quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Votem em que vos apetecer, mas depois não se arrependam!


Quantos dias de Outono já não passei dentro da política, tentando ouvir e traduzir o que ela me diz. Tendo concluído que pouco me vai acrescentar, se calhar não me vai dar mais do que o que agora tenho, decidi que tinha de me virar por mim mesmo e passei então a encarar de modo mais exclusivo a compreensão do dito pelos políticos, mas também e especialmente do que vociferam os muitos que vislumbram ao virar da esquina um futuro menos dispendioso, uma vida mais barata. Ora, intuindo ser tudo isto contabilidade feita num pequeno escritório de contas arriscadas, atrevo-me pela opção de levar por diante uma série de assuntos meus sem grandes obstáculos, pois ser impedido de realizá-los por falta de bom senso é que seria coisa não só lamentável como ridícula e perigosa. Lá vou estudando a vida de todos os grandes mestres da ciência política, actualizando igualmente o trajecto de todos os grandes descobridores das novas auroras, tentando perceber as modernas rotas de muitos aventureiros já que, em resumo, me convém proceder de tempo em tempo a um balanço de stock para verificar como as coisas andam. Tem sido um trabalho por vezes chato pois desafia-me a um silêncio introspectivo e custoso, mas mesmo assim tem valido o esforço. Calcular os problemas dos lucros e das desvantagens daí decorrentes, bem assim como todo o tipo de aferição ao que de bacoco se tem dito e escrito, é tarefa que me tem feito mudo,  que não quedo, afinal talvez proveito que a minha boa política manda não divulgar sobretudo porque só tenho visto cabides onde se penduram roupas sujas que são a marca da personalidade de quem as veste. Pois muito bem, desejo a todos muitas venturas e votem em que vos apetecer, mas depois não se arrependam!
 
Mário Rui
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