domingo, 11 de julho de 2021

Os cavalos da I Grande Guerra



Mário Rui
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Estarreja d'outrora - Confraternização entre amigos


 

Mário Rui
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Pardilhó/Estarreja d'ourora



Mário Rui
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“Convites” embalados em espectáculos tristes

Até posso desculpar esta posição da Marinha considerando tal postura ligada ao risco associado ao desempenho deste ramo das Forças Armadas (FA). Mas, mais do que isso, o que eu tenho é a esperança de convencer as FA de que esta concepção de recrutamento precoce - chamam-lhe “convite” - é simplesmente estúpida e desvenda bem algumas das características do mundo em que vivemos. Mas será que voltámos ao tempo, como aliás ainda hoje acontece (na estimativa da ONG britânica Human Rights Watch, algo entre 200 000 e 300 000 crianças ainda hoje participam em guerras em 21 países), em que o destino dos nascentes era serem meninos-soldados? O “convite” agora feito ao Noah que “poderá vir a fazer parte do Destacamento de Ações Especiais, onde as táticas de sobrevivência são fundamentais”, ou é coisa imbecil ou então é pura brincadeira. Não menos vital é questionar se esta Marinha e este desafio feito agora a uma criança de tenra idade, mas lá “para os 18 anos”, não será a cota-parte mais importante, e quantas vezes a falta voluntária mais básica contra o bom-senso, que induzem os mais novinhos a condutas de risco. Afinal com que amigos se constrói a alegria de uma feliz infância? Mas, crianças, nunca cedam a ninguém essa virtude da meninice doce, alegre e brincalhona e fiquem sempre corações assim simples, porque a alguns adultos só lhes dá para a mania dos desafios irrespiráveis!  (LER AQUI)


 
Mário Rui
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Quando escrever nasce da necessidade de agradecer a muitos o empenho de tão grande esforço, indispensável para levar a cabo tão nobre desígnio, a voz humana não encontra quem a detenha para falar da tristeza que se converte em alegria única e que deixa um rasto luminoso que só alguns percebem. O afago nas mãos, a doçura na boca, a meiguice na cara, não precisa de mais comentário.


 
Mário Rui
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1961-2021: 60.º aniversário do início da Guerra Colonial


 Em 1962, o Movimento Nacional Feminino, criou o Aerograma, também conhecido “bate-estradas”. A sua principal função, era a correspondência, com a sua madrinha de guerra, para ajudar a levantar a moral das tropas e matar saudades da sua terra, ajudando assim a passar o tempo. Na Metrópole o seu custo era de $20 (2tostões), vendidos às suas famílias, mas no Ultramar, eram gratuitos. Existiam 2 tipos, o azul, que eram enviados da Metrópole para o Ultramar, e os amarelos que eram destinados ao uso exclusivo no sentido Ultramar/Metrópole. Os anúncios das madrinhas de guerra eram publicados na Crónica Feminina. Os militares enviavam os aerogramas, para os Correios das terras que escolhiam, com os seguintes endereços: “à menina mais bonita que encontrar, ou à menina que se dignar corresponder-se como madrinha de guerra com um soldado ao serviço no Ultramar”. O carteiro, quando saía para a rua, tinha essa “missão”, de entregar todos os aerogramas, e depois as meninas, respondiam ou não, mas a maior parte aceitava ser madrinha de guerra. Muitos casamentos se realizaram, e ainda se mantêm, segundo conta no seu livro, Madrinhas de Guerra, a jornalista aveirense Marta Martins Silva. O Movimento Nacional Feminino foi uma organização do Estado Novo, criada por iniciativa de Cecília Supico Pinto, em 1961,e apoiada por António de Oliveira Salazar, para dar moral, às tropas que combatiam, lá longe no Ultramar. Mobilizou mais de 300mil ”madrinhas de guerra”.

(imagem: Cortesia de Agostinho Pinto


Mário Rui
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Portugal venceu a Hungria


Portugal venceu a Hungria e essa é a boa notícia. A má, é que continuamos a confiar sem desconfiar do inimigo invisível.

Estarei por certo enganado, e até creio que a causa de todos estes efeitos poderá estar na actividade da minha imaginação e numa vista penetrantíssima. Mas, estar num estádio a abarrotar de gente, numa altura em que o mundo está cheio de nevoeiros pandémicos difundidos por toda a parte, não será o chamado orgulho do fracasso em termos de combate ao coronavírus? É caso para dizer, arrisquemos, pois, com a consciência tranquila, e depois discursemos contra o mal do mundo. Quem isto permite e quem isto aceita ainda não percebeu que é subestimando o inimigo que se perdem as guerras?  


 
Mário Rui
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Observações esparsas

Não sei bem que relação há entre uma grua e um avermelhado poente. São observações esparsas, não pretendem traçar um diagnóstico de conjunto, mas indicam fortemente no sentido de que importa é aproveitar o momento. Aproveitar um enfoque, o sentido deste conjunto de coisas, não foi, claro, por nenhuma intenção profunda. Foi por autêntica incapacidade de fazer de outro modo. Mas, como hoje também é difícil encontrar alguém capaz de fixar um conjunto sem sentido na mente por dez segundos, a imaginação voa logo para um rendilhado de frivolidades em torno do nada, resolvi fazer desta imagem sem fundamento o que vi neste ar avermelhado; um feixe de certezas colectivas reconfortantemente indiscutíveis e que, de quando em vez, convém fixar por dez segundos. E fiz bem, até porque agora toda a diferenciação do pior que se vê ou não se vê, do melhor que se sente ou não sente, do que está mais alto e do que está mais baixo, acaba sempre condenada como discriminatória e até racista.

 

Mário Rui
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