quinta-feira, 22 de junho de 2017

Por aí

 
 
 
 
Mário Rui
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Deputados vão discutir e aprovar reforma florestal em 28 dias


“Rapidamente e em força”, tal como o outro e que afinal deu errado. E se se resolve assim em tão pouco tempo, qual a razão porque não foi feito antes da tragédia? (LER AQUI)
Por tudo o que não tem sido precavido ao longo de tantos anos por todos os governos, por tudo o que também a ambição de alguns privados se tem permitido, por tudo o que as mais variadas entidades supostamente acreditadas não têm feito quanto à salvaguarda da matéria frágil com que somos feitos e sobretudo desfeitos, nós, a Natureza de todas as coisas, perdoa ainda ao pior pecador, mas exigimos arrependimento sincero. Talvez seja altura de muitos destes agentes se retratarem. Mas, porque sei que muitos deles até de boca fechada mentem, mais não digo. E só não o faço porque há emergências na vida cuja definição do pensamento e da justificativa da intenção que me vai na alma para as dizer, podem sair-me como conclusões intempestivas irrefletidamente tiradas do silêncio a que a conveniência obriga. Não obstante, no ânimo de não calar tudo, porque no pretérito pouco foi oferecido às gentes de Pedrógão e às de outros ‘pedrógãos’, quero dedicar a muita desta insolência política e respectivos acólitos que pertencem ao estilo mentiroso, falso, do nosso tempo, o meu nojo pelo persistente desapego que sempre mostraram em relação à natureza, ao homem, à história, à sociedade, ao indivíduo, à colectividade. E vejam lá se começam a perceber que já a multidão se inicia no  resmungo, finalmente e com razão, tantas têm sido as vossas maravilhosas soluções, elixires ensaiados para o problema da floresta mas que invariavelmente acabam vertidos mas é sobre as carcaças dos povos caídos! Já não medra feto nem canta pássaro lá no sítio onde a morte foi certa na hora incerta, meus sacanas. Aqui, ardeu Tróia! Penitenciem-se como puderem, mas penitenciem-se, todos, meus sacanas! Foi sempre o vosso facilitismo a atrever-se a perturbar a vida alheia, meus sacanas. Pela culpa que me toca quanto a tudo isto, também a tenho, peço desculpa a Pedrógão. Certamente terei sido igualmente responsável por viabilizar tanta mediocridade ao longo de tantos anos. E agora, triste, a pedir com o que me resta de escrita, um salvador, reconheço que afinal os salvadores são todos bombeiros voluntários. Só! Valha-nos essa salvação pública pois a outra dificilmente tirará o país do cataclismo!
 
 
Mário Rui
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