domingo, 15 de maio de 2011

Destino

Não sei o que é ser a pessoa mais importante da vida de alguém (à excepção de eu ser a dos meus pais), mas aposto que deve ser bonito. Apesar disso, não acredito no destino e nas promessas de que ‘fomos feitos um para o outro’ como se isto bastasse para nos deixarmos acomodar a um destino que julgamos como certo. Na verdade, deixei de acreditar nisso e ainda bem!
O destino acaba por ser uma desculpa esfarrapada que usamos para nos mentalizarmos que no final tudo dá certo e se ainda não deu certo, então… vocês sabem o resto. O que é bonito é lutar por esse destino, sermos nós a construí-lo e assumirmos nós mesmos as responsabilidades se esse destino não nos convier quando chegar. É a vida!
É certo e sabido que somos nós que construímos o nosso destino e quem achar o contrário é provável que venha a ter uma grande desilusão. E isto porque aquele ou aquela podem muito bem não ser o homem ou a mulher da nossa vida como pensávamos que eram e porque o que é dado como certo hoje pode ser mentira amanhã. E também porque se continuarmos a sair muito de casa percebemos que há por aí muitas pessoas especiais que nos podem fazer mudar de ideias.
No fundo, eu gosto de pensar no destino como uma coisa que depende exclusivamente de mim e acho que vocês deviam pensar o mesmo. E isto porque é muito bonito culpar as estrelas quando achamos que estas não jogam a nosso favor, quando sabemos perfeitamente que a culpa é toda nossa. Custa mas é assim mesmo!
Por isso, é muito fácil culpar o destino quando as coisas não correm bem, dizendo que afinal o meu destino não era para aquilo, incriminá-lo quando o que achávamos inevitável e para sempre afinal tem um prazo de validade, apontar-lhe o dedo quando percebemos que afinal não era isto que a vida tinha reservado para mim. E é muito fácil agarrarmo-nos ao destino, acomodando-nos e dando-o como certo, porque dá muito mais trabalho lutar por aquilo que queremos dele. Há-de ser sempre assim!
Por hoje é tudo porque eu - e não o destino – assim o quero. Até à próxima, leitores da minha vida. Mas cuidado, porque amanhã podem muito bem já não o ser.

Rui André