domingo, 4 de agosto de 2013

Estúpidos que são!




Às vezes apodera-se de mim uma vontade irresistível de desistir deste Portugal. Não que o meu país tenha culpa ou sequer o mereça. São antes algumas cabeças ´pensantes’ feitas políticos, comentadores de política e afins, que me dão tal volta ao miolo. Quando os oiço e consigo raciocinar, sinto-me impelido a ignorá-los, a abandoná-los como se estivesse em presença de seres execráveis. Acabei de ouvir da boca de um desses, que os limites à renovação sucessiva de mandatos, no caso do presidente de câmara municipal e do presidente de junta de freguesia que só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos, em sua opinião, não pode fazer lei simplesmente porque tal preceito não está consignado na Constituição Portuguesa. Então e o corte dos subsídios de férias e de Natal também não é inconstitucional? E o desemprego? E o acesso à saúde para todos? E o acesso a uma vida condigna? Deixar falar publicamente estes carrascos, isso sim, deveria ser decididamente inconstitucional, proibido! Carrascos que vencem no dia certo, pouco ou nada preocupados com a renda de casa, da água, da luz, do gás, com o desemprego dos semelhantes, com a prestação dos estudos dos filhos, com o choro de pessoas aflitas que não comem por não terem dinheiro! Carrascos que profissão nunca tiveram pois que gravitaram sempre na esfera da política que lhes alimenta o ego e especialmente a carteira. Acham-se no direito de apontar o caminho aos outros quando afinal nunca tiveram necessidade de trilhar caminho algum. Gentalha sem vínculos que arrasta consigo a tragédia da fragilidade dos laços humanos, com sentimentos descartáveis, ansiando pelo convívio das tertúlias que lhes tragam segurança mas nunca esticando a mão àqueles cuja vida é um permanente inferno. Estúpidos que são, há coisas que só se revelam à consciência por meio da frustração que provocam. Será que entendem isto? Talvez não. Pois se frustração foi sempre estado de alma que nunca vos afectou, como podem vocês ter relações satisfatórias com os outros? Ao menos calem-se, escondam-se, não lancem mais armadilhas e deixem que sejamos nós a falar pois as verdades que calamos, há já muito tempo, estão a envenenar-nos rapidamente.
 
Mário Rui

Este marcou-me!













































Este marcou-me! Em 1971.
 
O festival de uma geração! Voltará em 2014.
 
O festival de música de Vilar de Mouros regressa entre 7 e 10 de Agosto de 2014, após oito anos de interregno, passando a ser organizado, segundo modelo recentemente apresentado, por uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). "O festival de Vilar de Mouros, quando surgiu em 1971, foi pioneiro em Portugal. Agora, volta a ser pioneiro ao estar associado a uma causa solidária", explicou a presidente da Câmara de Caminha, Júlia Paula Costa, sobre o novo modelo de organização, que entrará em vigor no próximo ano prolongando-se até 2017.
 
Mário Rui