sexta-feira, 28 de novembro de 2014

60 buscas cercam Ricardo Salgado



60 buscas cercam Ricardo Salgado  LER AQUI
Portanto, a partir de agora, decreto eu, e após aturada ponderação/decisão resultante do aprendido no seio das recentes e não menos sapientes opiniões de alguns ‘advogados do diabo’, sempre que houver necessidade urgente em deter um suspeito, deve-se convocar uma comissão especializada para fazer o telefonema a pedir ao dito que venha até ao tribunal, mas sem pressas, devagar que tem tempo.
 
No caso do suspeito não atender o telefone, então deve ser marcada uma eleição, há sempre tempo para ir a votos, de modo a escolher-se o representante da Justiça incumbido de o procurar.
 
Se mesmo assim for de todo inviável o telefonema e a procura pessoal, então passe-se à fase seguinte; “toque-se harpa, enquanto Roma arde” pois há sempre uma melodia ou uma cançoneta capaz de trazer qualquer “anjo” à terra.
Não percebo porque razão tão eficiente fórmula não foi já usada com outra tanta (i)maculada gente. Não estou a dizer que fosse de todo necessário esse penoso trabalho; estou só a dizer que seria fácil e seguramente apropriado fazê-lo. Seria bonito e muito fraterno para com os in...justiçados do regime.
 
Ah, e já agora, teria por certo uma outra vantagem; evitar-se-ia que as palavras proferidas por alguns supostos impolutos se assemelhassem mais a conversa de taberna do que propriamente a espírito democrático.
Havia de ser cá um vale de limas morais com vara e penedos tendo oliveira na costa, em jardim de rendeiro, com um loureiro a florir em casa pia junto a mar salgado, que ninguém imagina.
 
Mário Rui
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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cats



Miando pouco, arranhando sempre, escondendo-se algumas vezes e não temendo nunca!
 
 
 


 
Mário Rui
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Está frio, muito frio



Diabo, está frio, são três da manhã. Frio de um país que não conta com gente que o aqueça, que o valorize, e ao invés só lhe mostra o bolor das trevas cada vez mais presentes nas fundações já de si esboroadas de tantos invernos assassinos. É um frio tenebroso eivado de temperaturas políticas mandantes e mandadas que insistem em ocultar um nome temido e ao mesmo tempo desejado; corrupção. Aqui reinará o sério, dizem uns, outros compram a lotaria do dia seguinte, apostam na sorte do oculto, e quando ambos saem da loja dos acasos tudo o que se nos é dado a perceber é que compraram bilhetes deveras premiados de ardis, astúcias e falsidades. E assim fica a frieza de um país ainda e mais uma vez prenhe de tradições não desejadas mas já esperadas, mão cheia de reticências que são a chancela de um sítio de ilegalidades, de desesperanças, afinal o romance glacial autor da própria história de muito do desprazer lusitano. Não sei se somos mais que isto, mas juro que ainda podemos ser menos do que isto pois se Alcácer-Quibir já foi nódoa que manchou brio e chão de cá, névoa maldita, nada me garante que mais cerrado nevoeiro não venha de novo para depositar finalmente a redacção da nação em tumba almofadada sobre a qual os encadernadores de Portugal hão-de enegrecer o livro que vão escrevendo. Podemos estranhá-lo, mas nunca desacreditar de tal baixeza, agora ao alcance apenas de mais uma ou duas assinaturas de ultraje posto que servirão de cunho derradeiro do que foi Pátria de gente e agora definha em pêlo, em estado de completa nudez. E tenho a certeza, mesmo que me confranja, que tumba que enterre as causas ímpias do nosso falecimento, será no dia seguinte talhão onde alguns depositarão palmas, não aos restos do expirado, coitado, mas antes aos artífices dos invernos assassinos que os lá puseram. Esses mesmos, hoje, como lhes convém, estão já a preparar a placa evocativa do finamento de Portugal para lá inscrever não o nome do pobre defunto, mas sim para apagar os nomes dos respectivos artífices de tais invernos matadores. E destes últimos, na inscrição, ler-se-á; «como é sereno e radioso o aspecto dos invernos augustos e eternos que ajudaram a (a)fundar o nome de Portugal». A cena será solene, e o gato ressonará, a vela apagar-se-á, a flor murchará, o coveiro dormita e entretanto outros invernos assassinos virão. Ah, e ainda nos falta ouvir o que nunca vimos, ler o que nunca ouvimos e ficarmos pasmados com o que nunca imaginámos. Fomos e somos únicos, mas também uns ingénuos e assim nos vamos na admiração de alguns mistérios pessoais que são selo carimbado de muitos nojentos carácteres. Tenho frio, e muito medo das dentadas famintas dos invernos que arruínam.
 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Money, it´s a crime...



Ventava e chovia e eu a ver as enganosas refracções que conferem direitos a coisas que não respeitam deveres.
 
Money, it's a crime
Share it fairly, but don't take a slice of my pie
Money, so they say

Is the root of all evil today
But if you ask for a raise, it's no surprise that they're
Giving none away
 
 
 
 
Mário Rui
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Subvenções vitalícias a antigos políticos foram aprovadas (jornal Expresso)



Subvenções vitalícias a antigos políticos foram aprovadas (jornal Expresso)
http://expresso.sapo.pt/subvencoes-vitalicias-dos-politicos…
É justamente por causa desta excursão indigna de extravagâncias que o povo cospe para o chão. É justamente por causa desta digressão porcina que um homem usa uma linguagem grosseira. E estas coisas têm forçosamente de acontecer e ser ditas enquanto esta relação for indecorosa, sobretudo porque este sítio, a que uns tontos ainda chamam de casa da “democracia”, já nada mais representa senão um imperialismo que gosta de desprezar os inferiores. Vergonhoso, senhores deputados, vergonhoso. Esta “democracia” que tão cara
vos é, só porque vos aconchega, deveria ter por máxima aquela ideia que diz que dois homens, vocês e nós, devem partilhar um guarda-chuva; e se não têm guarda-chuva, devem pelo menos partilhar a chuva. Mas convosco, este princípio não funciona. Estamos todos no mesmo barco, mas só nós estamos enjoados. Enjoados da vossa “democracia”, da vossa nuvem mítica que se transformou em clube privado de actos basicamente opressivos porque são essencialmente desencorajantes para os que lutam dia-a-dia por um país melhor. Aqueles que não se cansaram do ideal da verdadeira democracia mas que estão fartos da sua triste realidade. E nunca há-de ser pelo facto de se obrigar um ilustre povo a lutar pela sobrevivência, como ele vive, que se pode impedir esse povo de pensar e divulgar a dificuldade em que vive. Grandes deuses da ganância, isso nunca calaremos!!!
 
 
 
 
Mário Rui
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A foto de todas as esperanças humanas



Ora, como produzir ou mostrar imagens de pura magia - grande Houdini – há-de ser coisa para mágico fazer, sempre seria melhor evitar com toda a diligência este tipo de logros jornalísticos, não só porque alguns jornalistas deveriam limitar as suas narrativas ao real, já chegam as vezes em que nos falam da conquista de um país sem que tenha havido qualquer invasão, mas sobretudo porque muito convinha que o trabalho do jornalista consistisse apenas em informar acontecimentos de importância efectiva, ou de notoriedade incontestável. Ou então, publicar notícias que promovessem a conveniência geral mesmo que isso prejudicasse a privacidade dos tolos que em tudo acreditam.
 
 
Mário Rui
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Vocações e equívocos ou a origem da velha nova ganância nacional



Falo-vos da cegueira e desatino dos tempos que correm porque são destinos a que alguns se habilitam envergonhando a nobreza da nossa terra. Cuidem-se as estrelas os cometas e até os planetas pois mesmo o Céu já foi injuriado por esta ânsia de apetites aconchegados nos mais ocultos segredos deste mistério que hoje é Portugal. E assim dito e melhor pensado, de outro modo não o escreveria, aproveito também para, tendo em vista atender ao termo da sofreguidão desta sede que nunca se farta, acrescentar que é altura de correr as cortinas, para cima, bem entendido, de feição a que possamos mostrar ao Mundo esta nossa triste história chamada de passado, presente e quiçá futuro. Nós, os de cá, não gostamos mesmo nada deste curso reviralho que nos infligem mas os de fora rir-se-ão a bandeiras despregadas com este carácter dos coveiros nacionais, força discreta o suficiente que actua directamente em rede e cuja pujança indemonstrável é de uma grandeza tão irredutível, mas tão irredutível, que sentada, de pé, caminhando ou fazendo o que quer que seja, só edifica em altura e volume a vileza em que se tornou este português pântano de saqueadores. Quando a maioria finalmente decidir a favor da abolição desta imoral maneira de maltratar os outros, inteiramente injusta e desnecessária à vida que levamos, talvez aí possamos sonhar com país onde o futuro da democracia e da moral deixe de ser pessimamente projectado através dos livros escritos por estes ladrões de estrada. Mas votando, ou melhor, talvez até não votando, mas decidindo apenas (pois eu tenho a impressão que no que toca a voto, e se acompanhados por esta seita de mercadores, apenas vejo nessa forma de escolher agressão mortal à democracia e à liberdade) ainda havemos de tomar providências efectivas de modo a que possamos ter de volta toda a quantia que nos roubaram e, ao mesmo tempo, cautelas para que não sejamos novamente roubados. Gente assim, que come à má fila no restaurante dos outros, e fá-lo muitas vezes, tem o mau hábito não só de ingerir o alimento como o de comer o próprio cardápio e se esta prática nem com cárcere se esfuma, como é que há-de desaparecer com o tempo? Cuidemo-nos, pois!
 
Mário Rui
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gula insatisfeita

 

Vistos Gold - Detido director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
A mim basta-me saber que um homem podia ter adormecido há 30 anos a ler o jornal do dia e ter acordado a semana passada a ler o periódico da semana passada, que havia de lhe parecer que as notícias eram sobre os mesmos lamentáveis factos e sobre pessoas de igual natureza.(LER AQUI) De resto, a única conclusão a tirar é a de que tudo continua a apontar no sentido de não haver grandes esperanças de vermos o fim de todo este lamentável pardieiro. Como de justiça à portuguesa também já estamos conversados, agora talvez só reste a rigorosa disciplina do mosteiro e, mesmo essa, que se cuide, pois ante tamanhas diversidades de maus impulsos,  acho que já não há nada que preste ajuda à gula insatisfeita.
 
Mário Rui
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Direitos dos filhos, deveres dos pais



Esta senhora de espasmos políticos profundos e desoladores  indigna-se muito com o facto de, segundo ela, Portugal ter demasiados licenciados (LER AQUI).  Ora bem, sosseguem os espíritos nacionais pois há vozes que não chegam ao Céu e o importante é que não nos indignemos nós próprios pelo facto de termos licenciados a menos.  O resto, por banda da personagem, devem ser só memórias do avô.  Salvo alguns erros lamentáveis e uns desvios imbecis, nos últimos anos,  no que toca ao Ensino em Portugal, a verdade é que, mesmo assim, a aprendizagem superior vale sempre a pena pois é uma arma poderosa e que, no nosso caso,  talvez  até sirva para que os portugueses melhor percebam como eram feitos os manuais de “moral”  escolar alemã,  os seus “tratados de higiene popular”, com precisão e solenidade, os imperativos de “limpeza corporal”, a sua “literatura filantrópica”, os seus “imperativos éticos humanos”,  e o número de “licenciados “ que o país da senhora Merkel  então produziu.  Tudo assuntos não muito longínquos no tempo e exemplos vivos de “essência democrática e bom ensinamento” que lá mesmo  nasceram e, desses, nunca lhe ouvi crítica dedicada.  Mais do que nunca, os deveres de cada um para consigo próprio estão atrofiados, mas falar dos outros é um vigor atlético. Que ser séria era bem bom falado, mas o resto, tudo patacoada.
 

 

Mário Rui
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Tradições



Uma das coisas verdadeiramente interessantes que se pode fazer por uma tradição é levá-la à prática. Sobretudo porque esquecer coisas antigas e antiquadas não é grande prova de bom futuro.
 
 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Halloween! Dia de quê...???



Não gosto do “dia das bruxas”, e acabou! É um direito que me assiste. Não gosto de ver quem se satisfaz com aqueles propósitos, graves nos seus uniformes fatídicos, como que em jeito de receber enterros, algo que ainda estou para perceber de que modo se liga às tradições portuguesas. Dá-me ideia de um monte de gente com ventres perfurados com facas de ponta e mola e nisto não consigo vislumbrar mais do que deboche em tasca rasca. Eu bem sei que há alguma maldade em muitas outras manifestações populares de regozijo, ainda que diversas desta coisa importada lá dos “States”, mas odes a sangue e jeitos tétricos nunca foi trato que aplaudisse. Até sei que também há crueldade no quotidiano, como há na cleptomania, bebedeiras e outros vícios sem nome, mas o que posso eu fazer quando vejo vampiros de hálito ardente e sequiosos no rasgar de uma mortalha, cortando com uma navalhinha as camisas? Nada! Não gosto do “dia das bruxas”, e acabou! Mas desejo fazer aqui uma pergunta muito simples e enfática. Alguém é capaz de fingir sequer que aponta bom rumo a uma manifestação que nunca foi tida nem achada como costume popular? Se me provassem que estes “foliões” têm tanta razão para comemorar este fétido dia, como um limpa-chaminés tem para andar coberto de fuligem, eu até curvava a minha obstinação diante de semelhante “inteligente maldade”. Como ainda não me convenceram, não gosto do “dia das bruxas”, e acabou!

 
Mário Rui
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