domingo, 5 de abril de 2020

Páscoa 2020


Ainda que a preto e branco, trocando beijos por ventiladores, abraços por curas e apertos de mão por vacinas, tudo generosidades que motivam os nossos mais profundos anseios de hoje, aqui fica a vontade de que esta seja uma Páscoa de esperança para todos, de modo a que, juntos universalmente, possamos um destes dias ter um país, um mundo, onde as situações de epidemias sejam apenas narradas no pretérito em vez de sucedidas no presente. Só mais uma pequenina coisa - a esperança, outra vez. Mas aquela que se lança de peito aberto ao combate da vida. Que ninguém desanime! Fiquem bem, todos!



Mário Rui
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Estarreja d'outrora (Av. Visconde de Salreu)





Mário Rui
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3.º Congresso da Oposição Democrática

 
3.º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro-Abril 1973

Organizado pela oposição democrática ao regime do Estado Novo, realizado em Aveiro entre 4 e 8 de Abril de 1973.

O congresso foi um momento de viragem na política portuguesa e na estratégia da oposição, unindo as várias correntes ideológicas, políticas e democráticas.

Teve lugar no Cine-Teatro Avenida e, em paralelo, ocorreu uma manifestação pacífica em direcção ao túmulo do escritor Mário Sacramento, na qual a polícia de choque carregou sobre os manifestantes fazendo vários feridos.



Mário Rui
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Chhina, China. Até quando?


Criação, comércio e consumo de animais selvagens nos mercados da China. É lá que nascem todos os surtos de coronavírus? (LER AQUI)

A criação, comércio e consumo de animais selvagens surgiu para responder à grande fome. Agora, é uma indústria só para ricos e levou ao tráfico de espécies protegidas. Mas será origem dos surtos.



Mário Rui
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Crónica de um vazio anunciado ou de como nunca imaginámos o que se vê, ou não se vê.









Crónica de um vazio anunciado ou de como nunca imaginámos o que se vê, ou não se vê.
Mas vê-se pouco. E aquilo que a vista alcança por não termos portas adentro coisa que nos distraía de pensares chatos, é também algo não tão lindo quanto aquilo que se quer. O mundo mudou, ainda que não seja nada mister mudá-lo assim. A rua está vazia, já nem os humanos lhe podem participar os passos das suas ousadias. Digo as coisas à moda velha; qual é o jeito destes ‘becos’ sem graça, se não deva antes perguntar quais sejam os maus modos do novo inimigo que nos tranca em casa, nos tira do passeio, sem escrúpulo nem decência. À moda amável da nossa meiga terra, merecíamos este castigo de solidão, este chão que não se pisa? Mundo, mundo, bicho, bicho, julgas que assim adornas o serviço social do dia ou da noite? Não, assim não fazes vindima que cative lagar. Tem maus bocados a vida, a nossa, sobretudo quando o bicho decepa o melhor de uma ambição íntima e secreta. Daí os que já partiram nos minutos de vidas desesperadas. Honramo-los pela luta, estamos tristes por esse derradeiro poente. Mas, bicho, o primeiro passo de convalescença dos que ainda estão no leito, como também dos que se aferrolham em casa para te não olharem para essa cara de diabo, pode chamar-se resiliência ou tédio. É como queiras. Mas fica certo do que te digo; gradualmente passará a chamar-se indiferença e as ruas hoje tão secas de infinito ficarão de novo ruças de tantas solas vistas. A compleição do bruto, do ladrão do tempo, a tua, bicho, há-de ficar-se pela triste lembrança, apenas. E, nesse dia, quem vai aproar a grimpa, somos nós. Será maneira de nunca mais falarmos de vazios anunciados, nem de mundo boquiaberto pelo que se vê, ou não se vê. Nem que fiquemos no mesmo balancé por mais algum tempo, havemos de atravessar a avenida!




Mário Rui
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No céu de Portugal


No céu de Portugal. Talvez seja bom prenúncio. Afinal a esperança faz sempre parte da bagagem de quem espera por melhores dias.
Créditos da foto: Ana Catarina Lourenço.



Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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1 de Abril de 2020


1 de Abril de 2020

No dia das verdades, só imagino o fim de uma pandemia. O dos boatos é que é o das mentiras. Que tal dia nunca mais se repita!




Mário Rui
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Torre Eiffel – 131 anos (31 Março 1889 – 2020)





Os trabalhos de construção, iniciados em 28 de Janeiro de 1887, contaram com a participação de 300 operários e demoraram dois anos e dois meses. Projectada por Gustave Eiffel, foi inaugurada a 31 de Março de 1889, para assinalar a Exposição Mundial de Paris que decorreu no ano do centenário da Revolução Francesa.



Mário Rui
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E com sentido!


Créditos da imagem: Carlos Nóbrega (Tiago), Estarreja.

E com sentido porque já faz tempo que não caminhamos juntos! Obrigado, Nóbrega.



Mário Rui
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Na China, mercados voltam a vender morcegos e a esfolar animais no chão


Pergunta-se; mas ninguém repara nisto? (LER AQUI)

Afinal onde pára o cérebro de ver? No mínimo, esse. Do outro, o de pensar, já eu tinha percebido que dele só resultou o recrudescer da já de si desamparada miséria deste mundo. Trouxe trevas que nos encheram de escuridão. Pergunta-se; mas ninguém repara nisto? Mas quantas mais vezes vamos entrever, destes sítios obscuros e remotíssimos, uma imagem assim? Mas quantas vezes mais temos de chamar por uma réstia de luz, uma esperança de podermos saber tudo o que por lá se sabe, e aqui se ignora? Será que por lá ninguém consegue novas inspirações, e cismando, para a vida, novos rumos? Será isto gozar com os agora transidos de cuidados e pesadumes do lado de cá? Num amplexo de todos, gostávamos era de nos juntarmos sadiamente. Por cá. Por aí, se não há quem sinta, ou não queira sentir, as existências repentinamente decepadas por tão bizarras tradições, pois guardem-nas bem guardadas no vosso ambiente. Chega, e é altura de vos dizer que bem podeis meter num sítio que eu cá sei toda a vossa riqueza, sabedoria, costumes, solidariedade de avião, e o que mais quiserdes. Esgota-se-me a paciência, o silêncio em volta do que vejo. E o resto do mundo, o mundo dos que podem, hirto e mudo, nada faz. Não obstante o morticínio, fomenta a negligência desta bizarria. A minha ira, oportuna e necessária, não fará o específico da cura. Eu sei que não. Mas porra! É a hora das responsabilidades, a hora da conta e do castigo. Não a hora de cobrir o chão de mais vítimas e destroços. Haja quem mande nesta batalha, haja quem acabe com estes borbotões de inconsciência donde brotam essas erupções. Já começo a desconfiar se não será a ganância subtilmente congeminada, pelo que quer seja, a traçar este tão triste destino. Uns, querem-nos mal, e fazem-nos bem. Outros, dizendo dedicar-nos o bem, só nos trazem o mal. Abram todos os olhos e escolham o que querem. E, não sendo eu de teorias da conspiração, hipóteses e sistemas, com princípios, teses e demonstrações, chegou o momento de, perante tantos morcegos, escorpiões, cães e gatos, me pôr, sobre este assunto do momento, juntando os que à mesa permitem tanto bicho, à fala com a minha consciência. Se isto na China também é avanço, que se feche então o cardápio dessa ciência e folheemos nós o da experiência.



Mário Rui
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Central Termoelétrica de Setúbal



As chaminés morrem de pé, ou as chaminés também se abatem?

200 metros de altura cada e 42 anos depois



Mário Rui
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Sinais do tempo






Mário Rui
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FIQUE EM CASA!


Se todos os meios levassem ao comportamento defensivo de cada um, e em particular ao dos que não se querem adaptar às novas circunstâncias, preferindo antes o grande festim da anormalidade social d´hoje, até eu me transformaria em cartaz onde se pudesse ler – “É MUITO MAIS FÁCIL PENSAR DO QUE SOFRER!”. Cuidem-se.



Mário Rui
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Por aí







Mário Rui
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Apenas trocaria "informação", por "alguma imprensa"




Sem qualquer intenção de criar mais ruído, muito agradeço a quem me explique o que é isto, e num lapso de cerca de 3h. Se eventualmente ninguém o conseguir fazer, então fico com a ideia do Zygmunt Bauman;

“O pesadelo da informação insuficiente que fez nossos pais sofrerem foi substituído pelo pesadelo ainda mais terrível da enxurrada de informações que ameaça afogar-nos, impede-nos de nadar ou mergulhar. Como filtrar as notícias que importam no meio de tanto lixo inútil e irrelevante?”

Apenas trocaria "informação", por "alguma imprensa". Talves ficasse melhor!



Mário Rui
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