quinta-feira, 23 de julho de 2015

Futuros de hoje


Ou me engano muito ou lá há-de vir o tempo em que o futebol não será jogado por humanos mas antes por máquinas. Não me perguntem como serão os resultados no final da contenda porque isso já é coisa difícil de imaginar. O que eu sei é que está na moda a “internet das coisas” e portanto é de supor que só para satisfazer os viciados em tecnologia, os que vivem e só falam da história das ferramentas modernas, mais dia, menos dia, apenas teremos autómatos sem sentimentos e assim a equipa robotizada empenhada em subjugar mecanicamente, quando triunfar encontrará a derradeira derrota. No jogo seguinte tudo será diferente pois a contribuição criativa trazida pela capacidade de imaginação da era futura que já é hoje, encontrará por certo maneira de obter novos e arrebatadores triunfos e assim os de ontem ficarão como mera recordação de percurso terminado. Venha o novo. Esta súbita abundância e a evidente disponibilidade das experiências que fazem o mundo pular e avançar é sem dúvida útil aos humanos desde que tais presenças não se resumam a fazer ir para diante mas afrontando e humilhando os menos aptos. Progredir sim, ignorar não, posto que por agora o morrer, assim como o nascer, só ocorre uma vez. Se calhar, felizmente, digo eu.
 
Mário Rui
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