quinta-feira, 24 de julho de 2014

A dolorosa procura do epíteto raro




E diz o 'entrevisteiro'-jornalista, “mainstream”, de um canal de televisão a propósito das últimas notícias;

“Ricardo Salgado fica em liberdade após pagar caução de 3 milhões de euros. Esta medida destina-se a garantir a disponibilidade do banqueiro para cooperar com as autoridades”

Mentira, digo eu! Se se tratasse do Manel das Favas, o 'entrevisteiro' diria; “esta medida destina-se a evitar a fuga à justiça de Manel das Favas”.

Conclusão; o 'entrevisteiro' não é homem do jornalismo, e por outro lado falta-lhe educação que o transforme num crítico dos acontecimentos que desfilam. 'Artiguleiro' sem predicados para a profissão! Jamais chegará a “underground”, quanto mais a cronista do reino!

 

Mário Rui
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Aeroporto de Beja

 
(foto jornal Público)


Aeroporto de Beja vai ter uma unidade de desmantelamento de aviões (VER AQUI)
Não consigo descobrir a mais ínfima parte do valor pessoal de certos homens, na narrativa dos seus empreendimentos. E quantos outros ainda vão articular ruinosos “sins” a coisas parecidas com esta? Um aeroporto em Beja? Não haverá um lampejo de direito para punir os que deram crédito a mentiras colossais? É infindável a quantidade de insensatez que caracteriza o político português! Fanática pirataria que passa hoje por ser desenvolvimento do meu país! Portugal que falha porque guiado por gente completamente excêntrica ao efectivo progresso deste pedaço de terra!
 
Mário Rui
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Que tempo perdido!



“Procuradoria justifica convocatória do DCIAP e escreve que Ricardo Salgado não é suspeito e nem há indícios de prática de ilícito fiscal. Presidente do BES fala pela primeira vez do caso e explica adesão a amnistia fiscal e regularização de declaração de IRS. A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um despacho em que considera que Ricardo Salgado não é suspeito no caso Monte Branco. E que não existem indícios de crimes fiscais.”
Jornal Negócios - 30 Janeiro 2013
“Ricardo Salgado foi detido esta quinta-feira em casa, no Estoril. A detenção do ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo, agora a ser ouvido por um juiz de instrução criminal, ocorreu no quadro do processo Monte Branco, que investiga um alegado esquema de branqueamento de capitais.”
RTP1 – 24 Julho 2014
 
Que tempo perdido!
Será razoável prever que o ano de 2014 vai ficar na história como a data simbólica que marca o fim de uma época? É sabido que os últimos anos, de resto de forma bastante esperada, têm sido de instabilidade bancária e posturas auto-indulgentes por parte dos agora intitulados “donos disto tudo”, leia-se “DDT”. O que mais se viu, e ainda se vê, são instituições que se afundam no seu próprio sucesso. Por outro lado, a definição de perigo que tem acompanhado estas instituições e seus representantes, tem sido quase sempre uma construção feita pelos próprios mas também e especialmente por terceiros, estes últimos meramente ao sabor, vá-se lá perceber a razão, de opiniões sem grande sustentação, pouco responsáveis e sobretudo nada preocupadas em investigar e divulgar a tempo e horas as ameaças potenciais. Parece não ter havido ninguém em Portugal, talvez graças ao Divino Espírito Santo, capaz de violar o “respeito” da majestade agora moribunda. Ou seja, todos os que por obrigação deontológica tinham o dever de abrir as portas das lojas de cautelas e diligências, não o fizeram na devida altura. Agora vendem suplementos choramingões como que, tarde e a más horas, a atestar da (in)disciplina que lhes escapou quando a mesma a todos nós mais falta fazia. Ontem a porcelana estava intacta, imaculada, hoje já o barro se desfaz e não há pena nem pincel que consiga pintar cores alegres no quadro. São singulares todos estes agentes desta chamada arte nova posto que, fruto das suas lucubrações, até já a conseguiram transformar em nova arte. A coisa assim entendida, mesmo que posta a nú agora, em nada restabelece curso ao nosso bom humor. O motivo é simples; é que a fortuna de vida que alguns arrecadaram, riqueza que, quer se queira quer não, foi dentada em quinhão que era de todos nós, já há muitas luas tinham os simples percebido que mais tarde ou mais cedo iria tombar inerte, apesar de nunca resignada. O que não se percebe é a torrente de larachas com que todos os tais singulares agentes da nossa praça nos brindaram com respeito a esta sumarenta salada de trocas e baldrocas. Neste caso, como em muitos outros de natureza semelhante, troco tribunais, jornalistas, supervisão oficial, alcoviteiros, gatos-pingados, humoristas, macacos de gravata, políticos enjeitados e demais personagens lustrosas, pela concorrência do homem simples do povo que sempre prevê borrasca quando impera a jactância. Afinal de que nos serviu esse cortejo de gente informada e enformada? De nada, foram só patuscos!!!
 
Mário Rui
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Os "Instrumentos Políticos pela Soberania dos Povos"



Bolívia baixa idade legal do trabalho para os 10 anos


 
Não, Evo Morales! Estás redondamente enganado!!! Estás a engrossar a fileira dos 246 milhões de explorados, e mesmo que a economia melhore à custa deste ignóbil sacrifício, também os há honrosos, jamais isso merecerá os agradecimentos da posteridade.

Quando faltam políticas públicas de assistência às famílias necessitadas, quando não se é capaz de investir para aumentar o emprego entre os adultos, esta é a medida “acertada” a que alguns “sábios governantes” recorrem. Mas atenção, a realidade mundial é esta e o resto é conversa de mau político;  trabalho infantil gera lucro para quem explora, pobreza para quem é explorado, faz parte de uma certa cultura económica estúpida e está directamente ligado ao trabalho escravo. A quem incomoda a luta contra o trabalho infantil? Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho escravo. Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho degradante. Se esta medida também é Instrumento Político pela Soberania dos Povos, então não estou devidamente informado sobre o efeito de tais desígnios. Nem quero estar pois deve ser muito perturbante concluir que há razões que não posso compreender.
 
Mário Rui
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sábado, 19 de julho de 2014

Patriotas iludidos



A gentalha que perpetrou este acto julga que as estranhas noções que provocam a desordem das suas próprias imaginações vingam como afirmação de alguma coisa. Se estes homens armados, infelizes, estes patriotas iludidos, soubessem da pouca importância que o mundo civilizado dá à sua oca luta, ou se esperam recolher recompensa por tão tresloucada acção, nunca, mas mesmo nunca, tentariam assustar-nos com as suas maldições!!!
 
Mário Rui
 
“Na semana em que as Nações Unidas declararam ser possível pensar no fim da epidemia do VIH até 2030, a comunidade internacional reagiu em choque à notícia de que a bordo do voo MH17 estariam cerca de cem especialistas que iriam participar no 20º Conferência Internacional da Sida, que começa domingo em Melbourne, na Austrália. Numa altura em que não é pública a lista completa dos passageiros a bordo do voo, algumas instituições tornaram pública a perda dos seus enviados ao encontro mas o número avançado pela imprensa australiana não estava ainda confirmado à hora fecho desta edição. Joep Lange, antigo presidente da Sociedade Internacional da Sida e pioneiro no estudo do VIH na Holanda, é uma das vítimas. Seguia acompanhado de Jacqueline van Tongeren, enfermeira especializada em VIH-Sida que nos últimos anos tinha começado a trabalhar com o investigador na Universidade de Amesterdão. A organização activista holandesa Aids Fonds também perdeu os seus dois enviados ao encontro, que juntará 14 mil pessoas e tem como tema "acelerar o passo." Glenn Thomas, porta-voz da Organização Mundial de Saúde, estava também entre 298 os passageiros do voo, 189 dos quais holandeses.”
 
Jornal i de 19 de Julho 2014
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sexta-feira, 18 de julho de 2014

A Teoria dos Sentimentos Morais

 

Chama-se Dennis Hope, é americano, não podia ser de outro lado, e diz ser o verdadeiro dono da Lua. Afirma ter em sua posse documentos oficiais das autoridades dos EUA que atestam da propriedade a que se arroga o direito de lotear pedaços e, vai daí, como zeloso senhorio do sítio, o seu negócio é vender terrenos lunares. Mais espantoso ainda é haver gente que lhe vai adquirindo parcelas do nosso satélite, transacções que já lhe terão rendido qualquer coisa como 4 milhões de dólares, o correspondente a cerca de 611 milhões de hectares de solo que, presumo eu, deva ser propriedade urbana. Há tratados que proíbem expressamente que qualquer Estado reclame a soberania da Lua, particularmente o Tratado do Espaço Exterior, aprovado pela ONU e ractificado por mais de uma centena de países. Ora, como tal convenção nada refere a propósito de um qualquer lunático que em nome individual se queira apropriar do solo galáctico, o senhor Dennis tomou-se de agente imobiliário e vamos lá ao comércio. No fundo, esta excêntrica e incomum história acaba por se revelar, apesar de tudo, mais sincera do que o que se poderia esperar. O homem não estará a mentir relativamente à oferta de venda do chão do satélite natural da Terra, afinal para ele e respectivos compradores, quem sabe, um pouco as suas segundas casas no espaço. Se a coisa é conforme à lei da Terra ou não, isso é outra discussão que para aqui não interessa trazer. O bem em apreço é este e só compra quem quer, sabendo de antemão ao que vai. Assim, trago esta história a terreiro tão-só para que possamos avaliar do modo como a mente humana parece não ter fronteira que a trave na sua avidez por magnanimidades, agora até as do Sistema Solar. Ao que sei, em Portugal ainda não apareceu interessado que queira resgatar um naco desse solo lunar, o que não significa ausência de visionários parecidos com o nosso amigo americano. Se esta constatação vos parece irreal, então reparem no ‘modus operandi’ de tais lusos utopistas. Muito mais astutos que o senhor Dennis, encarregaram-se os ditos de, antes de tudo, publicarem a obra intitulada “A Teoria dos Sentimentos Morais”. E o que diz este tratado? Pois bem, para além de outras brilhantes partes deste ambicioso e muito cívico projecto, se calhar até literário, pode-se também atentar em capítulos que versam o desenvolvimento da profunda amizade e intimidade que os autores da Teoria dedicam aos seus compatriotas. Desde os princípios da boa economia financeira até à política económica, está lá tudo. Tendo a obra começado por dissecar filosoficamente estes assuntos, acabou em volume escrito prático onde se ensina, pela mão de figuras prestigiadíssimas dos círculos da finança, como abrir as portas da corte e dos salões. Deve ser notado, também, um outro lado da Teoria onde se fala da remuneração do capital, do princípio do bom juro, juro dos autores que não de outros, associados às acertadas decisões de investimento para, depois, ir parar ao verdadeiro sumo da publicação, ou seja, à produtividade do capital próprio. Em suma é livro que contém uma síntese abrangente da evolução económica/financeira operada ao longo de muitos anos em Portugal. No contexto da obra tudo o que se pode dizer é que se trata da narração empírico-histórico da teoria do crescimento de uma Nação. Não fui capaz de levar até ao fim a leitura de tão grande tratado da arte de bem cavalgar todo o tolo português mas, julgo, por ter posto os olhos a páginas tantas, ter visto uma farta secção dedicada ainda à racionalidade da engorda financeira de alguns banqueiros, imaginem, via superestrutura do arreigado sistema mandante cá de dentro que deu ser a muitos dos ilustres responsáveis pela actual fascinante obra que nos ilumina o futuro. E qual é então a similitude entre o dono da Lua e os quiméricos criadores do estado a que o Estado chegou? É simples: são ambos gente de vistas largas, mas se o primeiro se limita eventualmente a enganar os ricos, aritmética de fácil resolução, já os segundos declaram danos aos desarmados e guerra assim feita é não só mal feita, mas também miseravelmente feita! Representa uma grande doença moral! São estas baças intrigas da banca que ajudam sobremaneira à aflição da razão e da compreensão a juntar à justiça e à verdade que parecem não se ofenderem com tais afrontas a um pobre canto de terra, a que ainda se chama Portugal!
 
Mário Rui
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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Acabou a Copa 2014



Acabou o Mundial de Futebol 2014. Alemanha é campeã e qualquer semelhança com a coincidência é pura realidade. Afinal eles também festejam ... ...
 


Mário Rui
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domingo, 13 de julho de 2014

Tardes, como quaisquer outras

 
 
 
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Mário Rui
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Lua cheia





Lua cheia, na noite passada, maior e mais brilhante do que o habitual, fenómeno que só voltará a repetir-se, nas mesmas condições, dentro de 18 anos, informa o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
A verdadeira “Super Lua” visível entre as 21:06 (hora de Lisboa), quando nasce, e as 06:14 de segunda-feira, quando se põe.
 
O fenómeno acontece uma vez por ano, quando a fase de Lua Cheia ocorre perto do perigeu, ponto da órbita da Lua mais próximo da Terra. Nestas condições, a lua cheia é maior e mais brilhante.

 

Mário Rui

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Copa Brasil - Escalando a montanha



A Copa do Mundo Brasil 2014 está a chegar ao fim. Se tivesse de resumir o que se passou na competição diria que a mesma despertou em mim as maiores esperanças, fundadas em duas equipas, Portugal e Brasil. Fechado que foi esse ciclo de confiança, o que sobrou foi afinal uma efémera ilusão de ganhos que mais não acrescenta senão a ideia da necessidade de começar tudo de novo. A velha teoria de que não há que desesperar, mesmo nas situações mais desesperadas, falando por agora apenas de futebol, é algo que já faz parte do jogo português e pelos vistos coisa destinada a ser tolerada de modo humilde. Ainda que falemos em renovação, o surgimento de novos âmbitos de acção que melhorem o desempenho da nossa equipa, atente-se no passado recente, parece ser equação que continua por formular, quanto mais respondida. No caso do Brasil, creio pelo menos por esta vez, também não houve um casamento estável e a confiança manifestada pela equipa foi o que menos se ofereceu ao povo adepto do lado de lá do Atlântico. Quer no nosso caso, quer no brasileiro, o que se deve concluir é que há alianças que começam com a expectativa de mais vantagens e depois acabam por desfazer-se logo que a satisfação enfraquece. No tocante a Portugal, e não querendo sequer avaliar a prestação do treinador, pois analisando melhor todas as variáveis da dita equação, por resolver, é fácil entender que manda quem pode e obedece quem deve, a verdade é que na envolvente habitam muitas situações que apenas conferem à equipa ondas crescentes de incertezas. Não é uma fatalidade mas facto é que assim tem sido este nó que aperta num verdadeiro ciclo vicioso as pretensões futebolísticas nacionais. Esta parece ser a única certeza e não é seguramente questão da nossa inventiva comum. Em suma, e para terminar, este permanente estado de incertezas confundidas com curas só tem levado à derrota do nosso futebol urgindo portanto alterar tal panorama de modo a que possamos alcançar desiderato considerado por todos digno e atractivo. De outro modo, continuaremos a sentir apenas experiências dolorosas, nós, e pelo andar da carruagem o Brasil, embora neste caso por motivos diferentes e que por desconhecimento evito comentar. Remato assim nesta direcção e a tudo o mais quero, e devo, pois então, somar igualmente o resgate dos que, dizem, tratam a bola por tu; no campo, lá onde tudo se decide, Portugal foi uma equipa sem causas comuns e o Brasil um “team” sem ordem nem progresso.

Mário Rui
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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Rádio Voz da Ria

 
 
 
 
Mário Rui
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Espírito nada santo



BES para cá, BES para lá, tudo parece ser como se de festa brava falássemos. A mim, não cuidado nestas matérias da banca desleal que campeia em roda livre pelo país, o que se me afigura certo é que como em Pamplona, festas de San Fermin, tudo se resume à luta pela sobrevivência. Touros desembolados persistem em investidas ante o pacato zé-ninguém que, em lugar de confiar em enxergão amigo que ponha ao abrigo das mentes matreiras a sua economia de uma existência, decide inocentemente colocar a sua vida nos bolsos e na mente moída de gente ávida de sucessos pessoais. É uma luta por sobrevivência que a uns sabe a eclosão de sentimentos expostos na banca da feira das vaidades e a outros a mais não corresponde senão a barafunda, palco da dor pessoal de quem se sente exposto a estes testemunhos públicos de assalto aos tronos que conferem poder, mas também aniquilação completa do carácter cívico de quem os pratica. Bem pode o BdP vir acalmar as consciências mais inquietas, desassossegadas e com razão, pois que ao invés do que se afirma, tudo isto não é mera arte nova, é antes caso de polícia. E como caso de polícia que se assume ser, só há uma solução para estas torpezas do espírito que não é nada santo; uma extorsão assim metodizada só pode ter o caminho da condenação. A mais não se pode aspirar e acrescente-se mesmo o nosso riso legítimo e a nossa pequenina vingança se todos estes espíritos vierem a tombar. Se nos são prejudiciais, que mais podem esperar? Ah, e cabe-nos apupá-los mesmo depois de condenados. Afinal está decididamente instalado o caos, ninguém sabe onde começa e muito menos onde acaba o romance em torno do grupo espírito santo – com letra pequenina, como deve ser – quer se trate do BES, BESI, BESA, empresas, holdings, offshores e circo restante que gira à volta do nome. O cenário é a prova provada que vivemos um tempo e um país que se arroga o direito de dar alcova impune a entrudos mascarados de toureiros que assim desempenham o martírio destas lides. Repito, se as pessoas de Pamplona cedo se vestem de branco mas depois é o vermelho que predomina, então não há grande diferença quanto ao que por cá se passa. A existir, ela reside basicamente no facto de, no meu país, igual vermelho corresponder tão-só à sangria que rapidamente tomou conta de todos nós. Por culpa do nosso tempo que acabou por englobar certos homens em três categorias; os maus, os bons e os burros, ou seja, os animais de ataque, os animais de trabalho e os que vivem de fantasia. Todos são culpados, mas a ajustar este estado de coisas, eu começaria por transaccionar os maus cobrando-me da mesma moeda que usam para com a nossa boa consciência, depois diria aos bons para se afastarem do convívio dos atacantes e finalmente recomendaria aos burros, eu mesmo, que se vissem melhor ao espelho de modo a achar a careta mais adequada para cada um dos efeitos cénicos da triste vida em que os espíritos prevalecentes nos meteram.
 
Mário Rui
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sexta-feira, 4 de julho de 2014

BES Esperança BBDO




“Nos tempos que correm é difícil acreditar, mas a esperança existe, é real. E foi por aí que o BES começou”.
Lá que deve ser difícil de explicar, eu aceito. E alguém me sabe dizer como irá acabar?  É que esperança, muitas vezes, é coisa tão volátil nas mãos dos que têm interesses próprios a defender ou panaceias a vender que, ao mais modesto dos depositantes,  só resta dar nota das suas apreensões que as tendências do momento criam no seu espírito. Por mim, quanto mais vejo mais articulada e explícita se torna a minha desilusão. Uma grande esperança, isso sim, seria evitar a produção de tantos resultados indesejados, e especialmente o processo pelo qual os mesmos se verificam. Esperança, seria não ter permitido que experiências perigosas neste sector em particular conduzissem a situações
que ninguém entre nós deseja. Tudo o resto é prosápia.


Mário Rui
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Chouriçadas



O IVA do pão com chouriço, com nozes, passas ou torresmos locais está mais baixo desde sexta-feira, dia em que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) reduziu o imposto desses produtos regionais de 23% para 6%. Ora aí está uma boa notícia especialmente dirigida aos mais pessimistas que insistiam em desânimos mil, que se sentiam espoliados, agredidos, essa massa anónima chamada de povo. Agora, das duas, uma. Ou esta Autoridade Aduaneira precisa de mais cinquenta anos de idade, ou então de mais cinquenta anos de reflexão. Com estas virtudes, que reconhecemos e veneramos, estamos certos que a seguir virá a redução do IVA também para o copo de tinto, para o bolo de bacalhau e já agora para a arte de assim viver. Queremos que a AT continue a agir com base nesta crença de modo ainda mais resoluto e enérgico esperando que estes sucessos melhorem a qualidade das nossas vidas. Poderíamos até dizer que a nossa era moderna começou agora mesmo, com a proclamação do direito humano universal à busca do "choriço", afinal da felicidade.

 

Mário Rui
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