segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

'USA Drones'

















Pelos vistos está aí o século da vista aérea. Sem humanos, mas com vigilância panorâmica. Umas vezes para fins pouco nobres, muito discutíveis, outras nem por isso. É o século XXI que começa a despertar para as maiores esperanças já concebidas. O que se espera é que sirva para o avanço da ciência, das artes, da política, do conhecimento, da educação, mas também do progresso moral. Sem guerras, destruição ou desrespeito pela condição humana.

Estes são os ‘drones’ (aviões não-tripulados) que a Amazon, a maior empresa de comércio eletrónico do mundo, com sede nos Estados Unidos, começou já a testar para fazer entrega de encomendas aos clientes, segundo informou o director-executivo da empresa, Jeff Bezos.

Os aparelhos, designados por Octocopters, podem entregar pacotes com peso até 2,3 quilos, 30 minutos após serem encomendados.

O serviço, no entanto, deverá demorar cinco anos para entrar em operação sendo que a  Administração Federal de Aviação Americana (FAA) terá de previamente aprovar a utilização destas pequenas aeronaves para actividades civis.
 
 
 
Mário Rui

‘Rainha D. Amélia – uma biografia’

 






































Para quem gosta de História, aí está um pouco da muita que preencheu quase 900 anos de Portugal. País moldado pelos Romanos depois pelos Visigodos e a seguir pelos Mouros, Portugal foi reconhecido como um reino independente em 1143 em pleno reinado do Rei Afonso I e, com a ajuda dos militares cristãos, os últimos redutos do poderio árabe foram derrotados por volta de 1249.
D. Amélia de Orleães, mulher de D.Carlos, foi a última rainha de Portugal, sendo o seu perfil traçado nesta obra - com a consulta de todos os seus diários, e que inclui fotografias inéditas - desde que conheceu o Príncipe herdeiro D. Carlos até aos últimos dias, no seu palacete de Belle-Vue, em Chesnay, nos arredores de Paris.
 
 ‘Rainha D. Amélia – uma biografia’, de José Alberto Ribeiro
Sinopse:
«Nunca compreendi o que é que se passou no Terreiro do Paço. Porquê tanto ódio, tanto sangue? Porque é que fizeram aquilo? Eu que não pensava a não ser no bem do meu povo?...(...) Foi necessário eu sofrer tanto para que vocês me amem tanto, mulheres do povo. Vós, mulheres, viúvas como eu, que eram jovens quando eu também era jovem, ofereceram-me flores e lágrimas… Quem sabe se quando fizer a minha última viagem a Portugal elas me irão oferecer flores de novo?».
Amada por uns, odiada por outros, D. Amélia de Orleães, a última rainha de Portugal, viveu num mundo em grandes transformações políticas, sociais e culturais. Princesa de França, mas portuguesa de coração, assistiu ao assassinato do marido e do filho, príncipe herdeiro, a tiro de carabina em pleno Terreiro do Paço e ao fim da monarquia num país que a havia acolhido com entusiasmo. Rumou ao exílio primeiro em Inglaterra depois em França, viveu a Primeira Guerra Mundial, resistiu contra a ocupação nazi, recusando deixar o país que a acolhera e que também era seu. Contudo, apesar da tragédia que marcou o seu quotidiano, D. Amélia orientou a sua vida pela divisa que escolheu para si: Esperança. José Alberto Ribeiro, diretor da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, um apaixonado pela figura desta rainha alta e de personalidade forte, traz-nos uma biografia reveladora de factos e acontecimentos até agora ignorados ou silenciados sobre a sua vida. Após anos de pesquisa em arquivos nacionais e estrangeiros, nomeadamente no Arquivo Nacional de França, em Paris, da leitura dos diários privados da rainha, escritos ao longo de 65 anos, desde que chegou a Portugal até ao fim dos seus dias, o autor reconstituiu a vida e o quotidiano de D. Amélia. Da sua infância, passando pelo seu casamento, a relação com D. Carlos e com os filhos de quem sempre foi uma mãe extremosa, os dias comuns e os dias de grande gala, os seus gostos, a sua curiosidade pelas novidades da ciência, pela cultura e as suas ações de solidariedade, passando pelos seus desencantos e tristezas, o exílio forçado, o calvário da morte de mais um filho, D. Manuel, as questões de sucessão do trono português, e a sua relação de correspondência com António de Oliveira Salazar que a convida a visitar Portugal. A rainha deixou expresso que após a sua morte estes diários deveriam ser queimados, o que não veio acontecer. José Alberto Ribeiro foi o único historiador a ter acesso, na sua totalidade, a estes diários, bem como a um conjunto de imagens desconhecidas que são reproduzidas nesta biografia amplamente ilustrada. D. Amélia morre a 25 de outubro de 1951, na sua cama gravada com as armas de França e dos Bragança. Tinha então 86 anos. As suas últimas palavras foram: «Levem-me para Portugal, adormeço em França mas é em Portugal que quero dormir para sempre. No presente, Deus está comigo.»
 
Mário Rui