quarta-feira, 22 de junho de 2011

O aborrecimento desaparece logo que somos levados ao quase épico!

Mitos


«O fóssil não chega a um centímetro, é uma pequena vértebra encontrada numa pedreira no condado de Sussex, no Sul do Reino Unido. Mas mal o paleontólogo Steve Sweetman olhou para o osso, percebeu que não poderia pertencer a uma cobra, seria provavelmente de um dinossauro, minúsculo. O artigo sobre a descoberta foi publicada na revista Cretaceous Research.»
(Jornal Público)


E eu a pensar que se tratava de um pardal-ladrão. Afinal há dinossauros anões. Como em tudo na vida. O que parece grande às vezes é tão pequenino que somos levados à aceitação de mitos. Puro engano.
Mário Rui

Conclusões


O objectivo de um argumento é expor as razões (premissas) que sustentam uma conclusão. Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na realidade não sustentam. Da mesma maneira que há padrões típicos, largamente usados, de argumentação correcta, também há padrões típicos de argumentos falaciosos.

Ah grande Villas. Tanto amor ao clube, repetido vezes sem conta, que só inventa a melhoria aquele que sabe mentir. Como é bom às vezes nem sequer os nossos pensamentos traduzir inteiramente por meio das palavras.

Mário Rui

Expliquem-me lá!



«Os candidatos a magistrados suspeitos de conhecerem por antecipação o exame do CEJ deverão ser submetidos a nova avaliação. Vai realizar-se uma averiguação interna e deixará de haver os chamados "testes americanos" naquela escola de formação de juízes.Foi o que o vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura(CSM), Bravo Serra, propôs aos directores do CEJ com quem esteve reunido esta tarde.»


Então, mas expliquem-me lá. Os que nos vão julgar, julgam-se a si próprios deste modo? Até podia haver verdadeiramente alguma coisa a dizer em favor da excepção, mas desde logo com a condição de que ela nunca, mas nunca, se queira transformar em regra. Ou será que já é?
Mário Rui

Balanço do meu primeiro ano em Lisboa



Agora que terminou o meu primeiro ano de Mestrado em Lisboa, aproveito para vos revelar aquilo que de melhor a cidade me ofereceu.

Em primeiro lugar, quem estuda em Lisboa – e esses não me deixam mentir – sabe que a capital é mais propícia ao ócio e ao lazer, porque a oferta assim o permite. Por isso, aconselha-se uma daquelas caipirinhas que nos custam os olhos da cara – mas que valem a pena - neste ou naquele miradouro com vista para a cidade e para o rio Tejo, uma tarde às compras no Chiado ou um vinho branco nas casas de vinho do Bairro Alto, esse lugar especial que todas as noites parece diferente e que é impossível não gostar, principalmente nas noites em que a camisola fica em casa para nos deixarmos levar pelo calor da noite. E é muito, mesmo no Inverno.

Lisboa é também o local de alguns dos mais luxuosos e sofisticados clubes nocturnos do país e do mundo, clubes que se podem dar ao luxo de ter como proprietário o famoso actor John Malkovich ou orgulhar-se de ser o único clube do país a constar da lista do World’s Finest Clubs. E há também aqueles mais vulgares, mas que nem por isso desiludem os seus clientes que sempre saem satisfeitos depois de uma noite aberta para o Tejo com as luzes da pista a reflectir no rio.

Em Lisboa estão as sedes das mais importantes empresas nacionais e filiações de gigantes internacionais. Talvez por isso as oportunidades na capital sejam mais e melhores. É também verdade que, regra geral, se é melhor remunerado e há mais facilidade em arranjar emprego ou estágio e, por isso, o poder de compra é também mais elevado e a qualidade de vida mais cara.

Já vos falei da oferta que me parece ser bem maior do que a procura. Todos os dias da semana, sem excepção, há espectáculos, exposições, concertos, alguma coisa para ver, ouvir e sentir. Lisboa é literalmente uma cidade europeia. Tem movimento e dinamismo, tem a dimensão e o aspecto daquelas cidades que nos habituámos a ver nos postais das grandes cidades dessa Europa fora, tem ritmo e energia.

Não me posso esquecer das pessoas que tornaram a minha estadia em Lisboa mais fácil e gratificante, das boleias naqueles finais de noite que rapidamente se transformavam em dia, das amigas das minhas amigas, dos jantares caseiros, das confidências e daquilo que nos faz gostar das pessoas, mas que não se explica.

Em Lisboa conheci pessoas fantásticas e amigos que guardarei para a vida e que me conquistaram em bem menos tempo do que pessoas que conheço há muitos anos. Desculpem, mas é assim mesmo! É também mentira que os lisboetas sejam fechados e carrancudos. São simpáticos e hospitaleiros.

Não posso também esquecer o sotaque particular das miúdas da capital, da pinta das de Cascais e do Estoril, daquele jeito único e arrebatador que desarma qualquer homem e das turistas polacas, suecas e inglesas.

No fundo, só tenho de agradecer a quem de direito por me ter dado a oportunidade de viver e crescer com tudo isto e dizer-lhes que, felizmente, ainda não acabou!
Rui André