sexta-feira, 29 de março de 2019

Domingo muda a hora e os dias vão ficar maiores

Domingo muda a hora e os dias vão ficar maiores
 
Vivemos num planeta minúsculo de um dos milhões de estrelas à beira de uma entre algo como cem mil milhões de galáxias. Confusa, a coisa? Era só para dizer que estou enamorado da hora de Verão. Traz com ela uma acrescida vitalidade, uma espécie de avivamento.

 

Mário Rui
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FC Porto tinha sala e computador de acesso restrito para analisar emails do Benfica


 
Se fede e não faz sentido, é futebol à portuguesa (LER AQUI)
Pode haver um grande charivari sobre o adversário, sobre o que ele diz e faz, sobre o ataque que se desfere, sobre a hostilidade mútua que se vomita, e tudo isto vindo não importa de que lado. Quanto a certezas, só tenho uma; o termo “nobre” já não figura na linguagem contemporânea, nos actos, muito menos nos futebóis d´hoje. E ainda que as trompas possam soar nas bancadas deste delírio, a verdade é que nem bálsamos, nem orvalhos na relva, tão-pouco falsas moralidades, prantos vindos das cadeiras ou cânticos dos peregrinos da bola, explicam a demência destes tempos. Se uns são santos e outros pecadores? Não, são todos iguais, pois tudo é apenas propósito de jogar roleta russa com a cabeça dos outros. A insolência deles todos, pecadores, após suficiente actividade, rapidamente enfastia. Afinal, todos se mostram tão cegos como morcegos!

 


Mário Rui
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Por aí

 
 
 
 
Mário Rui
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Veiros/Estarreja d’outrora

Igreja Matriz de Veiros
 
Mário Rui
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Se num barquinho estiverem todos os meus sonhos

 
Se num barquinho estiverem todos os meus sonhos, eu serei então a nuvem veleira. Aquela que afastará no horizonte as minhas inquietudes do lance seguinte a jogar nesta brincadeira que é a vida. E, firmado nesta certeza, fico à espera das muitas manhãs de sol que me levem a navegar por águas cheias de importância. Farei trinta por uma linha para chegar a porto seguro, mesmo que no cais as cordas me apertem. E, se a noite velha vier, do mastro tiro o pano, na alva a seguir o volto a subir. De manso, vou de novo nesse murmúrio amigo e sem fim das grandes águas.
 

Mário Rui
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Estarreja d'outrora

 
Foto da antiga Praça Vasco da Gama, em Estarreja, hoje chamada Praça Francisco Barbosa.
 
Mário Rui
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Coisa estranha, a informática

 
Os hackers são pessoas que adoram fazer programas, mas só entre eles. É essa a razão pela qual, graças ao avanço da informática na área do lazer, o desocupado de hoje tem ao seu alcance milhões de coisas para não fazer. Mas insiste em fazer. E o mais curioso é que habitualmente no computador do hacker os dados já são processados por um qualquer advogado. Coisa estranha, a informática, o hacker e certos advogados. Acho que é por tudo isto que, depois, alguém é obrigado a chamar a polícia, o tribunal e a sentença.
  
Mário Rui
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Santuário de Fátima doa 15 mil euros

 
Santuário de Fátima doa 15 mil euros para apoio às vítimas de ciclone (LER AQUI)
Tolerem-me o arrojo de afrontar por uma vez a “riqueza” desta ajuda. Atrevo-me a dizer, sendo eu católico, mas pelos vistos ainda muito mais cristão, que, dando cada um o que pode, há certos donativos que confirmam o “longe da vista, longe do coração”. Quando a visão do dar, ou do fazer o bem sem olhar a quem, tem por limite o nervo óptico dum porta-moedas recheado, tudo fica numa miséria desamparada. Neste regaço interior, onde os distanciados e sofredores nos esperam, até o Pingo Doce foi mais generoso. Pingou e adoçou sobremaneira. Afinal, é num amplexo de todos os que mais podem que nos socorremos uns aos outros. E se quiserem, mandem-me calar por ser tão crítico quanto a essa “riqueza” de ajuda. O que eu não dispo é a minha modesta maneira de indignado quando vejo tanta avareza, mesmo que saia destas odisseias escritas sem grandes créditos. Às vezes até provadamente inúteis.
 
Mário Rui
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Portugal vs Sérvia (1 - 1)

 
Portugal vs Sérvia (1 - 1) – 25 de Março de 2019

Um, a cinco metros, vê o pénalti. Outro, a quarenta, diz que não viu nada. O que seria do futebol se todos os juízes fossem míopes? Há jogos de bola que são como as carroças: têm sempre um burro na frente.
 
 
 
Mário Rui
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Por aí

 
 
 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 25 de março de 2019

Schäuble e a austeridade

 
Schäuble e a austeridade. “Hoje, penso como podíamos ter feito as coisas de forma diferente" (LER AQUI)
MANIFESTO ANTI- SCHÄUBLE (adaptado do Negreiros)
“E O SCHÄUBLE TEVE CLAQUE!
E O SCHÄUBLE TEVE PALMAS! E O SCHÄUBLE AGRADECEU!
O SCHÄUBLE É UM CIGANÃO!
BASTA NÃO TER ESCRÚPULOS, NEM MORAIS, NEM ARTÍSTICOS, NEM HUMANOS! BASTA ANDAR CO ‘AS MODAS, CO ‘AS POLÍTICAS E CO ‘AS OPINIÕES! BASTA USAR O TAL SORRISINHO, BASTA SER MUITO DELICADO E USAR CÔCO E OLHOS MEIGOS! BASTA SER JUDAS! BASTA SER SCHÄUBLE!”

 
Mário Rui
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Estiveste bem, primo Basílio


Com todos os tiques do mais cerimonioso não, estiveste bem, primo Basílio. (LER AQUI)
Gosto quando as personagens têm mais independência, autenticidade e mais verdade psicológica do que em qualquer um dos outros romances que já protagonizaram!
Tanto quanto me recordo, embora muitas vezes me faça de esquecido, só a Maria da Fonte é que foi a introdução no Estado de uma nova táctica social. E não fazia filmes. Sobre a Madonna, o que me ocorre dizer é que é uma pena que a América dos últimos anos, exceptuando os reconhecidamente capazes, e felizmente ainda são muitos, só tenha conseguido produzir gramofones de carregar pela boca. Quanto à entrada do quadrúpede no palacete, não me espanta a tentativa já que, no nosso país, entra quase tudo sem razão nem explicação, da mesma maneira como se é parvo na aceitação de tudo isto. Pelos jeitos que a coisa leva, desconfio que anda por aí artista em campanha esclarecedora da maneira como o cavalo deverá no futuro montar o cavaleiro. Mas, a cada cavalo, a sua cavalariça, defendo eu. É tudo.
 

Mário Rui
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Quando se gosta do ofício

 
Quando se gosta do ofício, tudo é prazer. Mesmo que se carregue um peso.
Jornalista com receptor In-Ear que permite que ela ouça a sua equipa e um transmissor que é usado para o microfone de clipe, ambos meticulosamente presos ao vestido de maneira a que os espectadores não vejam a “ferramenta” de trabalho.
 
 

Mário Rui
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Tardes fáceis de aprender






 
 
 
Mário Rui
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João Gil quer fazer o "maior concerto do mundo"


João Gil quer fazer o "maior concerto do mundo" para ajudar Moçambique (LER AQUI)
Timor-Leste, por razões de outra natureza, parecia ao tempo uma impossibilidade. E, neste caso, para além da pressão política sobre o invasor, também a música foi útil ao maior número possível de semelhantes. Portugal foi exemplo para o mundo mesmo quando todas as pretensões humanitárias tinham ante os olhos um epílogo indefinido, por onde mergulhar a vista. No entanto, a nossa legítima defesa dos agredidos levou de vencida a brutalidade da tirania. Agora, em não havendo sequer balas escondidas no cano do fuzil, tudo o que Moçambique pede é ajuda que sacie a fome, que evite a doença, que salvaguarde a vida. E, a par de muitas outras formas de auxílio, mais uma vez a música vai apelar à mobilização social, o que é, também, estar presente na hora em que é necessário reclamar para os outros o que se deve a todos eles. Cantar também pode ser uma resolução heroica. E é, seguramente!

 

Mário Rui
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“Defensores da Terra plana vão à Antártida para provar teoria” (na imprensa de hoje)


Vá lá alguém perceber isto. Agora já não é redonda? Vai ser plana? Por este andar ainda me vão convencer que eu tenho o enormíssimo predicado (?) de ter nascido espanhol. E, quem sabe, se uma sexta vier enfarpelada de fato novo, deixa de ser uma sexta para ser um domingo? Porra, sei lá já p'ra que lado hei-de cair. Eu acho é que só passo a ganhar por saber cada vez menos. É por isso mesmo que a única certeza que tenho, felizmente, é que há poucas aves que rastejam; conheço apenas o crocodilo, e pouco mais. Ah, também sei que a porca torce o rabo. De quando em vez e se a lavam com sabão macaco. E do saber, por aqui me fico pois se mais soubesse mais velhinho estaria. O que eu quero é pouca luz de modo a que não se me mate o firmamento do pensar, e do ser novo. Vá, do ser novo há muitos, muitos anos...Já nem vinte em cada perna tenho!


Mário Rui
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Posturas


Se não há postura, há alfinete. E a coisa parece funcionar.


Mário Rui
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Por aí

 
 
 
 
Mário Rui
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Pardilhó/Estarreja d'outrora



 
 
Mário Rui
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sexta-feira, 22 de março de 2019

Estarreja d'hoje



 
 
 
Mário Rui
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Por aí

 






 
 
 
 
Mário Rui
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Ayrton Senna da Silva

 
Ayrton Senna da Silva
21 de Março de 1960, São Paulo, Brasil
Há precisamente 59 anos nascia aquele que haveria de tornar-se num dos maiores mitos do desporto automóvel.


Mário Rui
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Moçambique - porque a vida nos prega partidas

 
Acordei um tanto mal disposto. Porque a vida nos prega partidas, porque o mundo não é a cores, porque o clima é traiçoeiro e sobretudo porque esta expressão muito nos diz do processo epocal em que estamos. A Beira, em Moçambique, foi dizimada. E este foi também um processo que agora se percebe ser de sofrimento de longa duração. Enfim, aqui tão perto, afinal tão simples, tão sinistro e tão capaz de nos dar a real percepção endógena da sua identidade. Nem sequer quero dar números. Somam um tal rol de desgraças que mais apetece dizer tratar-se do desencantamento do mundo. Difícil de entender, é algo crescente, algo que está em curso e com intensidades diferentes, mas completamente irreversível. Se podia dizer o mesmo sobre outras tragédias que acossam mais mundo? Podia, se calhar devia, mas apetece-me ser Beira, hoje. Nunca lá estive, mas essa não é razão para agora abandonar uma relação de gosto que sempre tive por terra quente. Ademais, o nosso conhecimento sobre muitas coisas é sempre uma parte do conhecimento possível. Até pode ser apenas uma dedução elementar. E, sei lá, se calhar esse é motivo pelo qual gosto dessa terra que, vivendo em meio de dificuldades, sempre me pareceu ter uma magia capaz de representar na história uma técnica de salvação efectiva e muito própria. Mas quando a terra dos magos se vê esventrada, comida, inundada, já só resta pedir “precisamos simplesmente de tudo” (Graça Machel). Deixou de haver magia que responda e centenas de pessoas gritam por comida às portas da cidade. Dos outros sacrificados às mãos da tormenta, já nem falo. É quando isto acontece que então nos descobrimos mais e mais num mundo desencantado. Só quando chega aquela coisa fracturante do invisível no meio visível é que nos apercebemos da nossa capacidade de emoção perante o desabalado “espectáculo” das coisas más. Mas, ainda que nos interroguemos, que sejamos apenas uma pequenina pergunta que se quer sobrepor às respostas dadas pela catástrofe, salve-se a nossa solidariedade. Moçambique merece, precisa. Cabe a cada um elaborar as suas ajudas! Acordei um tanto mal disposto, porque a vida nos prega partidas.

 

Mário Rui
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Moçambique precisa de ajuda



 
 
 
 
Mário Rui
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Pensamento da semana


Pensamento da semana. Bem, ou mal, está decidido por sete dias
«Num governo não há secretário de estado e secretariozecos. Há secretários de estado, ponto final. Tal como na igreja não há padres e padrecos. Há padres, ponto final. Era mais recomendável uma linguagem mais digna e menos de taberna»

 

Mário Rui
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Por aí


 
 
 
 
Mário Rui
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quinta-feira, 21 de março de 2019

Antigos Estaleiros de São Jacinto - Aveiro


Fundados em 1940, em plena 2ª Guerra Mundial. A falta de materiais fez com que até 1945 se dedicassem exclusivamente à construção metálica e construção de máquinas, sendo o primeiro grande trabalho de engenharia, o ‘hangar’ da Base Aérea de S. Jacinto, na altura pertença da aviação naval.
 
São Jacinto teve um enorme crescimento económico e populacional aquando o auge da pesca do bacalhau em Portugal, com a instalação nesta localidade dos estaleiros, e da secagem do bacalhau. Hoje em dia os estaleiros encontram-se abandonados, e a secagem do bacalhau já não existe, fruto da operação agora feita por processo industrial.
 

Mário Rui
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Olá, clima amigo

 
Não falaríamos tanto sobre ele se houvesse outro como ele. Mas não há! Daí que, antes mesmo de o fazermos em frangalhos, deveríamos dar-lhe roupa e comida, além de chamá-lo para beber connosco. E contudo, não o tratamos assim tão ternamente. Sejamos preocupados ou pelo menos cuidadosos pois, de outro modo, qualquer dia «estar aqui» tornar-se-á coisa rara. Nem pensamos, nem sequer vegetamos. Pesamos apenas!
 
 
Mário Rui
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Outro tempo

 
Canivete de colecção (Solingen Rostfrei)
Fábrica “Amoníaco Português” – Estarreja, anos 50.
 
 

Mário Rui
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Pardilhó/Estarreja d'outrora




Mário Rui
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O Melícias e o ‘ratinho’ do Montepio

 
O padre Melícias e o ‘ratinho’ do Montepio  (LER AQUI)

Por muito grandes que sejam os defeitos dos homens, os da finança ainda são maiores
Admirados? É no que dá quando se mistura sacerdócio com política. E quando depois se dá o pulo para a finança, então a coisa ainda se complica mais. Mas seja-me permitido um pequeno devaneio, um pequeno e leve sorriso. Será um breve parêntesis, talvez não inteiramente descabido. Mas, se o for, perdoem os leitores a péssima ironia com que o preencho e tenham a bondade de passar adiante: é que eu tenho a certeza que os anjos e os santos são portugueses. Se não fossem, imaginem o que diriam. José Tolentino Mendonça – é arcebispo, teólogo e poeta português - gosto muito dele, tem toda a razão; “…há, portanto, um primeiro desencantamento do mundo que acontece por via da própria religião”.
 


Mário Rui
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Fogos florestais; se não gerirem o terreno ”têm de o vender”

 
Se não gerirem o terreno ”têm de o vender” (LER AQUI)
 
Isto é uma festa e quase que me abrasava na intensidade deste 'inflamável' discurso. Prevenção, protecção, regulamentação, imposição e penalização de bom senso, percebo e aprovo. Agora esta coisa do “não gere, tem de vender”, já me parece prepotência a mais. É que esta suposta superioridade moral que quer presidir ao destino dos haveres e direitos dos cidadãos, cheira-me a postura não só de mediocridade, como de enaltecimento da própria mediocridade. Porra, atacar os melhores para valorizar os piores, coloca todos na vala comum para não ter de admitir que existe o joio e o trigo. Ou será que já estamos no reino do Kim Jong-un? Bem sei que são coisas diferentes mas, já agora, aproveitem tal ímpeto tentacular e obriguem o Estado a vender também estádios de futebol abandonados, pavilhões gimnodesportivos sem qualquer utilização, vias rápidas por onde não passa carro que se veja, rotundas rodoviárias absolutamente desnecessárias, aeroportos sem passageiros e, vá, alguns novos censores mal disfarçados de fiscais da esforçada vida dos outros. Dos que estão cansados de aturar estas espécies de génios capazes de lidar com todo o tipo de assuntos.
 
 
Mário Rui
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