segunda-feira, 28 de maio de 2018

Abantesma? Quem?


Real Madrid é tricampeão europeu. Loris Karius é uma abantesma (jornal SOL de 26 de Maio de 2018)
Abantesma? Quem? O guarda-redes ou o “jornalista”? Vou por este último já que em ciências “jornalísticas” parece-me demasiado bronco por livre vontade. Dele e desta pérola da imprensa que dá pelo nome de SOL. Sempre com o dedo no gatilho da asneira! Parece o Correio da Manha (sem til no “a”).

No Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
 
a·ban·tes·ma |ê|
(latim phantasma, -atis, do grego fántasma, -atos)
substantivo de dois géneros
 
1. [Informal]  Aparição de uma pessoa morta ou da sua alma. = AVEJÃO, ESPECTRO, FANTASMA
2. [Informal]  Pessoa ou objecto assustador, disforme ou demasiado grande.
 
 
 
 
Mário Rui
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Carro cai na Ria de Aveiro e faz vítima mortal


Em 23 de Março de 2015, escrevia assim. Hoje, 27 de Maio de 2018, ainda é como então. (LER AQUI)

Continua a sacrificar-se o porto do destino aos acasos da derrota, e por isso o porto não se atinge e a viagem segue incerta, indecisa, à mercê do que não se fez e não se faz por gente que nem sequer se atreve a fitar em cheio, pupila a pupila, o que há a fazer!
Gostaria de não ser tido, pelos outros, como alguém que só vislumbra fantasmas na própria sombra, alguém que só vê coisas erradas a partir da minha própria consciência. Gostaria pois que assim fosse já que, podem estar certos os meus amigos, ler equações ao contrário nunca foi o meu forte, daí que nunca me tenha dado para reduzir o realismo a meras imagens fictícias mas, ao invés, continuar a crer que tudo o que me resta é o mundo tal como o experimento. Vem isto a propósito do que aconteceu há dias na estrada que liga a vila da Torreira a S. Jacinto-Aveiro, troço que assistiu a mais uma tragédia quando um automóvel e ocupantes foram engolidos pela Ria de Aveiro. Bem sei que o acidente está sempre à espera de uma oportunidade, ainda que algo seja feito na esperança de o evitar. Mas também sei que muitos conhecedores dos riscos que qualquer estrada comporta, e nomeadamente o troço antes referido, olharão mais intensamente para as coisas que fazem o ego gordo e grande do que propriamente para os amparos que deveríamos ter para guiarmos a nossa jornada. E é esse ego egoísta que não deixa aguçar a atenção aos pormenores cruciais. Assim vista a coisa, de bom grado trocaria rotundas incansáveis, mecos fosforescentes sem fim, centenas de postes de iluminação que nunca deram luz, pistas cicláveis delirantes e excessivas, pegadas elefantinas de outros devaneios, tudo isso eu trocaria por mais uns quilómetros de resguardos que preservassem a nossa existência, acautelando assim, ou evitando mesmo, os golpes da vida. E se poupassem uma só vida que fosse, já ficaria contente por não se tratar de vã pretensão e feliz estaria com a consciência dos que procedem bem, desprezando assim toda a “assistência” dos objectos supérfluos em lugar dos que fazem verdadeiramente falta. Essa é que deveria ser a voz do orgulho e em estrada de vida que há tantas décadas reclama mais protecção - amigos tive, já no século passado, que por lá ficaram suspensos ante o precipício - suprimentos destes reduziriam de certeza essas fantasias que por aí grassam à insignificância que as caracteriza. Mas enfim, enquanto o ‘progresso’ se confundir com essa feira das vaidades, vai ser difícil perseguir atinadas transformações.

 

Mário Rui
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