sábado, 2 de agosto de 2014

Pacote familiar



E ainda por cima vai ser recapitalizado por todos nós???
Gozai pois sem entraves já que o ciclo subversivo bancário ainda não está fechado. Assim vai o futuro do dever, inculcando cada vez mais uma nova "moral" a certas condutas indignas...
 
Mário Rui
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Prazo marcado




Se este tempo é deste tempo então inventem-se novos tempos. Um Agosto moribundo, uma agonia de Verão que tarda, vá-se lá saber porquê, pois que nesta altura a visão dos dias soalheiros naufraga lamentavelmente em pleno porto. Beber porção amarga das nuvens cinzentas que insistem em aparecer não é coisa sedutora e muito menos formosa já que não enfeitiçam a alma. Ademais, aquele proveito só possível quando vindo com o sorriso do Sol, escapa-se-nos em batalha marítima que travamos com a areia, com o mar, enfim aparições que dão cor a dias luminosos que rareiam. Enquanto esperança por instantes assim, bem podemos engendrar sóis e luas, às vezes estrelas, até sentarmo-nos em mastros de barcos que aguardam mar chão que lhes faça sorriso, tudo modo de estar que vigia pacientemente a chegada de nova morada. De modo que, de acordo com tal proeza feita feiticeira que leve a supor um amanhã mais aberto, mais limpo, que engane o tempo escuro, insistimos em pensar nos espíritos etéreos que devem ser infinitos. São eles que regulam o céu azul, ou o cinzentão, vezes sem conta estúpidos, outras tantas irritantes, rabujentos, insatisfeitos e poucas vezes possuídos do bom humor que tanto jeito nos fazia. Valia um reino um tempo assim, beijo grande que nos confortasse após a singular luta contra um Inverno difícil e árdua briga por dias que finalmente nos tragam notícias de um Verão desejado. Embora cansados, seguimos firmes na espera do prazo marcado.
 
Mário Rui
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