quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Afinal, o Goldman Sachs manda no mundo?



Respondia eu, há alguns dias atrás, a um amigo no FazDeBook, a propósito do título deste 'post' e do seu conteúdo, conteúdo feito notícia, na altura veículada pelo jornal Económico: «poderei estar enganado, mas só o nome do banco já me assusta. É Sachs, o que sempre me faz lembrar que na sua retaguarda estará qualquer coisa de germânico-judeu».


Não que tenha algo contra a natureza deste sentir ou ser-se germânico-judeu mas, sempre me pareceu, que estes homens eram difíceis de perceber e ainda mais difíceis de descobrir. Insondáveis as suas congeminações e, então, enquanto espero, converso comigo mesmo, repousadamente. Já poucos me contam algo de novo, razão pela qual contarei algo a mim próprio. E o que disse na altura, pese embora o facto de nada perceber de economia, exceptuando aquela que a mim me impuseram por cretinice de alguns, afinal não andava muito longe da verdade. É que ser-se velho, não se tratando propriamente de um estado pessoal muito agradável, digo eu, tem pelo menos a vantagem de nos educarmos a nós próprios para a severidade, a dureza e a hipocrisia de muito 'boa' gente.


Pronto, já desabafei e então agora peço-vos que leiam a notícia de última hora que já faz manchete em alguns periódicos e não só. Aí vai:


«Crimes financeiros. FBI prende ex-director da Goldman Sachs sob acusações de inside trading
EUA seguem exemplo islandês e começam a julgar um dos responsáveis pelo estalar da crise financeira em 2008. Occupy Wall Street regozija.
One down, hundreds to go” (um já está, faltam centenas) foi a reacção de alguns seguidores das páginas de movimentos ligados ao Occupy Wall Street no Facebook assim que a notícia foi publicada: Rajat Gupta, ex-director da instituição financeira norte-americana Goldman Sachs, entregou-se às autoridades federais dos Estados Unidos para ser julgado por crimes financeiros.Um dos mais respeitados nomes da elite do mundo financeiro foi detido pelo FBI na manhã de ontem, em Nova Iorque, uma hora depois de duas fontes da Goldman Sachs terem avançado sob anonimato à AFP que o ex-CEO pretendia entregar-se às autoridades – depois de ter sido indiciado por uso ilegal de informações privilegiadas para obter lucro nos mercados, o famigerado inside trading


Já perceberam quanto é insultuoso incluir-se hoje o homem, que se expressa com rodeios e parábolas e mentiras e desonesto, entre os que lutam uma vida inteira na procura de um amanhã mais sorridente?


Mário Rui

O pássaro de fibra de carbono




O novo Boeing 787 Dreamliner aterrou hoje em Hong Kong, destino escolhido para o voo comercial inaugural do mais recente modelo do fabricante americano que durou quatro horas e oito minutos.
O 787 Dreamliner descolou do Aeroporto de Narita pelas 12:45 horas locais (04:45 em Lisboa) com um total de 240 passageiros a bordo, sendo que alguns despenderam dezenas de milhares de dólares para aceder ao privilégio.
Hoje foi operado um voo 'charter' pela companhia All Nippon Airways (ANA), a quem foi entregue a primeira aeronave, estando o arranque dos serviços regulares agendados para Novembro.
Depois de ter efetuado o primeiro voo internacional comercial entre Tóquio e Hong Kong, a transportadora japonesa ANA pretende abrir as linhas internacionais regulares com destino a Pequim até ao final do ano. Já em 2012 a companhia planeia iniciar a rota de Frankfurt.
A partir de 2013, o construtor americano planeia fabricar, por mês, dez Boeing 787 Dreamliner, após a produção da aeronave ter sofrido uma série de problemas técnicos, que custaram milhões de dólares e obrigaram ao cancelamento de encomendas.
O desenvolvimento do novo modelo da Boeing atrasou-se cerca de três anos quando cerca de 50 companhias em todo o mundo tinham rubricado encomendas para 800 aviões do modelo de voos de longo curso.
O 787 Dreamliner é maioritariamente construído em fibra de carbono e outros materiais leves, que lhe retiram peso proporcionando uma poupança de combustível na ordem dos 20 por cento relativamente a outras modelos de aeronaves de comparável envergadura.
O Japão, país onde a Boeing detém hegemonia sobre a rival Airbus, figura como um mercado de grande dimensão para o novo Boeing 787 Dreamliner

Mário Rui

Parlamento Italiano




Eu bem sei que, ainda, não foi cá. Mas pelo caminho que isto leva, também cá há-de chegar. Porque o Homem da minha civilização não se define através dos homens. São os homens que se definem através dele.

Mário Rui