Alone Together

Mário Rui

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O fole do homem

O fole do homem que corria atrás de nós na certeza de ser um gaiteiro. E depois, como não gostar de música?

Mário Rui
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Há futuro? Há, se todos abrirmos um pouco a cortina

E talvez agora fosse altura de nos concentrarmos, todos, mas mesmo todos, na defesa da vida humana. Agora é altura de nos deixarmos de activismos políticos de sofá, e tentarmos separar uma coisa da outra, cuidadosamente. Se tivermos de criticar alguém, ou algumas coisas, haverá certamente melhor ocasião para o fazermos. Por ora, tudo quanto há de ruído nas opiniões, nos juízos, nas atitudes menos pensadas, tudo quanto há nas ideias subitamente formadas, até tudo quanto há pelo que se não diz, deve ser passado a segundo plano. Tente fazê-lo – veja o que resta. Tente fazê-lo, e, quando acabar, acredite em si e nos outros que lutam por si. Melhor ou pior, tente apenas fazer algumas perguntas pouco usuais, mas com ar muito casual. Tente, por exemplo, perceber, com um sentimento muito claro, o que pode fazer para ajudar à situação. O medo que experimentamos em face da realidade actual, da realidade exterior, mas sobretudo da nossa própria realidade interior, só nos pode dar bons motivos para ultrapassarmos esse temor e suprir as nossas deficiências ainda excessivamente presentes. E esse pequenino esforço de aproximação à realidade, mesmo que lento, mas persistente, talvez seja a nossa mais preciosa conquista das últimas décadas. Vamos lá a um lugar (já) comum; J.F. Kennedy, 35° presidente dos Estados Unidos (1961–1963), disse um dia; “não perguntes o que pode o teu país fazer por ti, mas pergunta-te o que tu podes fazer pelo teu país”. Chega, ou não? É que a força de uma nação também está no seu povo. E se alguém houver que não queira, ou não possa alargar a razão do coração, pelo menos que dê largueza à compreensão. E que ninguém adie para as calendas gregas o dever de perguntar o quão pouco custa cada uma dessas abnegações.

Mário Rui
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Como seriam as capas dos discos se a pandemia tivesse acontecido noutros tempos.

Mário Rui
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Nunca julgámos possível chegar a este estado. Mas estamos lá, infelizmente.

Mário Rui
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Agora já só falta povoar ainda mais os cemitérios

Agora já só falta povoar ainda mais os cemitérios. (LER AQUI)

E será então chegada a altura de cada funeral representar uma sentida homenagem a estes contratos, a esta gente que os assinou. E quando menos se esperar, proponho ainda que façamos cair em casa de cada um deles, uma Portaria de louvor pelo que subscreveram. À vista disto, só nos resta esperar por mais obras-primas desta natureza, desta força de solidariedade, lamentando apenas que, atrás do grotesco destas patifarias, esteja uma coisa muita séria, muito grave, muito triste; a ruína de um país, o fim anunciado da ética nacional, o doloroso castigo dos que ainda estão vivos. Sacanas! E não há outro modo de encarar tão famélico e escabroso assunto.

Mário Rui
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Jogos Olímpicos 2020

“Os Jogos Olímpicos foram adiados para 2021, mas não “depois do verão de 2021”, eis a decisão tomada nesta terça-feira pelo Comité Olímpico Internacional”.

Mário Rui
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Astérix

D.E.P.

25 de Abril de 1927, 24 de Março de 2020

Morreu o mediático ilustrador francês Albert Uderzo que criou, em parceria com René Goscinny, o personagem Astérix.

(e que jeito nos faria agora um barril de poção mágica ... ...)

Mário Rui
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ALISTE-SE! O PAÍS PRECISA DE SI!

Mário Rui
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We will survive.

Com o One World Trade Center como pano de fundo, o sinal mostra um alerta de emergência na cidade de Nova Iorque – EUA. É caso para dizer que relativamente à erradicação do vírus, o esforço para levantar um pesado edifício, não requer tanta força e dedicação. O que mais podemos fazer para o matar? Há uma meta, sem dúvida, e há-de haver ainda um caminho. Por agora, devemos apenas evitar todos os hábitos que nos extraviam desse caminho.

Mário Rui
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Por aí

Mário Rui

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Desanuviemos um pouco

De facto não estávamos nada preparados para o teletrabalho, não obstante termos sido dos primeiros países da Europa a enquadrar, em 2003, o regime de trabalho à distância na sua legislação laboral.

Mário Rui
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Flores de esperança

Flores para os que não se afastam drasticamente da realidade. Flores para os que lutam contra o diagnóstico das impossibilidades. E cada uma destas imagens devia ser um mundo, um mundo de profundos ensinamentos sobre a vida, sobre o resto dos nossos sentimentos.

Mário Rui
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Olímpicos 2020

O Campeonato da Europa de Futebol masculino já foi adiado para o Verão de 2021. Quanto aos Jogos Olímpicos de Verão- Tóquio 2020, mesmo que eventualmente não se venham a realizar, convirá assegurar a ligação dos anéis. Elos, dão sempre sentido à vida!

Mário Rui
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Coronavírus. Todavia, é não acobardar!

Mudámos a semana. Já não temos sete dias e tudo se resume a um. Chama-se emergência e assim estamos persuadidos de que o mundo termina na curva onde o corredor desce até à sala. De quando em vez ouvimos o silvo do comboio fazendo-nos pensar nas estações onde pára, naquelas que são sempre primaveras, na cidade e em outras maravilhas. Hoje, ter uma primavera quer dizer que, apesar de tudo, não estamos sós. É sabermos que nos amigos ausentes, nas companhias proibidas, na rua deserta, há qualquer coisa do nosso íntimo, que mesmo que não estejamos presentes, espera por nós. Mas agrada-nos saber que o mundo ainda é redondo e, por ora hospedados na pensão da quietude traiçoeira, para o lado donde o Sol se levanta, valha-nos isso, esperamos pelos mesmos ruídos, os mesmos convívios, as mesmas caras de outros tempos. Quando não há Lua, imaginamos um mar de estrelas. Quando não há dias, lançamos sementes de muitas ideias e boas intenções. Quando não há que bulir, lemos e entendemos livrinhos mui comezinhos. Remissa e vagarosa vai a semana que agora se chama emergência. E sem que se rale com a escravidão, a dor, o embrutecimento a que nos sujeita, que grandes despesas contrárias às fraternas aspirações. Deste alvitre de vida em tão grande escala diz a emergência ser caução. Deve ser fiança depositada para garantia de futuro que cheire a dias antigos. Nós a lemos, a relemos, temo-la ainda aberta, e aberta a deixaremos sobre a mesa da nossa paciência. Porquê? Porque a crença é tão forte, a fé é tão viva que jamais deixaremos de ser sentinelas do porvir. Do boníssimo que virá pois ainda temos muitos fartos arraiais desse futuro e porque é lei da natureza humana a liberdade. Uma ideia assim nunca mente!

Mário Rui
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Por aí

Mário Rui

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Olimpicamente obstinados?

Grécia entrega chama olímpica ao Japão. Não será isto brincar com o fogo? Se hoje nos interrogamos sobre o futuro, não seria sensato renunciarmos algumas vezes a teimosias imutáveis?

Comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 recebeu ontem, em Atenas, berço da competição, em 1896, a chama olímpica. Os Jogos estão agendados para o período entre 24 de Julho e 9 de Agosto.

Mário Rui
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Praia da Torreira-Murtosa (anos 80)

Mário Rui

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Rádios de Itália unidas em mensagem de esperança

100 anos depois do primeiro programa radiofónico em Itália, e pela primeira vez na história do país, todas as rádios nacionais e locais se unirão numa transmissão, que acontecerá amanhã, às 11h00, para passarem o Hino italiano, escrito por Goffredo Mameli, e outras três músicas (uma delas, "Nel blu dipinto diblu", de Domenico Modugno, tema mítico cujo coro ecoa no mundo "volare “...). Trata-se de iniciativa simbólica para dar mais força a todos os italianos na luta contra o coronavírus.

Mário Rui
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E foi ontem o Dia do Pai

O quão bom seria obedecer a uma regra sem esforço, a um não ter de passar por este batalhar de estrada deserta porque povoada de contratempos. Mas enfim, até o hábito de tecer mundos de quimeras é uma grande chatice. Quem sonharia estar hoje confinado às ilhas digitais, nesses cavacos domésticos?

Mário Rui
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Coronavírus Home

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Estado de emergência - o que fica suspenso?

O que fica suspenso com a declaração do estado de emergência? (LER AQUI)

Mário Rui
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Portugal em estado de emergência

FAÇAMOS DA INTERRUPÇÃO UM CAMINHO NOVO.

DA QUEDA UM PASSO DE DANÇA,

DO MEDO UMA ESCADA,

DO SONHO UMA PONTE, DA PROCURA UM ENCONTRO!

(Fernando Sabino)

Mário Rui
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Coronavírus

Mário Rui

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Tradições futuras.

Talvez seja a batalha mais longa e árdua de todas as lutadas, mas por agora só pode ser assim a celebração do abraço da realidade. Pena temos nós que algumas realidades sejam doidas varridas. Às vezes, a verdade até parece uma mentira e essa é a altura em que nos interrogamos; - afinal somos humanos ou tão-só recursos humanos? Os ninguéns que são tema de conversa em todas as mesas de café. E se os deuses sozinhos não bastam ainda que a cada manhã o espelho nos devolva a mesma cara, então, de caminho, abracem-se com as tradições futuras.

Mário Rui
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Jornal "O Concelho de Estarreja" - edição de Março 2020

Mário Rui

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Pedro Barroso

Descansa em Paz

Pedro Barroso - 28 de Novembro de1950 – 17 de Março de 2020

Mário Rui
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Dos que metem palha a mais na enxerga

Para opinar, para além de mim, já cá só faltavas tu. Razão tinha o Eça; “…faço deste canto de boa vontade o lugar de espectáculo para assistir às últimas agonias do pensamento em Portugal”. Vai-te catar, ó Miranda! Fala-me antes em coisas sérias, se no fim disto tudo, tu e nós, ainda tivermos predicados de fôlego. Ou será que ainda não percebeste que não precisamos de receitas de almanaque. Precisamos é de receitas de botica!

Mário Rui
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Fecha tudo Presidente p'ra quebrar a cadeia do mal!

Mário Rui

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Ministra apela aos portuguese para que não deixem de trabalhar

Ministra apela aos portuguese para que não deixem de trabalhar  (LER AQUI)

Pois é! Dito assim até parece que é coisa fácil de fazer. É claro que a autonomia e a responsabilidade individual devem estar presentes em tudo o que fazemos. No entanto, nesta guerra da SAÚDE contra adversário INVISÍVEL, o pior de todos, quem má cama fizer – involuntariamente - nela se há-de deitar. E desconfio que depois de assim feita, jamais a conseguirá refazer. É que o risco é de tal ordem que eu não encorajaria ninguém a procurar o sofrimento como uma espécie de oportunidade para morrer. Eu sei que a senhora ministra está cansada, aplaudo-a pelo empenho que tem demonstrado na condução do momento que vivemos, mas contenha-se. Acho sinceramente que deve repousar e, depois, mais fresca para as batalhas que se avizinham, talvez venha a perceber que quanto mais curtos em palavras forem os discursos políticos, mais se mantêm afastados de inspirar pensamentos perigosos. “Os ingleses mantiveram-se a trabalhar”, é verdade. Pois foi, mas o inimigo tinha rosto, tinha orgânica pessoal, tinha alvo, sabia quem matar. Nós, lutamos todos contra um fantasma que veio lá das profundezas biológicas. Não é inimigo de ninguém em particular, não é sequer inimigo de quem o chateia, é inimigo do planeta que habitamos. E, não obstante o denodado trabalho de quem tem mando, de quem pode curar, mas também de quem sofre, como é que este vagabundo cometeu a indignidade de fazer gala da sua invisibilidade para nos acossar a vida? Falemos então do modo como travar melhor esta terrível peleja da fera contra nós. O resto, senhora ministra, se vencermos a contenda, mesmo que fiquemos pobretes, seremos sempre alegretes, ou não fossemos raçudos portugueses.

Mário Rui
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Por um mundo melhor!

Mário Rui

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“Waiting on a sunny day. Don't worry we're gonna find a way”.

Em que dia nos juntaremos de novo? Não estou certo, não marquei a data no calendário. Mas isso será segredo do tempo e o tempo o dirá. Vamos lá é pensar onde assentar as tendas do povo no ajuntamento de todos, porque vale a pena, nem que só em ideia, pôr em obra essa generosa aspiração. E a forçada paragem afastará fantasmas mudos e teremos depois a alegre coragem de os não saudarmos com um sorriso amigo. Que venha o desejo de voarmos para as afectuosas companhias, as que não oprimem, não aterram e não propõem coisas indecifráveis. A música, é uma delas!

Mário Rui
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Cidade do Porto

A liberdade de cada um vale muito pouco quando todos estão em risco!

Mário Rui
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Espanha anuncia plano de choque para conter o Covid-19

Decidindo com um propósito: da rotina à escolha. E qual é a originalidade da escolha? É que é melhor ganhar a guerra antes mesmo de desembainhar a espada. (AQUI)

Mário Rui
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Coronavírus

Mário Rui

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Torreira d'outrora

Praia da Torreira d'outrora – 1914 

Pousada da Ria - Bico do Muranzel, Torreira, Murtosa

Mário Rui
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Coronavírus - Quiçá cedo nos unamos

Ainda que habitemos a mesma geografia e as mesmas relações, o que importam os sacrifícios da distância? Nada! Nem de outra lei precisamos. Agora, cumprir a tarefa deste momento, é cumpri-la na sua forma mais rigorosa. E derramar esperança de gratidão sobre a cabeça dos que, cansados, mas acordados, lutam para que outros não adormeçam para todo o sempre, talvez nos fique bem. O que não queremos é muito ruído, daquele que não restaura as forças perdidas. O que queremos é cicatrizar feridas! Quanto ao mais, cito Mário de Carvalho: “O grande problema não é saber-se poucas coisas. Nem tampouco saber-se mal as coisas. É antes saber-se um excesso de coisas erradas”. Fiquem bem, todos.

Mário Rui
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Cine-Teatro de Estarreja

Foi há 70 anos

Cine-Teatro de Estarreja, projecto do arquitecto Raúl Rodrigues Lima, inaugurado em 12 de Março de 1950, com a projecção do filme" As Aventuras do Príncipe Charlie”, onde contracenavam David Niven e Margaret Leighton.

Mário Rui
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Praias da Linha de Cascais, a 11 de Março de 2020. No mesmo dia em que é declarada pandemia do Coronavírus.

A vida é maior do que nós. No entanto, com os sinais que a realidade nos vai mostrando, esta gente parece querer encurtá-la. O Coronavírus, diz; - eu sou uma pergunta. A resposta, vinda desta prole, é; - nós não queremos lutar por uma unidade imediata, só aceitamos a divisão. E esta refutação, esta alienação mental, deveria ser por si só motivo de cadeia de modo a que, aos olhos de nós todos, nos explicassem a razão de ser desta autonomia diabólica. Será que se trata de louca arremetida com propósitos de morticínio? Nunca a liberdade individual tão mal esteve por este canto e o espectáculo desta miséria de gentes, visto de cima, ainda mais apavora e desanima.

Mário Rui
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Por aí

Mário Rui

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Torreira e Murtosa d'outrora - 1942/43

Mário Rui

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Como se calam as culminâncias da parvoíce?

Não acho graça nenhuma à pretensa graça dos que brincam com coisas sérias. É aquela espécie de momice grotesca que alguma gente mostra quando julga ter encontrado um estilo e um filão de pensamentos humorísticos centrífugos, agora feitos à custa da epidemia de Covid-19. Entre as personagens dessa ironia trágica abundam demasiadamente os que, parece-me, nunca levantaram a cabeça e descobriram, com espanto, a vida. E quando tanto “engraçadinho” desta descendência já não tem um sentimento vital relativamente à tragédia vivida por milhares de humanos, a única ideia que me ocorre é dizer-lhes que a maneira como tratam os outros, e o gozo com a causa que lhes trouxe a dor, é apenas mais uma ondulação néscia do seu pobre espírito. Uma verdadeira dor pode ser feita de muitos pensamentos, mas nunca pode ser coisa que convide à troça, nem para desmiolados julgados comediantes. Afinal, subitamente engraçados, subitamente estúpidos. A dor e a morte, só podem dar origem a um sentimento de entreajuda e respeito. Sejam bem-vindos os racionais!

Mário Rui
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Por aí

Mário Rui

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Dia Internacional da Mulher – 08 de Março de 2020

Parabéns, mulheres. A partir deste dia, tentaremos melhorar. E, vai de uma penada, sem mais cerimónias, tudo quanto sei e não sei a respeito de homem, é que afinal ainda não são árvores que se não verguem ao puxar.

(pintura de Eugene de Blaas)

Mário Rui
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