-feira, após 50 anos de embargo económico por parte do EUA.
A embarcação, de nome "Ana Cecilia", estava carregada com material humanitário. A chegada aconteceu com um dia de atraso devido a problemas com a documentação para ancorar no porto de Havana.

O navio, com pouco mais de 90 metros de comprimento e que na sua primeira viagem a Cuba transportava um só contentor, entrou na baía da cidade com uma bandeira de Cuba e uma da Bolívia, já que possui registo no país sul-americano, segundo um porta-voz da companhia International Port Corporation (IPC), empresa encarregada do envio.
O "Ana Cecilia" pretende inaugurar um serviço periódico de transporte de artigos catalogados como ajuda humanitária a Cuba.

Leonardo Sánchez, porta-voz do IPC, disse que a periodicidade dos envios será fixada de acordo com o volume de pedidos que recebam para realizá-los.

Através deste serviço, será permitido o transporte de todos os tipos de mercadorias consideradas pelos EUA como ajuda humanitária, o que inclui um amplo catálogo de artigos e produtos como medicamentos, alimentos, roupas, electrodomésticos, móveis, material de construção, peças de veículos e geradores elétricos.

A maior parte do material é enviada por comerciantes e pessoas comuns que residem no bairro "Pequena Havana", de Miami, e da vizinha cidade de Hialeah, com grande população cubana. Os destinatários dos envios poderão recolhê-la no porto de Havana.

Em Fevereiro  passado completaram-se 50 anos de embargo económico e comercial aprovado pelo então presidente americano John F. Kennedy.

É de assinalar e com satisfação o reatar destas relações ainda que a conta-gotas. O que continuo a não perceber é a razão pela qual,  felizmente,  os cubanos residentes em Cuba podem viajar para os EUA e para todo o mundo. Já os cubanos que vivem em Miami não podem viajar para Cuba.

Será que é esta a filosofia política que norteia um sistema socialista? Mesmo que do outro lado esteja uma plutocracia, o que também não é ‘flor que se cheire’, mesmo assim, compreendo muito melhor esse presidencialismo democrático norte-americano do que as décadas de poder que os manos Castro já levam na sua terra. Quando são sempre os mesmos a governar perde-se inevitavelmente o norte de uma sociedade livre.

Mário Rui

Cada homem vale um universo


















O homem concreto deverá ser o centro, o sujeito e o objeto, de toda a verdadeira filosofia. Só assim a busca de sentido terá algum proveito não lúdico.

Muito se escreveu já sobre a supremacia racional do homem sobre as demais espécies animais, mas talvez, permitam o sublinhado, talvez, o que mais nos diferencie seja o sentimento e não a razão. Amar é uma dinâmica a que nenhum outro animal sequer aspira.

São infelizmente cada vez mais os chamados intelectuais que se revelam como verdadeiros imbecis de sentimentos. Estúpidos de si. Julgam que se deve pensar com o cérebro e afastam-se a si mesmos da possibilidade de se entenderem a si e ao mundo de uma forma completa e profunda. É preciso pensar também com o corpo, com os ossos, com a vida que nos percorre e, com o coração que a faz correr. A ideia de cão não morde, assim como a ideia de homem não ama e, portanto, também não vive.

Passamos boa parte do tempo a construir com as nossas ideias estruturas inteligentes, mas que se fundam em irracionalidades, que, a todo o custo visamos substituir por algo que julgamos mais forte. Pese embora, em paz e longe dos livros e cadernos, sabermos bem que não somos feitos de lógicas.

Muitos são o que teimam em descobrir a linearidade que lhes parece existir na base de cada homem. São capazes de dedicar uma vida a isso, sem amar e, portanto, sem viver; buscando conhecer as quantidades e a geometria da existência, sem se darem conta que respiram e que, a cada respiração, se enchem de mundo e lhe entregam algo de seu, numa troca generosa e mágica... Vivemos uma vida que é única, em que cada instante é irrepetível, pelo que perder um simples minuto é... desperdiçar uma vida.

Todas e cada uma das coisas deste mundo se esforçam por perseverar no seu ser. A vida quer viver. Sempre. Ainda que muitas vezes a inteligência de uns quantos teime em lhes intoxicar a existência.

O singular não é particular, é universal. Cada homem não é um pedaço de nada, nem sequer se divide em partes; cada um de nós é um todo, único, indivisível e completo.

Cada homem é um universo, que quando se extingue, as estrelas, planetas e vazios que lhe dão forma, luz e substância desaparecem deste espaço-tempo. Mas a morte é um buraco negro, que nos leva daqui... para casa.

O homem concreto não quer morrer mas morre. Esta existência, aqui, é finita e, talvez por isso mesmo, ainda mais valiosa. Há, no entanto, mais mundos. Mais vida. Pode bem ser que este mundo seja parte de um todo maior, talvez uma aventura por onde se passa antes de retornar à nossa terra. Uma espécie de porta estranha que se atravessa para chegar ao lugar de onde se terá saído!

Não se consegue fugir da morte. Mas são muitos os que não percebem que a vida é o maior de todos os dons, e por isso fogem dela! Incapazes de compreender que por maior que seja a riqueza de um homem, o mais importante não se pode comprar – apenas se pode receber, generosa e gratuitamente, de quem nos amar. Sem que se apliquem, sequer, as lógicas de expectáveis reciprocidades...

Pensar na morte ajuda a compreender o que somos. A sua proximidade devia fazer-nos sentir mais vivos. Carregamos a nossa morte pela vida. Carregamos a fé de saber que a morte não nos destrói, apenas nos leva daqui...

Valerá a pena pensar, e amar, com o cuidado absoluto de deixar de lado tudo quanto não é senão mera superficialidade. O que sobra, muito pouco, abrace-se.

(publicado no jornal i - 7 de julho de 2012)

Mário Rui

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A Europa jaz, posta nos cotovelos


















A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.

Fernando Pessoa

Portugal-Pin


























Há uma nova epifania – não sei se terá alguma coisa a ver com manifestação divina -  que de há uns anos a esta parte tem ‘atacado’ os políticos portugueses, nomeadamente quando em funções governativas e/ou parlamentares. Trata-se do uso de um pin na lapela do casaco, ostentando a bandeira portuguesa. Se antigamente era usual mostrar o emblema do clube predilecto, hoje parece ser moda a ostentação de outros símbolos. Não vejo mal algum  nisso mas, há sempre um ‘mas’ quando se trata de política, esta recente prática, cheira-me a esturro. É certo que o uso destes adereços foi sempre comum a muita gente e da mais variada natureza. Sem querer comparar o lado estético da coisa, veja-se o exemplo de Laurent Kabila do Congo que usava sempre um barrete vermelho. Kadafi  ficava-se pelo gorro árabe. Kim-Jong-il , esse messiânico democrata da Coreia do Norte, não largava os óculos escuros  mesmo que chovesse a potes e o Sol se escondesse da face da terra. Kumba Yalá, ex-presidente da República da Guiné-Bissau enfiava um barrete à Pai Natal e, fosse qual fosse a razão, nunca mais se destapava. Enfim, são apenas alguns exemplos. Os presidentes americanos, pelo menos os mais recentes, também não deixaram por mãos alheias um certo orgulho, quanto à ostentação do seu símbolo nacional. Se por um lado somos uns copistas, e se calhar somos apenas e só isso, é bom que percebamos das razões que eventualmente tenham estado na origem  deste novo ornamento. Será por orgulho, será para motivar outros a um patriótico sentido de Nação? Não tenho respostas muito acertadas para o facto mas temo que este estilo, por começar a ser exagerado, se acabe tornando ridículo. Já lá vai o tempo em que um qualquer político, mesmo os aspirantes a tal condição, se ornamentavam com gravata monocolor. Depois todos lhe seguiam o gesto e era vê-los de “bacalhau” azul, vermelho, rosa, mas tudo sem pintinhas, não fosse a ‘pinta’ borrar a pintura… Será que com o dito pin estaremos na mesma periclitante conditio sine qua non e, desse modo, dificilmente se subirão os degraus que levem a um certo estatuto quando não respeitada a condição pin? Portugal é muito de modas, como o são outros países. Quando falamos de moda estamos a falar de um mundo amplo, muito complexo e muitas vezes de contornos pouco claros. Moda, pode, e é de facto, uma forma de nos integrarmos na sociedade ou de pertencermos a um determinado grupo. “Estar na moda é algo mau?” Não! Afinal, todos nós, de certa forma, estamos dentro de um contexto social e, consequentemente, usamos uma moda. No entanto, não é justo que percamos a nossa liberdade – e também o nosso dinheiro – para obedecer à ditadura da moda. Não é justo que uma pessoa, influenciada pela propaganda, gaste além do que pode para se sentir melhor e tentar ser mais “feliz”. E se a moda vem dos políticos, então a coisa torna-se um pouco mais perceptível. Acho eu. Sim, é que pode ser só uma moda da consciência e do discernimento e estes dois atributos, em tais mãos,  são coisa que pode dar para os dois lados. Má ou boa consciência e pouco ou nenhum discernimento.  Já dizia São Paulo “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”. Cuidado com a moda-política.

Mário Rui

terça-feira, 10 de julho de 2012

Profissão: Ex-ministros (ou Cosa Nostra à portuguesa)




E que todos os dias se vão adicionando mais e mais solidários e responsáveis actos de quem tem enriquecido à custa dos parolos, que somos todos nós. Que este modo de estar e ser seja um fenómeno eterno que sempre proteja quem nos degola. Mi...nto? Não! Só quero votar todos os dias. De modo a que a sociedade corroída pelo ácido que tem vertido sobre nós, a sociedade científica que tudo executa e que nos aponta o caminho celestial, vá a pouco e pouco tremendo com a febre do orgulho, com os vorazes apetites por tudo o que a eleva à condição de novo-riquismo e, assim, quando se gastar o efeito das suas tão belas como enganadoras e lenitivas palavras e actos acerca da “dignidade humana” e da “dignidade do trabalho”, se encaminhe para um desastroso aniquilamento. É o castigo que merece essa sociedade, ou antes saciedade? É essa a razão pela qual sofro interiormente. Não poder votar todos os dias. E para descargo da minha própria consciência, já que não voto diariamente, também não quero viver com muitos destes homens à minha volta. Sabem porquê? Porque nesse rol há muitos com muito cio. Bendita seja a louvável, humilde e honrada pobreza!

Mário Rui

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Best Spanish Guitar Ever

Recreações espanholas


















Realmente a inteligência é quase inútil para quem não tem mais nada.

Mário Rui

domingo, 8 de julho de 2012

Londres 2012






































Os Jogos Olímpicos surgiram há cerca de 2700 anos A.C. na Grécia antiga, como uma espécie de armistício entre lutas territoriais. De 4 em 4 anos, todas as guerras entre as cidades estado gregas cessavam, as armas eram depostas e trocavam-se os campos de batalha pelos estádios olímpicos. Representava uma época sem política, sem batalhas, apenas de culto aos deuses nas provas desportivas. Após a ascensão do Império Romano e o crescimento das suas ideologias, relacionadas com o fanatismo religioso extremista dos seus imperadores, onde se destacou Teodósio X, os templos, até então sagrados, onde se celebravam os jogos foram queimados e os mesmos caíram quase no esquecimento. Foi já em pleno século XIX, que Charles Pierre Fredy, o barão de Coubertin, conseguiu que renascessem das cinzas as “novas” olimpíadas, não sendo mais interrompidas. Com o início da chamada Era Moderna dos Jogos Olímpicos, recuperou-se o espírito e a tradição olímpica grega, numa clara tentativa de minimizar as diferenças sociais e culturais entre nações, aproximando-as através da concórdia, do espírito de conquista e da competição desportiva. Por muitos considerado o evento desportivo de maior importância e visibilidade em todo o mundo, os Jogos Olímpicos, carregam em si o simbólico espírito olímpico, manifesto na simples tocha olímpica, que na sua volta pelo mundo simboliza a união dos povos, o fim provisório das guerras e a união em torno de um espírito de irmandade humana e desportiva que se acredita trazer à superfície o que de melhor tem a natureza humana. Como fenómeno mundial!

É pena que todos estes ideais nem sempre se cumpram. De todo o modo, o que se espera é que Londres possa de alguma forma, nem que seja apenas em pensamento, transformar-se no centro mundial da sã convivência. Ainda que as guerras não se interrompam e as vicissitudes deste nosso tempo não se regenerem, fica o espírito. Pode ser que sirva de temporária reflexão. Já não será mau.



Mário Rui

As Aproximações

















Tantas e tais coisas se tem cometido naquilo a que se convencionou chamar o campo da política, e que não é, grande parte das vezes, mais do que uma livre carreira deixada a todos os impulsos da ambição ou do desejo de domínio, que hoje, aos olhares da maior parte das pessoas, a política aparece como alguma coisa inteiramente afastada dos caminhos da santidade.”


Agostinho da Silva, As Aproximações, 1960


A Política tem que tornar a ser o campo dos “monges-soldado” de outras eras. O prémio pecuniário, a recompensa financeira devem ser mínimas e todas as formas de “recompensa” após o termo da carreira política, em grandes empresas ou corporações, devem ser banidas.

O político deve sê-lo por convicção, não porque tal carreira signifique um bom salário ou segurança no Trabalho. Não são os mais ambiciosos que devem ser atraídos pela Política, mas os mais abnegados e preocupados com o Bem e o Interesse Publico. Eles existem, de valor e em numero suficiente, mas hoje não conseguem ascender nos Partidos porque os seus aparelhos estão bloqueados por camadas sucessivas de Boys e Boyas que impedem qualquer ascensão por mérito e reservam todas as prebendas e tributos aos seus. A renovação não deve assim verificar-se somente no sistema político e administrativo… deve ser também interior aos partidos, que se devem desaparelhar e transformar em grupos de voluntários, desinteressados e motivados apenas pelo Bem Comum.

Mário Rui

sábado, 7 de julho de 2012

Rolling Stones














O suspense em torno da comemoração oficial dos 50 anos dos Rolling Stones só aumenta. Depois de reconfigurar o seu icónico logo, lançar discos ao vivo e preparar uma biografia, a banda anunciou que participará na abertura de uma exposição comemorativa em Londres. A informação é da revista "Rolling Stone".

A mostra fotográfica será inaugurada na The Somerset House no dia em que a legendária banda de rock britânica se tornará oficialmente cinquentona, em 12 de Julho, data do primeiro show dos Rolling Stones na casa nocturna londrina Marquee Club, em 1962.

Registos fotográficos de shows, bastidores e sessões em estúdio documentam a história da banda nessa exposição, que será aberta ao público no dia 13 de Julho e ficará em cartaz até 27 de Agosto, com entrada gratuita.

"Esta é a nossa história de 50 fantásticos anos", disse a banda em nota oficial. "Nós começamos como uma banda de blues tocando em casas noturnas, e recentemente lotamos grandes estádios no mundo com o tipo de show que nenhum de nós poderia imaginar naquele tempo."

Um livro comemorativo intitulado "The Rolling Stones 50", assinado pelos quatro integrantes, Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood, também será lançado na data especial.

A banda também teve seu logo --a famosa boca vermelha com a língua de fora, originalmente desenhada por John Pasche em 1971-- adaptado por Shepard Fairey, artista que assina o famoso poster "Hope" da campanha eleitoral de Obama. À ilustração, foi incorporado o número 50, que substitui as letras "s" e "o" da palavra Stones.

De acordo com a revista "Rolling Stone", o quarteto considera fazer um show para celebrar a longa jornada ainda este ano.

Mário Rui

Moliceiros revoltados (COM VIDEO)























Moliceiros revoltados (COM VIDEO)

O que se poupará em manter viva a história de um povo e de uma região, talvez sobre para construir mais uma rotunda. Tanta falta nos fazem estas últimas que, se não vier outra, estaremos definitivamente condenados ao atraso civilizacional da nossa terra. São estas medidas que deveriam levar à sublevação do espírito, e não só, dos que sempre deram a alma pelo corpo, como diz o Pedro. O verdadeiro possuidor desse tesouro que se chama História, torna-se cada vez mais sensível às subtilezas do sofrimento que lhe infligem e, um dia , essas subtilezas somadas a tais sacrifícios, hão-de resultar na definitiva maneira de todos nos livrarmos de tanto jogo político. Senhores, há um povo que já há muito começa a estar manchado de servidões deste género. A justiça poderá tardar, mas virá. Um dia...


Mário Rui

The more i look back on my life, the more i see miracles.

 

 

 

 

 

 








(Clicar na imagem para aumentar)

"The more I look back on my life, the more I see miracles"

 

Mário Rui