sábado, 30 de novembro de 2013

New York Times compara destino do burro mirandês ao dos portugueses | iOnline


















New York Times compara destino do burro mirandês ao dos portugueses | iOnline


A capa da edição europeia do “New York Times”  é dedicada ao burro mirandês, que se encontra em vias de extinção e cujo percurso serve como metáfora para a situação económica e social do país.
 
Metáfora? O tanas!
Finalmente  não percebi se a intenção era falar do burro, se da nossa ex-agricultura, se da UE ou apenas de Portugal e dos portugueses. Do mesmo modo, também tenho fundadas dúvidas quanto ao interesse do texto, se pretensamente educativo ou didático, ou mesmo coisa nenhuma. Em qualquer dos casos e uma vez que já estamos pelos cabelos relativamente a tudo quanto de menos bom nos acontece, parece-me ser artigo a descartar. E digo-o já que o nosso país se tornou, infelizmente, eterna fonte de consultas para “esclarecimentos” variados. E quando aparecem, sobretudo vindos de um certo lado do Atlântico,  sempre desconfio porque vêm e especialmente ao que vêm.  Mesmo não sendo adepto da recorrente “demonização” do estado americano a que por esse mundo vamos assistindo, devo concordar com os que acham que das terras do tio Sam emana frequentemente um certo analfabetismo funcional. É o que depois dá ajuda a uma já existente contaminação moral e social do nosso país, através de habituais venenos idiotizantes testados em outras paragens e que, a julgar pelo que a muitos já aconteceu, pouco de útil nos acrescenta. De tudo a mais um pouco, enfim, já não há tema obscuro que os donos do mundo não obscureçam ainda mais.  Pronto, então fico-me pelo título de “penduricalho” inócuo quanto à capa, ainda que ‘europeia-americanizada’, do NYT.  Ao autor do artigo, um tal ‘inspector’ Raphael, apetece mesmo dizer-lhe que cá, ou na terra de lá, faz sentido lembrar um atinado provérbio de origem portuguesa que diz; «burro velho não aprende línguas». Mas não é por ser velho, é mesmo por ser burro. Daí que alguns burros nunca tenham tentado discorrer sobre a burrice de outros tantos em outros países! E ainda bem....
 
Mário Rui

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Estroinices de políticos


Gente que ficou completamente excêntrica à efectiva vida da nação. Claramente a estroinice dos políticos e tão mau quanto isto, trata-se de uma pele do tempo e da prática que não muda. Só pergunto a mim mesmo o que é nos dias de hoje a sociedade, a colectividade, o estado, o direito, o indivíduo, a nossa terra? De facto é muito difícil salvar um país quando o mesmo está sob o poder de esfaimados demagogos.

Mário Rui


Municípios
Autarcas reformados recebem subsídio extinto em 2005

Presidente da ANMP diz que subsídio de reintegração de ex-autarcas é "questão individual".

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, escusou-se hoje a comentar a atribuição do subsídio de reintegração, extinto em 2005, por autarcas reformados, considerando tratar-se de uma "questão individual".

O Jornal de Notícias (JN) diz hoje em manchete que "Autarcas reformados recebem subsídio extinto em 2005", citando o caso de Fernando Ruas, ex-presidente da Câmara de Viseu e da ANMP, que juntamente com dois vereadores do mesmo município têm direito a 110 mil euros.

De acordo com o jornal, os serviços jurídicos da ANMP emitiram um parecer favorável no sentido de os autarcas poderem recorrer a esta pensão extra, poucos dias após as eleições de 29 de setembro.

O subsídio de reintegração estava consagrado no Estatuto dos Eleitos Locais e pretendia ajudar a ultrapassar as dificuldades no regresso a atividade profissional. Foi revogado em 2005, ficando salvaguardados os direitos adquiridos.

O actual presidente da ANMP, Manuel Machado, escusou-se a comentar o recebimento deste subsídio de reintegração por parte dos autarcas reformados, por considerar que se trata de uma questão "individual" dos ex-autarcas.

(jornal Económico 28-11-2013)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

São as cores de uma vida





















Os lápis que nos riscam a vida. Escrevem-nos o que não somos capazes de guardar tão-só na mente. A cores, a traço fino ou grosso, eis que assim se define no papel uma terrena existência. Não sei se em sítios mais vagos, talvez não menos importantes, a linha não será em tudo igual. Corrida, igualmente colorida e com fim marcado. Pode ser ténue a sua impressão mas não importa; fundamental é que deixe rasto, coisa que se veja e, se possível, algo que pinte marca. Distintiva do que somos e muitas vezes não parecemos. São as ilusões do colorido que dão pitoresco à nossa passagem pelo fio do tempo. Quando o colorido e o brilho se juntam, as possibilidades são infinitas, ternurentas. Eu sei que os filósofos da antiguidade ensinavam o desprezo pelo trabalho e se o fizeram foi porque nunca acharam a verdadeira cor da cor. Disseram que o trabalho das cores e dos afectos eram um travão às nobres paixões dos homens. Sempre me pareceu estarem errados já que paixões são ofícios divinos e, quando se está na ordem dos deuses, pode-se pintar o que se quiser. Apenas são necessários os lápis, os pintores, o tema, e depois então vem o resto das profissões; de governantes, de polícias, do clero, da magistratura, dos exércitos, da prostituição, das ciências, mais os juros e os dividendos. Ò concorrência absurda e imoral, como é colossal essa diminuição da cor. Todos se rodearam de pretorianos mantidos numa improdutividade laboriosa. Apenas para reprimirem o inimigo interno; o lápis e a cor! Colorido é que é bom. Quem não pinta, não come.

Mário Rui

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Homem


















Ante a turbulência actual, Ramalho Eanes deu-nos mais uma lição; mostrou-nos mais uma vez como é ser um povo de HOMENS! Poder hoje continuar no seu ontem sem por isso deixar de viver para o futuro. Que falta nos fazem líderes desta ascendência. De carácter singular, sobrevivente da “nobreza” de actos que por agora escasseiam em tantos outros. Justa homenagem, a que lhe foi feita. Sr. General, obrigado !!!
 
Mário Rui

sábado, 23 de novembro de 2013

O cadastro


























Nova lei do tabaco quer cadastrar pais fumadores

 
É intenção do Governo alterar a lei do tabaco com novas campanhas de alerta para os malefícios do tabaco mas também, avança hoje o semanário Expresso, a aplicação de um cadastro aos pais fumadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e no boletim infantil dos respectivos filhos.

Jornal i
 
Fumar, faz mal à saúde. Ponto final! Quanto a isto estamos conversados. Relativamente à nossa democracia, mesmo não fumando, não goza de boa saúde.

 
Da preocupação do Estado quanto à  saúde dos fumadores e dos portugueses em geral, julgo que a correcta descodificação de tal desvelo, tem nome próprio; imposto. Mais um que oportunamente fará a sua aparição.

 
Da norte-coreana aplicação de um eventual cadastro, censo sem senso,  só posso rir  e ao mesmo tempo agradecer a George Orwell pelo que visionou;

 
« Estava só. O passado estava morto, o futuro era inimaginável. Que certeza tinha ele de poder vir a existir ao seu lado um único ser humano vivo? Tirou do bolso uma moeda de vinte e cinco centavos. Ali também, em letras muito minúsculas porém nítidas, liam-se as mesmas frases; do outro lado, a Cabeça do Grande Irmão. Até mesmo da moeda, aqueles olhos o perseguiam. Nas moedas, nos selos, nas capas dos livros, nos distintivos, nos cartazes, nos maços de cigarros – em toda a parte. Sempre os olhos a fitar o indivíduo, a voz a envolvê-lo. A dormir ou acordado, a trabalhar ou a comer, dentro ou fora de casa, na casa de banho ou na cama – não havia fuga. Nada pertencia ao indivíduo, excepto alguns centímetros cúbicos dentro do seu crânio.
 
 
Mário Rui

A ler







































Sinopse:

 
«Felizmente, tem havido também historiadores, académicos e sábios que vão pondo a História nos eixos. Porém, um lado da guarda desse passado tem sido descurado: a divulgação. O simples facto de sermos um país onde não há uma caravela, para lá entrar, ver e tocar (…), diz da importância de livros como este Os Portugueses Descobriam a Austrália? - 100 Perguntas Sobre Descobrimentos Portugueses»
 
Vasco da Gama foi um herói ou um almirante cruel e sanguinário? É verdade que antes dos Descobrimentos se pensava que a terra era plana? O mar era mesmo povoado por monstros, como o famoso e aterrador Adamastor, e outros seres maravilhosos, como acreditavam os marinheiros na Idade Média? O Infante D. Henrique criou uma Escola em Sagres? O Tratado de Tordesilhas foi uma vitória ou uma derrota para Portugal? Os portugueses buscaram o famoso El Dorado, a lendária terra do ouro? Os marinheiros portugueses chegaram à América antes de Cristóvão Colombo? E foram ou não os portugueses a descobrirem a Austrália antes do capitão James Cook? Estas são algumas das 100 perguntas a que o historiador Paulo Jorge de Sousa Pinto responde neste curioso e original livro. Os Descobrimentos representam a Idade de Ouro da História de Portugal, e continuam a suscitar uma especial curiosidade junto de todos os que se interessam pelo nosso passado. Uma temática recheada de mitos por desfazer e mistérios por desvendar, factos e curiosidades por rever ou redescobrir, mas também ideias-feitas, estereótipos e controvérsias que continuam a povoar o nosso imaginário. Estas 100 perguntas formam um guião de uma visita à fascinante época dos Descobrimentos que nos permite compreender melhor a forma como um povo pequeno conseguiu, entre o desejo de conhecer e a vontade de descobrir, abrir-se ao mundo, espalhar-se pelos cinco continentes e alterar, de forma irreversível, o curso da História de culturas, impérios e civilizações.
 
Mário Rui

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vulgaridade intelectual
















Assunção Esteves manifesta orgulho por parlamento ser destino das manifestações | iOnline


O império que a vulgaridade intelectual exerce hoje sobre a vida pública, mesmo que faça um esforço para escapar à tolice reinante, é de facto algo que deveria preocupar os portugueses. Mais que propriamente a escalada dos polícias descontentes até às portas da casa que  "tem um valor sagrado, que é o lugar da esperança". É o que dá quando algumas vozes, ao julgarem-se com direito a terem uma opinião sobre certos assuntos sem esforço prévio para a formularem, se fazem ouvir. Idiotices!!! Vozes inatas das suas próprias limitações como que a fingir que verbalizam modo de estar e ser assertivo quando afinal se percebe claramente que nada de importante querem dizer.  Quando não se está qualificado para teorizar, estar calado é um bem incomensurável. Em última análise, foi mais sincero o protesto dos polícias, concorde-se ou não com a forma como passaram a barreira dos seus pares de função, do que as da “guardiã” do “lugar da esperança” . Esta “esperança de valor sagrado”, é minha tia! Também me acostumei a chamar-lhe “tia-balelas”, há já tempo de sobra.
 
Mário Rui

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O assassinato de um sonho






















John Fitzgerald Kennedy (Maio 29, 1917 – Novembro 22, 1963)
Liberdade do homem
« Assim, meus caros americanos: não exijam o que o vosso país pode fazer por vós - exijam o que vocês podem fazer pelo vosso país. Meus caros cidadãos do mundo: não exijam o que a América irá fazer por vós, mas sim o que, juntos, poderemos fazer pela liberdade do homem»
 Meio século depois
O assassinato de um sonho
(Imprensa escrita da época) DALLAS, Texas, 22 de Novembro de 1963 - O presidente JOHN KENNEDY foi assassinado hoje, quando desfilava em carro aberto em Dallas, Texas, juntamente com o governador John Connally. Perante 250 mil pessoas, o presidente foi atingido por três disparos, caindo, mortalmente ferido, sobre o banco da frente. Os vidros à prova de bala do automóvel estavam abertos. O governador John Connally foi também atingido, mas sem gravidade. Jacqueline, ao ver o seu marido cair, tomou-lhe a cabeça nas mãos, gritando, enquanto o automóvel se dirigia, a toda a velocidade, para o hospital.
Imediatamente, foi isolada a área, para a localização do assassino. Afirma-se que os tiros foram disparados do quinto andar de um edifício próximo, onde já foram encontrados três cartuchos vazios e uma arma italiana, com mira telescópica.
Transportado imediatamente ao hospital  Parkland, foi assistido por vários médicos na desesperada tentativa de salvar a sua vida. No exterior, o povo reunia-se à espera da alegria de uma boa noticia ou, o que aconteceu, da tristeza do anuncio da morte.
Foi solicitada a presença dos principais cirurgiões de Dallas. Tentou-se reanimá-lo através de uma abertura feita no pescoço, por onde poderia respirar. Fizeram-lhe massagem no coração, a "peito fechado". Tudo foi tentado. O ferimento foi mais forte. Kennedy, assistido por um sacerdote católico, que lhe administrou a extrema-unção, morreu às 13 horas locais.
 
Mário Rui

A causa própria


















Governo tentou pela terceira vez revogar o estatuto especial dos funcionários parlamentares. Partidos impediram-no por unanimidade.
 
O estatuto dos funcionários parlamentares, que cria na Assembleia um corpo especial de trabalhadores que não está sujeito às mesmas regras laborais que a restante Função Pública, está a causar mal-estar entre o Governo e o Parlamento. Desde 2011 que o Executivo tenta revogar este estatuto especial, mas sem sucesso, com os partidos de forma unânime a impedir que a revogação avance, o que tem suscitado críticas de que a Assembleia está a legislar em causa própria e a beneficiar os seus próprios trabalhadores.
 
Jornal Económico – 21-11-2013
 
Eu bem procuro estar calado mas perante este e outros recorrentes escarninhos, a tanto não sou capaz. Deste modo, aceito entusiasticamente a obrigação de manifestar objecções a todo um exército que se empenha em passar inalterado à posteridade, exército não sujeito à norma de abuso imposta aos demais. Daí que não me consiga livrar da necessidade de julgar estes deputados, não tanto pelos efeitos dos seus actos, já que são absolutamente perversos, iníquos, mas sobretudo pelas suas matreiras intenções. Agora, a avisada “dedicação” dos deputados volta-se para a blindagem ao corpo “especial” de trabalhadores da AR que não está sujeito às mesmas regras laborais que a restante Função Pública. E alguém percebe isto? Será para acumular mais propriedades por forma a que mais tarde não seja fácil o confisco de tantos e tão bons direitos aos políticos? Mas estes trabalhadores não são funcionários públicos como os restantes?  A verdadeira “maioria czarista” política do país está aqui bem retratada. Uma maioria que sabe decidir bem, oh, se sabe, àquelas questões às quais se devem aplicar as regras de conveniência própria. Claro que do tropel de  prescrições legislativas amigáveis, poucas e ainda assim facilmente evaporáveis, saídas da pena desta gente, também me poderia ocupar na tentativa de evitar que me chamassem  sempre “do contra”. Mas não o faço. Melhor, não o devo fazer. E assim procedo pois que no seio deste assembleia “p´ra lamentar” , na maioria dos casos, não há um livre exercício seja do discernimento ou do senso moral! Quando se trata de julgar em causa própria tornam-se ainda mais insuportáveis. Tornam-se mercadores e fazendeiros da nossa terra, mais interessados no negócio da “família política do regime”, toda sem excepção, do que na humanidade que é devida aos mais socialmente castigados.  Pedem-nos votos mas não querem que os entendamos como uma espécie de jogo. Mas, convençam-se amigos meus, é mesmo um jogo, com o certo e o errado como apostas. Já acertámos no errado e parece-me ser este o meio onde os  deputados da nação melhor se sentem. Em vez de se devotarem à erradicação das injustiças estão absorvidos  com a defesa do seu lordismo. Quando assim digo, mais não faço senão assegurar-me que estou prestando luta ao mal que condeno. Só isso, e creio fazê-lo bem e na melhor das intenções, ou seja, avivar a memória do que deve ser conduta política inatacável, pelo menos no que aos príncípios morais diz respeito. Afinal todos viemos ao mundo, o nosso “solo sagrado – Portugal”, já nem digo para fazer dele um bom lugar para se viver, mas para viver nele, seja bom ou, infelizmente, mau. Ajudem-nos, srs. deputados, esse é o vosso desígnio e não nos descubram  mais actos de inospitalidade, de diferença que não há, nem em relação a vós, nem muito menos relativamente aos funcionários públicos que na AR vos suportam. É pesado esse suporte? Talvez! E então o dos outros, sujeitos às mais vis desconsiderações, encaixadas dia-a-dia por via das vozes e dos actos de indignação ouvidos e vividos atrás do balcão, da secretária, da carteira ou da escrivaninha e que, no bem defendido castelo da vossa “casa da democracia” não se tornam audíveis nem sensíveis aos ouvidos de quem as provoca? Convém apaparicar quem nos possa defender, quem possa ajudar a manter inexpugnável a fortaleza, não é? Dá sempre jeito um “grupo de elogio mútuo”. Pobres dos outros empregados a que antes aludi, dignos, esforçados, mas indefinidamente maltratados!   
 
Mário Rui

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pepsi "atropela" Cristiano Ronaldo em imagem polémica! Pouca vergonha!




 
A PEPSI da Suécia esqueceu-se que Ronaldo tem 64 milhões de fãs no Facebook  LER AQUI
Se isto é tom de comunicação da Pepsi, mesmo dando de barato que a marca tentou mais um enquadramento sólido e projectos de mercado para inscrever e manter as suas expectativas para o futuro, então, o mínimo que se pode dizer é que estamos em presença de uma agressão inútil que não vai deixar intactas as causas da aflição da Pepsi. Pode ser em grau menor mas que vai ter mais algumas aflições, lá isso vai. Há os que são cegos e surdos quando promovem a amostragem da publicidade a um produto e que desse modo se julgam capazes de fazer a gestão dos outros, os consumidores. Puro engano! É que felizmente ainda há consumidores com escrúpulos morais e suficientes para que fiquem atormentados com este modo de vender mercadoria. O “desejo consumista” de consumir, já lá vai. A Pepsi parece que ainda não percebeu que grande parte do mundo actual já entende o desejo como coisa que deve, muitas vezes, ser descartado. E então com campanhas como a de ontem, semi-ilícita, a marca vai ter de dar estímulos mais poderosos e sobretudo mais éticos para manter a procura do consumidor. De outro modo continuará a "penar" à sombra da Coca.
 
Mário Rui

domingo, 17 de novembro de 2013

Pensar muito, só me causa problemas






















 
 
 
 
Em entrevista televisiva à SIC-N, diz o antigo Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro:
 
"O Freeport, já o disse, ninguém contestou, foi uma fraude...está lá! Consultem-no...estava em segredo...eu nunca vi o  Freeport...que eu nunca vi nenhum desses processos..."  Então em que é que ficamos? Mesmo assim, para Pinto Monteiro, o processo foi uma fraude. Muito elucidativo!
 
Ah, leitor lindo! ...
Se não fosse a IDIOTIA,
Que nos protege,
Como uma ama-seca aplicada,
Indefinidamente zelosa,
Das agruras reais da existência.
 
Acabaríamos,
TODOS
A ARFAR,
Com a boca voltada para baixo,
Como sapos espancados
Por um batalhão de magalas bêbados
À saída de um bar de doca.
 
Assim, disciplinados
De uma maneira ou de outra,
Na protectora virtude da Imbecilidade,
Não acabamos nem dessa
Nem de outra forma,
Porque, em geral,
Não chegamos sequer a começar
 
Vamos jantar juntos, leitor lindo?
 
(textos do programa radiofónico ‘O HOMEM NO TEMPO’, de 18 de Maio de 1977 a 29 de Dezembro de 1978 - II Volume, compilados em “Tabú, Príncipe dos Cágados, de Fraldas ao Vento, Ladra às Portas do Futuro)
 
Mário Rui

A arte de mentir



























Opinião
A arte de mentir (LER AQUI)
Vasco Pulido Valente  
17/11/2013
 
Eis o resultado de uma “conectividade” virtual. Em todo o caso, o problema não estará neste tipo de relacionamento humano que, é bom, ou mau, conforme o uso que cada um lhe quiser dar. O problema está, isso sim, nas conexões indesejáveis a que alguns recorrem fazendo do termo  “relacionar-se”  a coisa mais traiçoeira que se possa imaginar. Árdua barganha esta a que uns tantos infelizmente se dedicam. Assombrosas qualidades da política à portuguesa. Eu bem digo, «nada de amor à primeira vista». Convém que não nos deixemos dominar e muito menos arrebatar por “redes” políticas pouco confiáveis. Já nos arrancaram o porta-moedas das mãos, não vão também agora levar de borla a nossa ingenuidade.
 
 
Mário Rui

sábado, 16 de novembro de 2013

LIVRE - Mais um!














Partido LIVRE é o nome do novo partido para “uma nova esquerda” que foi apresentado hoje em Lisboa e deverá ter por símbolo uma papoila. Tudo é novo, até o nome; ‘LIVRE’! Parece-me, ignorante feito eu, que afinal todos os outros tinham défice de liberdade. Mas agora começo a perceber melhor, derradeiramente vai nascer um novo dia. Vem aí a nossa era, a do “povo da aurora perpétua”. O que havíamos clamado por não mais permanecermos numa alvorada detida, congelada, que não avançava para nenhum meio-dia. Faltava no espectro político nacional mais um. Um que viesse dar um novo folego, um novo impulso, novas ideias ‘liberais’ somadas a direitos garantidos ao cidadão, uma renovada esperança à esquerda, mais ecológica e, pelos vistos, com mais Europa.  Tudo matéria que nos faz tanta falta quanto a bicicleta faz ao peixe. Apesar de tudo, seria estúpido rir dos românticos. Também o romântico tem razão e sob estas inocentemente perversas imagens palpita um enorme e sempiterno problema; é que  «só quer a vida cheia quem teve a vida parada, só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação, só há liberdade a sério quando houver liberdade de mudar e decidir«. Ah, como só agora descubro a minha latente sedução pelo trovador de Abril. Grande Sérgio, posso não ter estado do teu lado na maior parte das vezes mas hoje percebo da necessidade de conter a selva invasora. Por agora parece que no “meio da esquerda” e quiçá para quando na “franja da direita”? Já não é altura de ouvir, mas, ao contrário, de julgar, de sentenciar, de decidir. Deixar de fazer ruído é que não, prefiro inteiro a mais partido!
 
Mário Rui

Caro desempregado





















 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARTA AOS 19%
(Ricardo Araújo Pereira)
 
Caro desempregado,
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.
Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.
Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.
Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer.
 
 
Mário Rui

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Constituição, um texto sem culpa





































 
 
Editorial
Por Eduardo Oliveira Silva - jornal i
publicado em 14 Nov 2013 - 05:00
Ler aqui: 
 
De facto pouco importa se se analisa o estado a que chegámos segundo um ponto de vista político de esquerda ou de direita, pois que o único método de exame através do qual podemos resumir a causa e os efeitos que nos levaram à triste sucessão de acontecimentos que por ora vivenciamos, é claro de sobeja. Deste modo, tão-pouco é útil acrescentar qualquer outro balanço que não seja o que nos entrou vida adentro ao longo dos últimos 39 anos de partidocracia.
 
E o balanço resume-se às alianças, aos conluios, tramas e demais enredos entre os partidos políticos, através da partilha do poder que, infringindo o popular sufrágio universal, resultaram na condição de empobrecimento recorrente de uma parcela muito grande da população, acauteladas que sempre estiveram as mordomias de grupo ou individuais dos actores que desempenharam, com menor e maior proveito, esses papéis. Acresce a isto, conferindo-lhe ainda mais repugnância, a certeza de que semelhante teatralização foi levada a “bom porto” pelos mais impreparados, matreiros e famélicos seres que algum dia desaguaram na gestão do país. Como foi possível enganar todo um povo, como foi possível que todo um povo se tenha deixado enganar? A súbita abundância material de uma certa classe política, embora parecendo raciocínio primário e sem ligação directa aos factos, há muito que nos deveria ter elucidado quanto ao modo como fomos (des)governados. As culpas que sempre se imputaram a terceiros – quaisquer que estes sejam – vão desde a crise mundial até ao mau jeito que dá a Lua quando às vezes se mostra redondinha. Patranhas que nos contam desde tempos remotos. Só patranhas. Se assim tivesse sido, se apenas acreditássemos no mal que pretensamente os de fora nos teriam causado, não obstante tal, quero crer, nem Portugal estaria como está nem, com toda a certeza, teríamos vivido paredes-meias com os sátrapas que desgraçaram o país. É mentira que tudo se fique a dever à conjuntura internacional. Os maus estão mas é no meio de nós, foram eles, com a nossa não menos infeliz complacência, que ditaram a solução final. Portugal paupérrrimo, escasso e sem caminho feliz à vista. Incomum para qualquer tipo de gestão de pedaço de povo que se quer digno é permitir que tais pregoeiros de sistema político esgotado, falido, ainda se mantenham na crista da vaga. Precisamos de saber até onde vai e por quantos mais anos se estenderá a aquisição de habilidades desta gente. Já não sei que mais fazer para obstar ao continuado saque do que sou, mas sei que calar-me não me ajuda! Que me perdoem os que tratam e sempre trataram condignamente a coisa pública. O meu vociferar não lhes aposta culpas. Para os sobrantes, os que desampararam a nação, apetece-me dizer-lhes que bem sei o que é mortal para os ratos dos esgotos urbanos – aquelas criaturas ‘inteligentíssimas’ capazes de aprender a distinguir rapidamente comidas de iscas venenosas – mas falta-me companhia de desinfestação. Por minha vontade, convocava-a urgentemente nem que fosse apenas para o desafio às regras anafadas de uns tantos dessa espécie, para lhes alterar a sua previsível mas verdadeiramente impenetrável maneira de desconsiderar os semelhantes. E o mesmo faria aos que insistem em continuar a orientar as suas acções de acordo com os seus próprios precedentes. Também os há! Muitos! São alguns ‘senadores-generais’ conhecidos por lutarem novamente a sua última guerra, julgada vitoriosa, mas que afinal só assumem riscos suicidas e não favorecem a eliminação dos actuais problemas. Pois se eles próprios são o problema, de que modo poderão ajudar? Talvez permanecendo mudos e quedos dessem um óptimo auxílio, e eu satisfeito.
 
Mário Rui

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Novo Código da Estrada

 

















A 1 de Janeiro de 2014
As novas regras do Código da Estrada entram em vigor dentro de dois meses VER AQUI
 
 
Mário Rui

A garrafa de “bolinha”, a gasosa ou pirolito







































 
Quem não se lembra da famosa garrafa de ‘bolinha’ que continha o não menos famoso ‘pirolito’? Refrescava os mais sequiosos e a tal ‘bolinha’ ainda dava jeito aos mais novos na disputa de uma boa partida de berlindes.
Bebida gaseificada feita à base de açúcar, água e ácido cítrico, a gasosa sempre foi uma bebida muito popular em Portugal e os mais velhos devem-se lembrar que na primeira metade do século XX, a gasosa tomou o nome de “pirolito”, garrafa aqui apresentada, que tinha a particularidade de ser fechada por uma bola de vidro, bola essa que se empurrava para dentro da garrafa no acto de abertura. A bola ficava no estreitamento da garrafa e quando se bebia ouvia-se o som inconfundível do berlinde a bater nas paredes da mesma.
O tal berlinde servia pois para jogar o jogo do berlinde, tão popular entre os rapazes nas décadas de 50 e 60. Nos tempos de hoje, a bebida mais parecida com a gasosa ou pirolito será talvez a Seven Up ( “americanadas”) que, digo eu, ainda agora muito fica a dever à velhinha UPREL de Estarreja. Outros tempos, outros gostos, outras lembranças. Novos tempos, novos sabores, uma outra sociedade de consumo. Melhor que a anterior? Talvez, mas também muito mais ardilosa. Mas ... quanto a sabores, ainda aposto nos antigos. Afinal, os de agora, são apenas uma modernidade que não uma ideia nova. Perdemos o hábito de pedir um ‘pirolito’. De resto, se o fizéssemos, desconfio que o atendimento não seria lá muito amigável. Sim, até porque vivemos na era industrial e, tal como em qualquer máquina de refrigeração, convém que se peça um refrigerante. Ainda que seja para o beber. Máquina e homem sempre se confundiram ...
Bem, para que não deixemos cair no esquecimento velhos companheiros, viva o ‘PIROLITO’!! De preferência “UPRELISTA” já que o nacional é bom. Qual sete, qual carapuça! Isso é nome de gasosa que se preze?
 
(a alusão às marcas comerciais é pura coincidência)
 
Mário Rui

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A Padeira de Aljubarrota



Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha- infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo.

Mário Rui

Língua Portuguesa



A Minha Pátria é a Língua Portuguesa
Teste os seus conhecimentos da Língua Portuguesa com uma pequena amostragem de 30 palavras. Aqui


Mário Rui

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Albert Camus



7 de Novembro de 2013: O centenário de Albert Camus
«Sim, o que é necessário combater hoje é o medo e o silêncio, e, com eles, a separação dos espíritos e das almas que eles provocam. O que é necessário defender é o diálogo e a comunicação universais dos homens entre si. A servidão, a injustiça, a mentira, são as pragas que cortam a comunicação e impedem o diálogo. Por isso temos de rejeitá-las.»
Albert Camus nasceu na Argélia, a 7 de Novembro de 1913. Licenciado e diplomado em estudos superiores, teve que renunciar à carreira universitária por motivos de saúde. Os seus pais eram camponeses pobres e a sua vida foi uma luta pessoal contra a tuberculose. Romancista, teatrólogo, pensador político, psicólogo e sociólogo do destino humano na sua forma de exasperação salvadora, Camus bem podia centralizar, pelo poder da sua inteligência, as forças represadas da comunidade ocidental que sobreviveu à Segunda Guerra. O seu pensamento mergulhava fundo na ansiedade do homem desta época, e seus valores éticos - embora confessadamente agnósticos - apontavam corajosamente para o elenco das normas cristãs: o herói é o que se planta no meio das exigências vitais, e neste meio o cristianismo levanta-se como um promontório de resistência para a integridade do homem.

Mário Rui