quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Os sessenta e sete anos de Freddie Mercury. Hoje!





Os sessenta e sete anos de Freddie Mercury. Hoje!
Há oralidades, presenças e cantares que nos estremecem os horizontes que algum dia sonhámos alcançar. São como lugares habitados por gente de eleição, onde o assento só pode ser tomado pelos que se aventuraram à quase perfeição. Se fosse vivo, estaria hoje  a comemorar o seu 67.º aniversário. Tinha mais de um nome. Podia ser Freddie, como Bulsara, mas para mim tinha uma outra identidade. Era a da afinidade electiva de uma vida impelida e mantida pelo desejo de transcendência plasmada no canto, na encenação, no que era capaz de transmitir aos que o viam e ouviam. Para todo o auditório, eu incluído, que o aplaudia, era apenas uma necessidade compreendida e aceite de forma obediente porque causadora de assombro. É forte demais o qualificativo? Não, não é! Podem julgá-las como utopia, mas a verdade é que as visões que ainda hoje se nos colam na presença de figura tão genial, continuam a ser o nada mais ambicionar que não seja o que pode ser, e é,  obtido. Deste jeito, a “eternidade” de alguns adquire uma sequência ininterrupta de excelentes episódios aos quais só podemos chamar de “agoras”. Felizmente são “agoras” repetíveis e insistentemente convocáveis. Parabéns, Freddie Mercury. E obrigado por ainda nos ser possível aprender a gostar de quem sabe estar connosco. Finalmente conseguimos uma rede lançada por cima  de uma talentosa eternidade .
 
Mário Rui

Humor eleitoralista



















Freguesias de Caia e Urra -  Distrito de Portalegre.
Pode ser exercício de mero humor político, ainda assim, quanto a mim, falhado. Não é propriamente porque não assista a estes candidatos o direito de brincarem com coisas sérias. Afinal, para alguns, isto mais não é senão a chamada “transformação da democracia”. Admito estar errado, mas fico pensando se situações deste tipo não serão, elas mesmas, a ‘degeneração’ da própria democracia. Não que seja coisa que me espante, pois esta adaptação “natural” dos princípios abstractos à realidade, é recorrente no país.  Mas pior é o facto de tal postura político-partidária representar uma inevitável contaminação da teoria eleitoralista quando forçada a submeter-se às exigências da prática. Vale quase tudo. Com graça ou sem graça nenhuma, é indiferente, o que conta é a sobrevivência e a  suposta robusta consistência do convencimento a incutir ao eleitor. Pobre eleitor. Quase me apetece dizer, recorrendo ao testemunho e autoridade do povo, que «com papas e bolos se enganam os tolos». Que diabo, isto até pode ser democracia alternativa, sei lá eu o que isso é, mas o voto é que não deve ser mercadoria que se deva ceder ao melhor e mais patusco ofertante. Gostem ou não, o ausente crescimento da educação para a cidadania continua a marcar pontos. Por natureza, eleições deveriam significar primeiramente um conjunto de regras de procedimentos para a formação de decisões colectivas, onde estivesse também prevista e facilitada a participação e o mais esclarecido entendimento dos interessados. Em Portugal, nada disto se passa. E ainda há quem se admire da abstenção! Mas se quiserem, não liguem às minhas vertigens reflexivas. Pois se a velhice é um enorme armazém de desenganos, façam os meus caros (e)leitores o que muito bem lhes apetecer. Especialmente os mais novos, pois claro. De todo o modo, não se deixem enganar. Quer o partido seja fulano, sicrano ou beltrano. Estejam sempre atentos às desordens que se devem reparar!!
 
Mário Rui