terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O que convém


António Costa. "Vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha". O líder socialista elogia o povo grego, que "resistiu a todas as pressões". E defende que os outros países devem seguir a mesma estratégia contra a austeridade. Syriza venceu as eleições deste domingo. .(LER AQUI)

Jornal Expresso – 27 Jan. 2015
 
Resultados por si só esperados face à situação social e económica vivida na Grécia. Em todo o caso, se alguns políticos se mostrassem mais sérios nas suas divagações de interesses, estariam hoje certamente a perguntar o que há de errado com a praxis adoptada quer na leitura do que convém, quer na omissão das leituras do que não convém. Como não o fazem, então adianto eu que além de se declarar o que se quer provar, é preciso é declarar o que não se quer provar, pois de vida política activa pitoresca e cheia de curiosidade poética estou eu farto. Ah, já alguém ouviu falar na torrefação do Movimento Socialista Pan-Helénico, mais conhecido como PASOK, nas recentes eleições gregas? De facto, quanto menos um homem conhece a respeito do passado e do presente, mais inseguro terá de mostrar-se o seu juízo sobre o futuro.


 
Mário Rui
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Prisioneiros do Holocausto


«… talvez estes poderes obscuros também tenham tido a sua quota-parte de influência no êxtase desenfreado em que tudo se misturava. A alegria do sacrifício e o álcool, o prazer da aventura e a pura fé, a magia arcaica dos estandartes e dos chavões patrióticos neste êxtase de milhões. Sinistro, quase impossível de descrever por palavras e que num dado momento incutiu um impulso selvagem e quase arrebatador ao maior crime da nossa época»

In “O Mundo de Ontem” de Stefan Zweig



Mário Rui
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Auschwitz, há 70 anos.




Com a libertação dos prisioneiros de Auschwitz, há 70 anos, o mundo conhecia o horror.

Perderam a vida entre 1940 e 1945 no complexo perto de Cracóvia, no Sul da Polónia, cerca de um milhão e cem mil pessoas.


 
 
Mário Rui
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24 de Janeiro de 1965 - Morte de Sir Winston Churchill



Winston Leonard Spencer Churchill nasceu prematuramente a 30 de Novembro de 1874, em Blenheim Palace, Oxfordshire, na Inglaterra. Depois de uma carreira militar de pouco sucesso, incluindo o fracasso da Operação Dardanelos, em 1915, durante a I Guerra Mundial, veio a destacar-se como um dos maiores estadistas da história. Nomeado primeiro-ministro em 1940, o seu nome ficou indelevelmente ligado às vitórias que a Grã-Bretanha conseguiu na II Guerra Mundial, ao comandar a resistência europeia contra a Alemanha nazi. Embora o sucesso da vitória seja incontestável, Churchill não teve o apoio necessário dos ingleses, quando tentou a reeleição, e foi derrotado pelos trabalhistas nas eleições de 1945. Retornou ao poder em 1951, ano em que foi premiado com o Nobel da Literatura pela publicação das suas memórias. Em 1955, retirou-se da vida política. Morreu em Londres, em 24 de Janeiro de 1965. Cinquenta anos após a sua morte, é caso para afirmar que os dedos de uma só mão chegam para contar outros tantos que se lhe igualaram. E que falta fizeram, e fazem, à velha Europa.
 

Mário Rui
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Quase tudo é singular em democracia

Syriza vence mas sem maioria absoluta. Neonazis são os terceiros mais votados - Globo - DN#.VMVZvBvxH2o.facebook#.VMVZvBvxH2o.facebook#.VMVZvBvxH2o.facebook#.VMVZvBvxH2o.facebook


Bom, dizem que a democracia é a matriz e o receptáculo final da vontade popular. Dizem, mas às vezes a coisa não funciona assim tão bem e lá aparecem os suplícios em lugar dos prazeres. A Grécia, hoje, segundo o partido vencedor das eleições, votou pela saída dessa redoma de tormentos e preferiu pensar que aquilo que é encorajador, pode ser verdadeiro. A democracia funcionou e, na defesa das regras do jogo, há que aceitar o resultado pois é a soma de decisões colectivas, na qual está prevista e facilitada a ampla participação dos interessados. Quanto ao futuro, tempo de difícil reconstrução e confusas esperanças, digo eu, logo veremos o que pode a Grécia ganhar. Se eventualmente não vier a conquistar o que espera, para um regime democrático, o estar em transformação é o seu estado natural. Boa sorte para os gregos. Ficaremos atentos à infinidade de futuros que agora começam.

 
Mário Rui
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