domingo, 10 de fevereiro de 2013

O ‘zapper’ deste tempo atmosférico
























A  triste figura de ‘zapper’ deste tempo atmosférico que vamos vivendo, não deixa lugar a escolha minimamente segura. Mudando com frequência de cara,  o que nos deixa com persistentes dúvidas quanto ao amanhã,  tudo o que nos oferece é a obrigação do fazer, construíndo, mas sem marcar rasto do certo. O dia seguinte tanto pode ser  estrutural como simplesmente desestruturante. Ainda assim há gente que, louvavelmente, continua a desenvolver qualidades de energia, de constância e auto-imposição que , mesmo quando derrotadas,  mais não representam senão uma vontade que se impõe como um objectivo. A esta prole, designo-a  eu a do ‘heroísmo do colectivo’. A que, muitas vezes e com mão invisível,  dá aos outros  muito do seu esforço desinteressado e se afirma como sendo fonte de alegria, direito natural das pessoas, onde multidões vão beber. Nem que seja por breves instantes, o bem-estar ou nada! Lamento as caretas do S.Pedro. Desta vez não foi amigo. Não deixou que acontecesse Carnaval. Espero que o escuro dia de hoje se possa retratar na próxima terça-feira. E só o pode fazer de uma maneira. Restituindo a Estarreja, e aos demais, este código genético, identitário, da nossa comunidade. Pode traduzir-se tão-só em raios de Sol. Quanto à prole do ‘heroísmo do colectivo’, apenas devo dirigir-lhe elogios pelo trabalho feito e dizer-lhe que a vida tem um valor sem par para os que a sabem gozar e apreciar.  Pode ser já além-de-amanhã. Parabéns a todos os que hoje não desfilaram.

Mário Rui