domingo, 11 de julho de 2021

1961-2021: 60.º aniversário do início da Guerra Colonial


 Em 1962, o Movimento Nacional Feminino, criou o Aerograma, também conhecido “bate-estradas”. A sua principal função, era a correspondência, com a sua madrinha de guerra, para ajudar a levantar a moral das tropas e matar saudades da sua terra, ajudando assim a passar o tempo. Na Metrópole o seu custo era de $20 (2tostões), vendidos às suas famílias, mas no Ultramar, eram gratuitos. Existiam 2 tipos, o azul, que eram enviados da Metrópole para o Ultramar, e os amarelos que eram destinados ao uso exclusivo no sentido Ultramar/Metrópole. Os anúncios das madrinhas de guerra eram publicados na Crónica Feminina. Os militares enviavam os aerogramas, para os Correios das terras que escolhiam, com os seguintes endereços: “à menina mais bonita que encontrar, ou à menina que se dignar corresponder-se como madrinha de guerra com um soldado ao serviço no Ultramar”. O carteiro, quando saía para a rua, tinha essa “missão”, de entregar todos os aerogramas, e depois as meninas, respondiam ou não, mas a maior parte aceitava ser madrinha de guerra. Muitos casamentos se realizaram, e ainda se mantêm, segundo conta no seu livro, Madrinhas de Guerra, a jornalista aveirense Marta Martins Silva. O Movimento Nacional Feminino foi uma organização do Estado Novo, criada por iniciativa de Cecília Supico Pinto, em 1961,e apoiada por António de Oliveira Salazar, para dar moral, às tropas que combatiam, lá longe no Ultramar. Mobilizou mais de 300mil ”madrinhas de guerra”.

(imagem: Cortesia de Agostinho Pinto


Mário Rui
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