domingo, 11 de julho de 2021

“Convites” embalados em espectáculos tristes

Até posso desculpar esta posição da Marinha considerando tal postura ligada ao risco associado ao desempenho deste ramo das Forças Armadas (FA). Mas, mais do que isso, o que eu tenho é a esperança de convencer as FA de que esta concepção de recrutamento precoce - chamam-lhe “convite” - é simplesmente estúpida e desvenda bem algumas das características do mundo em que vivemos. Mas será que voltámos ao tempo, como aliás ainda hoje acontece (na estimativa da ONG britânica Human Rights Watch, algo entre 200 000 e 300 000 crianças ainda hoje participam em guerras em 21 países), em que o destino dos nascentes era serem meninos-soldados? O “convite” agora feito ao Noah que “poderá vir a fazer parte do Destacamento de Ações Especiais, onde as táticas de sobrevivência são fundamentais”, ou é coisa imbecil ou então é pura brincadeira. Não menos vital é questionar se esta Marinha e este desafio feito agora a uma criança de tenra idade, mas lá “para os 18 anos”, não será a cota-parte mais importante, e quantas vezes a falta voluntária mais básica contra o bom-senso, que induzem os mais novinhos a condutas de risco. Afinal com que amigos se constrói a alegria de uma feliz infância? Mas, crianças, nunca cedam a ninguém essa virtude da meninice doce, alegre e brincalhona e fiquem sempre corações assim simples, porque a alguns adultos só lhes dá para a mania dos desafios irrespiráveis!  (LER AQUI)


 
Mário Rui
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