quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Aqui se joga o futuro do País










































Aqui se joga o futuro do País. Governo dos homens ou governo das leis?
Eu bem dizia, ontem mesmo, que isto não ia ficar pelos cães e gatos. Não me enganei. Então não é que já vai nos peixes, tartarugas, canários, e vai daí, a seguir, vem a abetarda, o abutre, o arrabio, o bufo-real, o bútio-vespeiro, o pato-fusco, o  colhereiro, o mocho,  e sabe-se lá mais o quê...  Gaiolas, nós arranjamos. Para “enjaular” alguns falcões-peregrinos, de asas largas, cauda curta e espesso bigode. São os maiores falcões que vivem em Portugal. Voam que se fartam...
 
Mário Rui

Cão ou gato, que mal tem?



O Governo quer alterar a actual lei sobre animais domésticos limitando a dois o número de cães por apartamento e a quatro o número de gatos.
Doa a quem doer, mesmo que canino ou felino, há que demolir as consciências do que resta. Cães e gatos não estão excluídos e, já agora, suspeito, está em congeminação um imposto sobre os mesmos. Quando contemplo este circo decrépito onde cómicos enferrujados se esforçam por vislumbrar vantagem para um Estado ávido das misérias dos seus viventes, já só me dá para desconfiar de tudo. Que mais me resta? Desconfio, para não deprimir.
É só atribuir-lhes um número de contribuinte, uma senha, e eis que a Fazenda Nacional só terá a ganhar. Pois se o resto já paga, da juventuda à maturidade, do fingimento à sinceridade, da economia à cultura, da ciência à religião, da linguagem à discussão, do trabalho ao descanso, porque não mais duas espécies a verterem dízimo? Que importa se são irracionais? Mas fechem lá depressa este processo pois que a seguir ainda temos as nuvens para tabelar e depois taxar! Finda mais esta demanda, já só fica em falta a hipnose do tijolo. Lá iremos, estou certo. Senhor, e o que fazer aos ratos?

Mário Rui

Que barateza de país...



Federação Portuguesa de Futebol paga salários milionários
«O presidente, Fernando Gomes, recebe 28 salários mínimos, mais subsídio de alojamento, o que perfaz cerca de 16 200 euros por mês. A este valor ainda acresce o pagamento das despesas e os quilómetros para deslocações. A verba que leva para casa está imune aos cortes porque se trata de uma entidade privada, ainda que receba subsídios do Estado»
«No total, cada um dos três vice-presidentes - Humberto Coelho, Rui Manhoso e Carlos Coutada, aufere 9840 euros mensais, a que acresce uma série de extras como o pagamento de despesas de alimentação e quilómetros»
«O mesmo se passa com os três diretores João Vieira Pinto, Pauleta e Pedro Dias, que levam para casa mensalmente 8150 euros.»
Imprensa de ontem

 Já serão poucos os que terão ânimo de confessar a sua portugalidade ante o carácter específico da cultura e da história de Portugal.
Ora, só há um modo de escrever a própria essência deste país, é contá-la toda, o bem e o mal!
Tal, procuro fazer eu, à medida que me vou lembrando e convidando à construção ou reconstrução de mim mesmo. Por exemplo, agora que contei um pecado, diria com muito gosto alguma bela acção contemporânea, se me lembrasse, mas não me lembra; fica transferida a melhor oportunidade.
A maior parte dos erros em que laboramos neste mundo provém da falsa definição, ou das noções ardilosas que lemos do bem e do mal. Que pobre Portugal vamos deixar aos nossos filhos! Que barateza de país que se arroga o direito de esbanjar dinheiro nos seus momentos mais amargos e penosos!!!
E a festa continua! Quem paga? Todos nós.

Mário Rui